Em dois anos Portugal tornou-se num dos países do mundo com mais médicos.
Com tantos médicos, não é de estranhar que eles não se entendam e assim se explica porque é que o Covid anda a monte e ninguém o apanha.
Quando deram conta da fuga, chamaram o Almirante que, de canhão em punho, picou a maioria do povo. Houve uns quantos que ele não conseguiu apanhar; a esses deram o nome de negacionistas.
Então o que aconteceu? Os Portugueses, num ápice, especializaram-se em medicina e andam todos por aí a opinar sobre o vírus e a dar-lhe caça, cada um com a sua prescrição da treta!
A luta está organizada da seguinte forma:
• Os médicos verdadeiros vão às televisões contradizerem-se uns aos outros, “coisa rara entre eles” e tentam ver quem grita mais alto!
• Os médicos instantâneos, os da treta, vieram depois: professores, directores, escolares, presidentes de confederações, presidentes de associações de directores, quer das escolas públicas, quer das privadas, todos eles, esquecidos de se preocuparem com o ensino e das lutas da sua poderosa Fenprof, passam o tempo todo a botar faladura nas televisões sobre o Covid.Tenho um amigo que é professor - Eh pá! O gajo não se cala um bocadinho! Ele, na SIC, já cansa!
• Os jornalistas pegaram então no Covid, fizeram com ele um grande arraial juntamente com professores, médicos, bombeiros, matemáticos, Directora da Saúde, a D. Graça e com a D. Temido lançaram o pânico nas hostes!
Fecharam os bares, os restaurantes, as fronteiras, as lojinhas de Bairro e encaminharam a malta toda que nem carneiros para as grandes superfícies, a fim de engordarem mais ainda aqueles que já eram gordos.
A indústria farmacêutica, essa ficou a rir, a laborar a todo o vapor e a enriquecer!
Eis então que apareceu o nosso primeiro Costa com o seu batalhão governamental e desatou a distribuir diplomas de “fiscal de saúde” a torto e a direito e do nada transformou os donos dos restaurantes, os porteiros, as hospedeiras de bordo, os polícias, os ladrões, os empregados de mesa, etc.,em fiscais de saúde.
O tal Covid 19, que anda a monte há dois anos, pariu uma data de variantes e até acabou por parir agora uma criança de seu nome Omicron, tendo sido parteira assistente - para nossa felicidade - uma portuguesa.
Era o que faltava acontecer. Uma tuguinha inscrever o seu nome como parteira de uma espécie rara.
Assim que nasceu a Omicron, lembraram-se de a levar para o parque infantil, juntá-la às crianças dos 5 aos 12 anos e perguntaram aos pais que tal a ideia de eles próprios se transformarem em médicos pediatras. Foi o rastilho para a tourada. É verdade! Uma verdadeira tourada. Toda a gente passou a entender das vacinas. Por causa disto, lembrei-me do poeta Ary dos Santos com aquela que dizia:
Não importa sol ou sombra
camarotes ou barreiras
o que é preciso é tourear
ombro a ombro o Omícron
que nos leva ao engano
e nos pode causar danos.
Entram em cena guizos chocas capotes e mantilhas pretas,
entram os bravos com cravos e dichotes
porque tudo o mais que se gritar é treta!
Entram as vacas depois dos forcados que não pegam nada.
Entram os peões de brega a afugentar com bandarilhas
o Covid que, entretido
na praça da barulheira,
pega o português
pelos cornos da desgraça,
fazendo da tristeza uma graça!
Também aparecem velhas doidas e turistas, benefícios fiscais,
cronistas e até aldrabões.
Entram marialvas, coristas e galifões de crista e ainda os cavaleiros à garupa do seu heroísmo.
Entrou ainda aquela música maluca
os aficionados e a caduca mais o snobismo.
Entraram os comentadores e moralistas
E ainda muito euro
que às grandes farmacêuticas
dá lucro aos milhões!!!!
Por isso esta festa vai durar por mais algum tempo, porque deixaram de querer saber da origem do Covid.
O povo, transformado em fiscal de saúde, está feliz, porque tem já um canudo fiscal de saúde e nem deu conta do aumento brutal dos combustíveis.
Adérito Barbosa in olhosemlente.blogspot.com