Fica-se indignado e triste com a miserável prestação dos deputados na Assembleia Nacional de Cabo Verde.
Cabo Verde é um país que está nas mãos de meia dúzia de provincianos, populistas de meia tigela que exercem função que não sabem, falam do que não sabem e consequentemente prestam um exemplar serviço de hipocrisia com muita ignorância à mistura numa verdadeira macacada - é o que mostram as imagens do YouTube das sessões parlamentares de Cabo Verde.
Vi uma catrefada de vídeos que proliferam na web, não por querer aprender alguma coisa mas, por ter estado acamado e com isso matei parte do meu tempo a ver um feioso circo que se veio a revelar ter sido má companhia.
Quis apenas ver até onde ia a mesquinhez dos pequeninos, complexados e burros deputados armados em importantes.
Garanto que não aprendi nada, antes pelo contrário.
Ao primeiro vídeo achei tratar-se de uma compilação de apanhados com a história dos dois aviões e meio a voar, mas, rapidamente vi tratar-se de um bando de analfabetos que ganham dinheiro à custa do suor dos caboverdianos que anseiam ver resolvidos os assuntos de interesse visando melhorar as condições de vida de todos, mas não, não fazem nada disso - galhofam, brincam, ameaçam-se uns aos outros, cantam, ofendem-se mutuamente numa verdadeira paródia.
Nas sessões, os deputados de pacotilha pelo que vi - o nome é esse mesmo, estão num circo - decoram palavras bonitas mas não as sabem pronunciar ou proferir correctamente e quando conseguem fazê-lo, fazem-no fora do contexto num gatafunhoso difícil linguajar de entender - lá está, ficam convencidos que são gente grande muito sensíveis quais virgens ofendidas.
Enquanto isso a população que tanto precisa que os pseudo deputados trabalhem, não vê os seus problemas resolvidos, nada, absolutamente nada e assistem impávidos e serenos a que os deputados a encham os bolsos na maior desfaçatez.
Bocoradas e mais bacoradas é o pão nosso de cada dia dentro da “casa parlamentar” como eles tanto gostam de propalar. É assombroso e medonho a palhaçada.
“ você ofendeu-me” “ quero o uso da palavra para defender a honra da bancada parlamentar” você é maluco” “ Fizemos parcerias estratégicas para cima e para baixo” “você
não sabe interpretar a lei” “eu sou jurista, sei..” “ você que é jurista deve saber...” nós que somos juristas sabemos...” você é um queixinhas...” “ aqui somos todos inteligentes“ “vocês faliram os TACV” “ não vocês é que faliram os TACV” “ o senhor vai ter que provar em tribunal o que afirma” “ você andou no avião militar... se eu estivesse no activo você ia preso, presooooo!” “Se me voltar a ofender eu vou ofendê-lo e você vai desmaiar” “ sr. presidente quero intervir ao abrigo do 114” “ sr. presidente é o 114” “ é para invocar o 114 “Sr. Presidente considere a minha imunidade parlamentar levantada a partir deste momento” “ vamos pedir ao Ministério Público para investigar” o senhor é mentiroso...” “ mentiroso é você...”
“ Sr. presidente, quando me dá a palavra sinto que não mo dá com entusiasmo, por isso fico triste!“ “nós amamos o dinheiro dos caboverdianos...”
“ há aqui deputados que nem sabem onde fica a casa de banho...” “sem ar condicionado não consigo continuar...”
Assim passam horas e horas na brincadeira.
Sei que me vão gabar a paciência por ter visto os vídeos pornografico das sessões da Assembleia.
Não se aprende nada com aqueles tipos. Uma cambada de oportunistas, burros armados em doutores vivendo à custa dos contribuintes. Fiquei a saber que aquele bando já não suporta a falha do ar-condicionado.
É caso para dizer: gente fina é outra coisa.
Até me assustei quando disseram que havia um deputado que não sabe onde fica a casa de banho.
Pensei: não me digam que esse é dos tais que vai defecar e urinar junto ao passeio marítimo de Palmarejo, deixando no ar aquele cheiro nauseabundo.
Uma pontinha de vergonha e decência precisa-se
Adérito Barbosa in olhosemlente