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quinta-feira, 30 de dezembro de 2021

O milagre da câmara de TV


 O MILAGRE DA CÂMARA DE TV


Quem andou perto das escolas anos a fio, sabe que muito professorado faz de tudo para não dar aulas, atarefados com as actividades da FENPROF , com as depressões e com as baixas médicas.

Agora que o governo quer os alunos em casa por causa da história do covid, os professores estão todos chateados, viraram comentadores de TV e querem os alunos nas escolas.

Hoje começaram cedo a fazer barulho…


Adérito Barbosa in olhosemlente.blogspot.com

sexta-feira, 10 de dezembro de 2021

A tourada



Em dois anos Portugal tornou-se num dos países do mundo com mais médicos.

Com tantos médicos, não é de estranhar que eles não se entendam e assim se explica porque é que o Covid anda a monte e ninguém o apanha.

Quando deram conta da fuga, chamaram o Almirante que, de canhão em punho, picou a maioria do povo. Houve uns quantos que ele não conseguiu apanhar; a esses deram o nome de negacionistas.

Então o que aconteceu? Os Portugueses, num ápice, especializaram-se em medicina e andam todos por aí a opinar sobre o vírus e a dar-lhe caça, cada um com a sua prescrição da treta!

A luta está organizada da seguinte forma:

 • Os médicos verdadeiros vão às televisões contradizerem-se uns aos outros, “coisa rara entre eles” e tentam ver quem grita mais alto!

 •  Os médicos instantâneos, os da treta, vieram depois: professores, directores, escolares, presidentes de confederações,  presidentes de associações de directores, quer das escolas públicas, quer  das privadas, todos eles, esquecidos de se preocuparem com o ensino e das lutas da sua poderosa Fenprof, passam o tempo todo a botar faladura nas televisões sobre o Covid.Tenho um amigo que é professor - Eh pá! O gajo não se cala um bocadinho! Ele, na SIC, já cansa!

 • Os jornalistas pegaram então no Covid, fizeram com ele um grande arraial juntamente com professores, médicos, bombeiros, matemáticos, Directora da Saúde, a D. Graça e com a D. Temido lançaram o pânico nas hostes!

Fecharam os bares, os restaurantes, as fronteiras, as lojinhas de Bairro e encaminharam a malta toda que nem carneiros para as grandes superfícies, a fim de engordarem mais ainda aqueles que já eram gordos. 

A indústria farmacêutica, essa ficou a rir, a laborar a todo o vapor e a enriquecer!

Eis então que apareceu o nosso primeiro Costa com o seu batalhão governamental e desatou a distribuir diplomas de “fiscal de saúde” a torto e a direito e do nada transformou os donos dos restaurantes, os porteiros, as hospedeiras de bordo, os polícias, os ladrões, os empregados de mesa, etc.,em fiscais de saúde.

O tal Covid 19, que anda a monte há dois anos, pariu uma data de variantes e até acabou por parir agora uma criança de seu nome Omicron, tendo sido parteira assistente - para nossa felicidade - uma portuguesa.

Era o que faltava acontecer. Uma tuguinha inscrever o seu nome como parteira de uma espécie rara.

Assim que nasceu a Omicron, lembraram-se de a levar para o parque infantil, juntá-la às crianças dos 5 aos 12 anos e perguntaram aos pais que tal a ideia de eles próprios se transformarem em médicos pediatras. Foi o rastilho para a tourada. É verdade! Uma verdadeira tourada. Toda a gente passou a entender das vacinas. Por causa  disto, lembrei-me do poeta Ary dos Santos com aquela que dizia: 

Não importa sol ou sombra 

camarotes ou barreiras 

o que é preciso é tourear 

ombro a ombro o Omícron

que nos leva ao engano

e nos pode causar danos. 


Entram em cena  guizos chocas capotes e mantilhas pretas, 

entram os bravos com cravos e dichotes 

porque tudo o mais que  se gritar é treta!

Entram as vacas depois dos forcados que não pegam nada.  

Entram os peões de brega  a afugentar com bandarilhas

o Covid que, entretido

 na praça da barulheira, 

pega o português 

pelos cornos da desgraça, 

fazendo da tristeza uma graça!

Também aparecem velhas doidas e turistas,  benefícios fiscais,

cronistas e até aldrabões. 

Entram marialvas, coristas e galifões de crista e ainda os cavaleiros à garupa do seu heroísmo. 

Entrou ainda aquela música maluca  

os aficionados e a caduca mais o snobismo. 

Entraram os comentadores e moralistas 

E ainda muito euro 

que às grandes farmacêuticas

dá lucro aos milhões!!!!

Por isso esta festa vai durar por mais algum tempo, porque deixaram de querer saber da origem do Covid. 

O povo, transformado em fiscal de saúde, está feliz, porque tem já um canudo fiscal de saúde  e nem deu conta do aumento brutal dos combustíveis.

Adérito Barbosa in olhosemlente.blogspot.com

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