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quarta-feira, 23 de outubro de 2013

Hotel

Entra toda elegante no Hotel.
Botas de inverno a condizer com a saia creme, que cobre ligeiramente o cano da bota, boina na cabeça, também ela creme, que deixa escapar ligeiramente o cabelo, fazendo notar a sua franja, cachecol castanho e luvas de couro castanho, mala Louis Vuitton. No ar paira um perfume que indicia tratar-se de uma mulher distinta.
Discreta mas com um à vontade próprio de quem... está segura de si, dirige-se ao rececionista.
- Bom dia! O meu nome é Gertrudes. Por favor, pode contactar o hóspede, Sr. Adérito Barbosa, que está hospedado no quarto 405, dizendo que já cá estou na receção?
- Pois não, minha senhora, ligo já.
- Obrigada - diz ela.
- Pode sentar-se, por favor, enquanto contacto com o nosso hóspede. Quer tomar algo, minha senhora? – pergunta o empregado.
- Não, obrigada.
Senta-se no amplo sofá  da sala de estar do hotel, tira as luvas e manifesta curiosidade com o título de uma revista que ali está ao acaso e começa a folheá-la, lendo interessadamente um artigo.
Enquanto isso, o rececionista pega no telefone e disca o nº 405.
-Sr. Adérito?!...
Do outro lado, uma voz atende.
- Sim, boa noite!
- É o Sr. Adérito?
- Sou, sim!
- Fala da receção do hotel.
- Sim, diga, por favor - diz o hóspede.
- Queria informá-lo que a Sra. D. Gertrudes está aqui no hall do hotel à sua espera. Quer que a mande subir?
- Quem?!... – interpela o hóspede com voz embaraçada.
- A Sra. D. Gertrudes!… - contrapõe o empregado delicadamente.
- Caro Miguel, preciso que me faça um favor.
- Sim, diga, Sr. Barbosa. Não disse a senhora que eu estava, pois não?
– Não, não disse.
- Ótimo! Diga à senhora que, do quarto, ninguém atende o telefone e que, eventualmente, saí. Faça-me esse favor! - pede o hóspede.
- Fique descansado, Sr. Barbosa. Assim farei!
O rececionista dirigiu-se ao local onde a senhora estava sentada lendo a tal revista.
- Sra. D. Gertrudes, não consegui que, do quarto, me atendessem o telefone. Possivelmente o Sr. Adérito Barbosa saiu.

Questão: Qual será a atitude da senhora face à notícia que acabara de receber?
 

quinta-feira, 17 de outubro de 2013

O Formigal


Escola Básica Fernando Formigal de Morais
22 de Outubro de 2013 - 1º aniversário

No Formigal somos muitos
Mas não somos formigas.
Todas as manhãs
Ainda ensonados
Chegamos todos
à nossa escola.


Trazemos na sacola
O sonho
E nos cadernos
Jardins pintados
Com as cores dos passarinhos.



Com a nossa alegria
Barulho fazemos
Com lápis inventamos números
Nos livros mil histórias
por descobrir.

No Formigal só há alegria
Ninguém se lembra de chamar a mãe
Aqui ninguém faz birras
Somos o centro
Os maiores!

Nas salas
Recortamos e pintamos
Lemos e contamos
Conversamos e cantamos
Trabalhamos...

No recreio queremos
Correr
Gritar
Saltar
Jogar
Brincar...

A nossa escola é linda
Aqui queremos ficar!...

Parabéns pelo teu 1º Aniversário
Ó Escola Fernando de Formigal

Adérito Barbosa

obs: A Sra. Professora coordenadora da Biblioteca da Escola, sugeriu-me que escrevesse algo para ser lido por um aluno pela ocasião da comemoração do 1º aniversário da Biblioteca da Escola Fernando Formigal de Morais.
Foi uma honra!
Parabéns à comunidade escolar.

domingo, 13 de outubro de 2013

O corno é ele!!

O Corno é Ele!!!

O indivíduo surpreende a mulher na sua cama com outro...Tira o revólver da cintura, toma cuidado para não ser percebido pelos dois, arma o gatilho e quando já estava preparado para meter uma bala em cada um deles, pára para pensar e começa a perceber como a sua vida de casado havia melhorado nos últimos tempos.
A esposa já não pedia dinheiro para comprar carne, aliás, nem para comprar vestidos, jóias e sapatos, apesar de todos os dias aparecer com um vestido novo, uma jóia nova ou uma sandalinha da moda.
Os miúdos tinham mudado da escola pública do bairro para um colégio superchique, na zona Norte.
A mulher tinha trocado de carro, apesar dele estar há quatro anos sem ser aumentado e ter inclusive cortado a mesada dela.
E o mercado então, nem se fala, eles nunca tinham tido tanta fartura como nos últimos meses. E as contas de luz, água, telefone, internet, telemovel e cartão de crédito, faziam tempo que ele nem ouvia falar delas.
O caso é que a mulher dele era mesmo um aviãozinho, baixinha toda gostosa, mesmo com três filhos o tempo não passava para ela, era uma mistura de Tiazinha com Malú Mader, temperada no caldo da Feiticeira, coisa de louco, muito gostosa…
Guardou a arma na cintura, com o mesmo cuidado para não ser percebido, e foi saindo devagar, para não atrapalhar os dois. Parou na porta da sala, reflectiu um pouco e disse para si mesmo:
- O cara paga o aluguer, o supermercado, a escola das crianças, as contas da casa, o carro, o shopping, todas as despesas e eu ainda vou para cama com ela todos os dias...
E, fechando a porta atrás de si, concluiu sorrindo:

- PÔXA ! - O CORNO É ELE !!!!

quinta-feira, 10 de outubro de 2013

Sinais

AUSENCIA

Coas mans cheas de vento

vou aloumiñar as follas dos fentos.
Coa miña linguaxe
namorarei os océanos.
Mentres ti me escalas
tentarei de lamber a túa pel quente.
Vou amosarme explícita.
Vou me anticipar ao teu abrazo,

vou amar esperta o teu corpo ausente.
De tanto percorrer as túas ladeiras t

éñote aprendido.
Neste labirinto non esquezo nada.
Estraño os teus xestos,
os pinceis humedecidos


cos que debuxas os meus contornos.
Amareite na distancia
chamareite a berros.
Imaxinarei os teus dedos
o seu latexar efémero.
Como doen as noites sen ti,

como fose a vida e non te teño.
Voute querer na distancia.

Vou esquecer a ausencia.

Asun Estévez (Noites, amenceres...e algo máis)
_______________________________________ X _______________________________________
 


SINAIS


O teu cheiro trouxe o vento
Que perfuma as folhas que voam,
...São os teus, os teus sinais!
Ah!, se conheço os teus sinais!…
És a minha maré.
A tua língua na minha pele
Arrepia-me,
Anda!
Abraça-me!
Imagina-me!…E Agora!?

Não dizes nada,
Foram muitas as vezes que me percorreste,
Conheces de cor este labirinto.
Como esquecer os gestos que faço
quando desenho os teus contornos?

Longe nesta prisão,
Ouço a tua voz

que me chama em silêncio.
Sim, relaxo-me quando me tocas
Tu, sabes disso.

Fica comigo
Esta noite.
Senta!
Fica, não digas nada!
A nossa vida nasceu agora!
Vou levantar, vou gritar
Vou exigir ao mundo a minha
parte.
Não te quero perder!
Não há distância,
Nem ausência que me vergue
Ou me quebre.

Adérito Barbosa
10 de outubro 2013

segunda-feira, 7 de outubro de 2013

A culpa

Uma amiga minha enviou-me isto:

A CULPA
 A culpa é do pólen dos pinheiros
 Dos juízes, padres e mineiros
 Dos turistas que vagueiam nas ruas
 Das 'strippers' que nunca se põem nuas
 Da encefalopatia espongiforme bovina
 Do Júlio de Matos, do João e da Catarina
 A culpa é dos frangos que têm HN1
 E dos pobres que já não têm nenhum
 A culpa é das prostitutas que não pagam impostos
 Que deviam ser pagos também pelos mortos
 A culpa é dos reformados e desempregados
 Cambada de malandros feios, excomungados,
 A culpa é dos que têm uma vida sã
 E da ociosa Eva que comeu a maçã.
 A culpa é do Eusébio, que já não joga a bola,
 E daqueles que não batem bem da tola.
 A culpa é dos putos da casa Pia
 Que mentem de noite e de dia.
 A culpa é dos traidores que emigram
 E dos patriotas que ficam e mendigam.
 A culpa é do Partido Social Democrata
 E de todos aqueles que usam gravata.
 A culpa é do BE, do CDS, do PS e do PCP
 E dos que não querem o TGV
 A culpa até pode ser do urso que hiberna
 Mas não será nunca de quem governa. 
Autor desconhecido
Adérito Barbosa in "olhosemlente"

domingo, 6 de outubro de 2013

Nuclear 1


Uma das grandes vantagens da utilização de energia nuclear para gerar eletricidade é a não contribuição para o efeito estufa, comparada à queima de combustíveis fósseis (carvão, gás ou petróleo) que produz elevada emissão de gases poluentes. Outras vantagens são: maior independência para os países importadores de combustíveis fósseis.
As desvantagens da utilização de energia nuclear englobam os riscos de acidente nas usinas nucleares (pouco frequentes); (lixo atómico), resultante, apesar da pouca quantidade gerada, não têm utilização posterior;.Fazem parte dos países que utilizam energia nuclear: Estados Unidos, Japão, França, Reino Unido, Alemanha, Rússia, China, Coreia do Norte.
A energia atómica, é obtida por meio da fissão ou fusão dos núcleos atômicos de urânio enriquecido e, dessa forma, uma grande quantidade de energia é produzida. A divisão de átomos, metais pesados foi verificada pela primeira vez em 1938. Os países que mais investem nessa forma de energia são os Estados Unidos, França, Suécia, Bélgica e Finlândia
A Produção da energia Nuclear possuí elevados riscos, mas em contrapartida também possuí benefícios, faz com que esta esteja a gerar variadas discussões. Esta é vista como uma possível fuga à dependência do petróleo,
A energia nuclear está no núcleo dos átomos, nas forças que mantém unidos os seus componentes – as partículas subatómicas. Esta é libertada sob a forma de calor e energia electromagnética pelas reacções nucleares.
Esta energia provém do urânio, principalmente, mas também pode ser do tório e do plutónio, se bem que nos principais casos é do urâneo.

Países com centrais.
 
Portugal orgulhosamente não tem nenhum. Prefere gastar biliões com combustível fósseis  para produzir energia

Filho da Puta



Filhos da Puta...
Filho da Puta é um termo bastante conhecido nos meios sociais e em vários idiomas (Motherfuck ou Son of a Bitch ), mas de onde surgiu? Para quem se destinou? Quem foi o Filho da puta que criou essa frase tão usada diariame...nte principalmente no trânsito e nos estádios de futebol?
Segundo historiadores, na idade média haviam muitas prostitutas, e elas tinham seus filhos; por sempre serem muito pobres, os filhos das putas, tinham que ajudar suas mães roubando comerciantes, e pessoas comuns, entre outros pequenos furtos. Assim que acontecia um furto alguém logo dizia:
- "Foi o filho de alguma puta!".
Se toda a gente diz que os políticos nos roubam podemos então dizer que são uns ...

Aderito Barbosa
5 out 2013
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quarta-feira, 2 de outubro de 2013

O pensador,




O Pensador é uma das mais famosas esculturas de bronze do escultor francês Auguste Rodin. Retrata um homem em meditação soberba, lutando com uma poderosa força interna.
Escolhido o local para fazer a coisa, tomei o pensador de Rodin como modelo da pose, esperei pela tal poderosa força interior que me proporcionasse uma descarga de votos nos políticos e nos partidos portugueses e fui muito generoso votando assim neles....

Adérito Barbosa
Outubro de 2013

Publicação em destaque

Florbela Espanca, Correspondência (1916)

"Eu não sou como muita gente: entusiasmada até à loucura no princípio das afeições e depois, passado um mês, completamente desinter...