Chão que arde
Dá-me a mão,
vamos para a tua casa
se a lua quiser juntar-se a nós
viajaremos sem destino
se alguém quiser saber de nós
conta que fiz tudo quanto quis
somos o que o corpo sentiu
neste chão que arde
fazendo promessas de amor.
conta-me…
se por acaso ainda te lembras
Se matámos a dor
se libertámos a mente
Se descobrimos o mundo
se ficámos com os silêncios e prazeres.
Se a lua quiser juntar-se a nós
que venha nua... Estamos nus
preciso ficar assim nu!
sem o luar eu não te sinto
sem o teu calor
não sei do teu odor
como uma "drosera montana" abraça-me para sempre
e alimenta-te de mim.
nem tudo é vento nem tudo é mar
Adérito Barbosa in olhosemlente