Portugal é um país de excitados; por isso, não é descabido de todo começar a aceitar que brevemente andarei com um preservativo enfiado na cabeça.
Trabalhei muitos anos nas escolas portuguesas, tanto em públicas como em privadas, na área da informática, designadamente no sistema de cartões magnéticos, o que equivale a dizer que, durante cerca de quinze anos, lidei muito com os servidores e bases de dados dos estabelecimentos de ensino.
Por força disso, conhecia bem a maioria dos alunos, e eles a mim, sobretudo os mais pequeninos, aqueles cabeças-no-ar que passavam a vida a perder cartoēs, a não se lembrar do PIN do cartão ou a esquecer-se de marcar as refeições e consequentemente viam em mim o salva-vidas. Deles sinto saudades.
Durante esse tempo, posso afirmar com vaidade que nunca tive nenhum problema com as bases de dados dos alunos, nem com os servidores, graças à criteriosa vigilância e à manutenção que fazíamos à rede e aos servidores. Os meus colaboradores, sem falsa modéstia, mostraram ser competentes, incluindo um que era um bêbado daqueles do tipo Capitão Archibald Haddock.
Pude observar, na maioria das escolas, que muitos alunos eram beneficiários do SASE (Serviços de Acção Social Escolar). Contudo, a maioria destes alunos, brancos, negros ou ciganos não estudava porra nenhuma.
Os ciganos não punham lá os pés e aos que punham não se podia dizer nada, porque os pais entravam nas escolas e os professores corriam o risco de apanhar da grossa, se fosse necessário. Os negros, nem todos, mas a maioria passeava por lá, com as calças a cair pelo rabo abaixo, de telemóvel em riste, auricular nos ouvidos, garruço enfiado na cabeça e por vezes, cheiro a evidenciar falta de banho.
Na sala de alunos partiam os equipamentos que estavam à sua disposição, açambarcavam as mesas de pingue-pongue e de matraquilhos; nas salas de aula arrancavam botões dos teclados dos computadores, passavam a vida a ver vídeos e a andar nos “chats” arrancar cabos de rede - eram os passatempos deles.
Raramente passavam do 7° ano de escolaridade, tal era a dedicação, apesar de terem passe, almoço, livros, tudo à borla!
Foi assim que os nossos governos, em nome da igualdade, patrocinaram a vadiagem e incentivaram o insucesso escolar dessa gente. Falo com base em dados estatísticos, porque todos os dias pediam estatísticas de tudo e mais alguma coisa e tínhamos que adaptar o programa para municiar essas informações.
Esses meninos são aqueles que hoje reclamam igualdade, são aqueles que invadem esquadras, aqueles que têm uma data de energúmenos em associações de direitos das minorias, sendo a maior de todas a Comissão para a Igualdade das Minorias no Parlamento.
Em muitas escolas públicas, eles eram a maioria em quem se investiam os recursos do erário público.
Há dias, num ataque de espasmo de orgasmo, após terem masturbado o cérebro, o nosso governo, influenciado por uns palermas, lembrou-se de quê? Lembrou-se de resgatar os ciganos para a Escola novamente, mas desta vez vai dar-lhes livros, passe social e 50 euros por mês, uma bolsa de estudos, dizem, para os desgraçadinhos fazerem o Ensino Básico e Secundário e assim trazê-los para a classe média.
Quem não se lembra dos computadores para todos, do famoso programa populista E-ESCOLA?
Todos os ciganos receberam o seu computadorzito e logo no dia seguinte estavam à venda na Feira da Ladra, de Carcavelos e do Relógio.
Por favor, não me excitem o cérebro com essa treta.
Se o Estado Português tem dinheiro a mais, acho bem que o distribua à malta.
Só para alguns, os ciganos neste caso, não acho justo!
Adérito Barbosa in olhosemlente