Caro Director
Não se lembra de mim, porque felizmente nunca fomos colegas, acho que nem mesmo no jardim de infância nos cruzámos e dou graças a Deus por nunca o ter visto.
Tão nojento que você é! Sei bem que você nunca entraria na Cova da Moura nem, muito menos, se sentaria à mesa com as gentes da Cova da Moura, talvez porque se sente um ser superior em relação a eles, mas, na minha opinião, você não passa de um pulha. Não tem tomates para se sentar com eles, mas aproveita o palco que é o seu jornal, para achincalhar a polícia - entenda-se PSP.
De vez em quando deparo com os títulos bombásticos do jornal que dirige.
Deixe-me, antes de mais, que lhe diga que a notícia publicada no seu jornal revela uma canalhice soberba, uma desonestidade intelectual do tamanho da praticada pela justiça portuguesa, através do braço armado que é o seu jornal.
Em relação aos agentes da PSP, posso dizer-lhe que não me revejo em tudo o que eles fazem, mas revejo-me neles, tal como a maioria dos Portugueses se revê nesta instituição.
Não aceito que um grupo de marginais invada uma esquadra da polícia, seja a que pretexto for, para libertar quem quer que seja e que, para justificar actos inaceitáveis, venham com a conversa do racismo.
Ao publicar pormenores da vida pessoal dos agentes da PSP implicados no caso Cova da Moura, o Sr. revela que anda de mãos dadas com a parte podre da justiça portuguesa. Aliás, o seu jornal é um necrófago que vive do cheiro do esgoto, da carne putrefacta e da miséria humana da Cova da Moura.
Seria justo e honesto da sua parte que, à semelhança do que fez com os agentes da autoridade, publicasse os cadastros de todos aqueles meninos de coro que invadiram a esquadra e que apedrejaram o Corpo de Intervenção na Avenida da Liberdade e que, apesar disso, passearam nos corredores dos tribunais como vítimas.
Seria bom que escrevesse no seu jornal onde é que essa gente trabalha, que impostos pagam, quais os seus cadastros, que paróquia frequentam e que realçasse também todo o bem que essa gente pratica. E não se esqueça de publicar também quanto pagam pela ocupação selvática do terreno da Cova da Moura, pertença da família Canas, que há 40 anos reclama os terrenos.
Não há memória, em Portugal, de algum cidadão português ter invadido esquadras da Polícia.
O contrário sim, pois é recorrente invasões de esquadras por parte de alguns exemplares da Cova da Moura, o que o Sr. tanto enaltece.
Lá os polícias são recebidos a tiro e à pedrada. Porque será?
Continuem a sacrificar a Polícia que os bandalhos agradecem.
Adérito Barbosa in olhosemlente