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quarta-feira, 31 de dezembro de 2014

Insónia


Se eu te escrever um poema
Nesta noite de angústia, 
No meio deste cansaço, 
Nesta hora confusa
Ninguém o saberá cantar!

Se chamar pelo teu nome
Nas madrugadas de insónias  
E me virem a desenhar o teu rosto 
No vidro embaciado, 
Se eu andar em contra mão 
No meio da multidão 
É o desnorte que tomou conta de mim.
É porque me sinto só.
Se me encontrarem perdido e sem rumo 
E me virem a chorar? 
Não deixes que me façam perguntas!
Eu não vou saber dizer nada...
Explica tu por mim!
Adérito Barbosa  in olhosemente

Uma palavra para o livro

"Uma palavra para o livro".
Por: Adérito Barbosa

Não importa quem sou! Não tenho a menor ideia de qual é o livro. A minha noção é visual, aparente e depende do meu estado de espírito. Não me importa se é de autores ou de doutores conhecidos, ou de anónimo, nem quantas folhas tem o calhamaço; é o seu conteúdo e não o nome do escritor que conta.
Para mim o livro é como o corpo de uma mulher, tem curvas: aberto, parece ter nádegas e silhueta feminina; seus textos, pintalgados nas folhas, são como o batom nos seus lábios e cheira, cheira a papel e tinta, como se de um perfume no seu corpo se tratasse. O livro manipula-me, é uma bailarina num bar noturno, fascina-me como a dança de varão só para mim, faz-me viajar sem me levantar. É sexy, dorme comigo e segreda-me ao ouvido coisas que, por vezes, me deixam corado. Leva-me a imaginar coisas de terror, a sentir o medo e outras que nem queiram saber!
O livro tem saber, tem a sabedoria da minha mãe, o saber de muitos saberes. O bom livro não existe, só existem livros. Todos têm elegância e personalidade.
É mensageiro de sensações, do medo, da ansiedade, de tristezas, de alegrias e de sonhos. Foi neste último que ele mais se especializou e é o único que olha de frente para os olhos de uma mulher ou de um homem. É o alvo de todas as paixões; muitas mulheres bonitas o amam. As feias também. Mas ele gosta de todas, e tem toda a paciência do mundo para deixar que o toquem e o sintam.
Muitos homens também o veneram, como se saias tivesse.
Abrir uma e outra vez, agrada, vai! Não agrada, fica! Vem outra pessoa, afinal agrada, vai! Ele é assim, um vendido, como um prostituto que está à mercê, vai com qualquer um, porque nunca tem uma referência objetiva do quanto são lindos os olhos para quem ele vai ser o Sr. absoluto. Nunca reconhece quem o ama.
Livros novos e velhos são bonitos, são autênticos. Por eles, sou capaz de atravessar as noites. Não posso deixar de pensar, nem de ficar abismado com as informações e a magia que entra pela minha mente dentro. Tem 10, 50, 120, ou 600 páginas e todas elas podem ser despidas por qualquer um, sem tabu; sabe tudo dos momentos escaldantes do seu leitor, e até se dá ao desplante de testemunhar tudo nas madrugadas em que há amor. Ele é cusco, mas não revela o que vê. Ele vai ao Jardim, ao WC, ao quarto, à sala, viaja nos comboios e nos aviões e decora prateleiras.
Gosta que o lambam na ponta dos dedos, folha a folha, gosta que o possuam com os olhos, controla-se e não geme. Quando satisfaz o seu leitor, é trocado por outro e aí vai ele construir outra intimidade com um novo leitor, sempre com vontade de ser e de se passar por virgem, uma e outra vez.




"Unha palabra para o libro"
Por: Asun Estévez

E aí está ante ti, dono e señor, provocándote. Mírate, míralo. Téntate e achégaste. Tócalo, ólelo, deséxalo. El sábeo e non espera. Ábrese ante os teus ollos, entrégase. E faino unha e outra vez a golpe de tinta, dándoo todo, facéndote crer a verdade e a mentira. E, inxenuo de ti, crerás que fuches ti quen o elixiu. Sen darte apenas conta atraparate nos seus labirintos.
Deixarate entrar, camiñar polas súas rúas e beirarrúas. Incluso te deixará colarte na intimidade do seu cuarto. Abrir armarios e caixóns, ollar baixo a cama. Iso e máis ata acabar nos recunchos máis ocultos do seu corpo. E rodeado por pernas e brazos, enleado en saliva e envolto na súa lingua, dará comezo a danza, páxina a páxina. Piano, piano ou in crescendo, in crescendo!
Pode que chores, que rías, que loites, que venzas, que mates, que ames... todo en bandexa de prata e á túa mercé para gozalo... e se todo vai ben e conseguiches acariciar algunha estrela... quererás comezar de novo. E quedarás ancorado para sempre nas súas liñas ou quizais nalgún espazo en branco.
E sénteste poderoso, posuíches o mundo, pero el ganouche a alma. Non hai vencedor, tampouco hai vencido... repetimos? Piano, piano... in crescendo, in crescendo!!! A golpe de tinta!!!


segunda-feira, 29 de dezembro de 2014

Wall street English

Quando me atendeu o telefone disse-lhe:
- Olá Irene, podes facultar-me o número do telefone do Luís? Vou agora a Loures e preciso falar com ele.
- Good morning, how are you? Disse ela com ar de gozo.
- Que conversa é essa Irene?
- Não me digas, andas no inglês e ainda não sabes responder a uma saudação? Ouvi dizer que agora és todo English.
- Quem te falou que eu andava no Inglês?
- Foi o José Luís. Toda a gente já sabe que agora és um estudioso do Inglês.

Foi assim que tive conhecimento de que a minha vida já andava na revista cor-de-rosa.
Aconselho vivamente, a quem quiser aprender Inglês, que se matricule no Wall Street English, Carcavelos, porque, além de aprendermos a língua de Shakespeare, os alunos, também se divertem à brava uns com os outros, com a hipótese de isso vir a ser notícia como foi o meu caso.

Demorei três anos para me convencer a lá ir. Um dia, pedi que telefonassem para lá, para saber quais eram as condições necessárias para eu frequentar um curso..
Como, a seguir a isso, telefonavam todos os dias, perguntando quando iria, acabei vencido pelo cansaço e lá decidi matricular-me.

18 Julho foi o dia sorteado e, cheio de coragem, iniciei a aventura no tão desejado, mas, simultaneamente, adiado curso.
A primeira aula foi às 18h30. Em virtude de ter chegado às 18, estive meia hora à espera, sentado no sofá da sala, o que deu para tirar a pinta ao ambiente. Alunos são às carradas, gente de todas as idades, de todos os formatos, credos e feitios.

Existem  dois consultants,  um homem e uma senhora. Calhou-me ser atendido pela senhora e a partir daí ficou sendo ela a minha consultant, o que sempre é melhor do que ser ele, para tratar dos assuntos relacionados com o meu curso.
Enquanto tratava  dos pormenores do curso, consegui então nada perceber da lengalenga dela, porque passei o tempo todo a mirar-lhe os olhos. Como ia dizendo, a consultora, é uma comercial, aquilo que se pode chamar animal do convencimento, esforçada e bastante dedicada à sua função. Só ainda não percebeu que, nowadays, quando alguém vai ao Instituto, já sabe o que quer e por isso eu dispensava perfeitamente aquela seca. Porém, reconheço que não é por isso que deixa de ser uma ótima profissional e que é simpática.
É uma mulher bonita, com uns olhos que lhe enchem a cara. Qualquer homem atento fica vidrado naqueles olhos como eu fiquei, confesso!
Quase que aposto que ela sabe que os tem grandes e por isso utiliza-os bem e de que maneira!
Ela deve ver-se ao espelho todos os dias  (pudera, tem olhos para isso)! Explora bem o seu corpo com conjuntos de linho que escolhe harmoniosamente para proteger o corpo da agressividade da natureza, do frio e dos olhares dos galifões. Usa calções curtos, saias curtas, tudo curto, mas sem escandalizar. O relevo dos seus seios realça-se de tal forma na blusa que somos convidados a adivinhar o resto; não sei se é tudo obra de wonderbra, ou se estamos a falar de obra natural. Tem, no entanto, um defeito que é falar muito alto. É do tipo de mulheres espalha brasas, parecendo, contudo ser boa pessoa; quando fala com os alunos toda a sala fica a saber do assunto.
Gosto dela! Assim que paguei, desligou-se de mim completamente e lá  partiu ela em busca de um novo aluno.
Só me fala quando quer saber se vou renovar a matrícula.
Falei-lhe nessa hipótese e já me fala com mais frequência. Ela está na expectativa da minha  renovação de matrícula; se não me chatear mais com este assunto, sou capaz de renovar.
Meanwhile, fui convidado para o dinner Natalício, em que aceitei participar sem hesitar. Tudo isto aconteceu quinze dias antes. Disse que sim e, no dia seguinte, já me estava a pressionar para eu pagar. Três dias depois ligaram-me para o telemóvel para saber quando pagaria.
Achei que estavam a pressionar demasiadamente e no dia seguinte fui pagar, só para não ter que ouvir em alta voz que ainda não tinha pago o jantar.
No dia 12, dia do jantar, cheguei atrasado ao restaurante; de facto, já passava das 21 horas, mas ninguém do Instituto me recebeu. Como vi, logo ali junto à porta de entrada, um lugar vago  numa mesa, sentei-me imediatamente. Pedi um Gin e o empregado, com ar seboso, disse-me que eu tinha de pagar à parte. Disse-lhe que não queria saber nada disso e que não pagava coisa nenhuma. Queria apenas um gin. Passados cerca de 45 minutos, depois de algumas peripécias, vieram perguntar-me se sempre queria o gin.
Mandei o empregado e o dono do restaurante bugiar, dizendo-lhes que já não estava interessado nem no gin, nem no jantar.
O restaurante pareceu-me rasca, tendo-se pago  um valor elevado pelo serviço que não existia. Nem sequer havia nas mesas garrafas de água, quanto mais garrafas de vinho, vejam só! Quem quisesse beber vinho, ou água tinha que esticar a mão. Gin nem pensar!
Não comi. Recusei jantar. Pelo que vi, pareceu-me tratar-se de um roubo!
A Direção do Instituto nada fez para saber se o aluno Adérito e outros estavam ou não satisfeitos, ou se o valor justo do contratado estava de acordo com o serviço que estavam a prestar aos seus alunos. Quer dizer, deixaram o dono do restaurante à solta. Nada mais perigoso em jantares deste género. O Instituto bem podia ter perguntado aos militares como é que se negoceia com os restaurantes nos jantares de grupo.
Também não sei quem é a Diretora ou o Diretor do Instituto. Imagino que seja uma senhora bastante discreta, com quem costumo cruzar-me na sala comum e que entra assiduamente no Gabinete do Diretor.
No dia 16 coloquei o problema do dinner à minha consultant. Qual o meu espanto, quando ela me disse, com aquele ar que é só o dela, que eu estava a fazer uma tempestade num copo de água.   "Todas as outras pessoas gostaram imenso..." - dizia ela!!!
A consultant não entendeu rigorosamente nada do que lhe falei e, pela resposta, fiquei convicto de que não me conhece.
Pelo menos sei de quatro alunas, colegas minhas, que manifestaram também desagrado. No que diz respeito às professoras, duas são sul-africanas, três portuguesas e uma escocesa salvo o erro. Das professoras portuguesas, a mais nova tem, aproximadamente, a idade da minha filha. Todas parecem ser sensatas, sérias, competentes, discretas e interessadas. Se a Diretora do Instituto for a pessoa que  julgo ser, apesar de nunca termos falado, tenho-a em boa conta também quanto mais não seja, pela sua discrição.

A rececionista  a M não gosta nada de mim. Marca sempre os meus encounters para datas longínquas e de preferência com o dia partido, encounter de manhã, CC à tarde.  
No dinner de Natal ela levava um vestido lindíssimo bêge. Mulher muito interessante, quero dizer, muito bonita. Produzida como estava, arrasaria qualquer cartaz, até as mais convencidas. Só tive pena de ela nem sequer me ter dado um olá no jantar. Ficou à conversa algum tempo com o Rui que se sentara na minha mesa, também ele aluno. O Rui é simpático; fiquei a saber que é polícia e juntamente com a nossa colega  Paula criaram durante o jantar uma fundação, “Rui Rio para Presidente da República”. Não sei o que é que estas duas alminhas viram no homem. Bem que podiam promover-me a mim para Presidente. Eu também tenho a quarta classe feita desde os meus nove anos.

Tenho também um colega, de seu nome António, que  é um porreiraço e é professor de ténis. Tem andado a querer levar-me para a vida das raquetes. Já me disse o preço do fardamento e tudo. Pelas conversas que vai tendo comigo na sala de estudo, deduzo que o Tony tem um fetiche pela nova Consultant. Cá para mim, só há uma maneira de o tenista renovar a matrícula no Wall Street, que é passar a nova Consultant a fazer-lhe os Encounters, os CC e ainda o Estudo Acompanhado... Se isso fosse possível, o homem tornar-se-ia fã do Instituto forever, I´m sure. O Tony é daqueles moços com quem dá gosto conversar, por  cima do aroma de um café - é um gentleman!
 Conheci também três moças e mais dois rapazes colegas do curso, que são as pessoas com quem convivo mais de perto; um dos rapazes é guineense e o outro, o Sr. Janeiro tem 78 anos. O guineense chama-se Nasário, uma simpatia, de quem toda a gente gosta bastante. Quanto às moças referidas, todas sui generis. A Ana, a Irene e a Maria.
A Maria é uma falta de ar; é uma pessoa mais stressada que o próprio stress. Só de falar comigo fico cansado de a ouvir. É mais rápida que a sombra do Batman a fazer juízos de valor sobre as pessoas. Acha-se vidente. Já me fez uma bruxaria nas mãos, mas o resultado foi zero, pelo menos não dei por nada! Que coisa fantástica! 
A Irene responde sempre, whatever the subject, que quer ficar no seu cantinho, na sua casinha, na sua vidinha com a sua gatinha, no seu sofázinho, quentinha debaixo da sua mantinha, que não está para aturar homens nenhuns; - Ainda sobrou para mim, quando disse que tenho ar de ter muitas namoradas. “Fez-me lembrar a história do mau hálito. Sempre é melhor ter ar de ter muitas namoradas do que ter ar de não ter namoradas”. Termina sempre as conversas assim: - Não me dou bem com este país, com este frio, qualquer dia vou para o Brasil.
Adivinhem lá agora, com quem é que ela quer deixar a gata… comigo! Acontece que a gata também está sempre constipada! Estou mesmo a imaginar-me a carregar a gata para a urgência veterinária… Pode ser que a gata termine starving, se não souber caçar ratos. Quando se lhe pergunta: Irene tu respiras?!... Ela responde que sim, que respira, mas que respiraria melhor junto da sua gatinha.

A Ana é uma despistada. Combinámos encontrar-nos no café que fica por baixo do instituto. Ela entrou e saiu do café, sem me ver. Meteu-se no carro e bazou. 300 metros  mais à frente, telefona-me, perguntando onde é que eu estou, ao que respondi: - No café, como combinado… - Agora já não dá, tenho um compromisso!... replicou. A Ana tem sempre muitos compromissos e o tempo não lhe chega para nada. Anda sempre a correr. Tenho comigo o PC dela há cerca de dois meses e ela ainda não conseguiu um tempinho para o vir buscar. Pode ser que eu o venda na  feira da Ladra, ou no OLX qualquer  dia. Ela é o exemplo de uma pessoa capaz mas, verdadeiramente fugaz.

O Nasário foi pedir emprego como embarcadiço, mas chumbou no teste de Inglês. Contudo, o dono do barco gostou dele e mandou-o então fazer o curso de Inglês: - Vá fazer um curso de inglês e depois volte cá para falar comigo.
Como é menino obediente, assim fez! O Nasário é um dos meus compinchas do curso. É  negro distinto e muito engraçado. Há dias encontrou um telefone numa casa de banho do Centro Comercial. O telefone estava bloqueado eu disse-lhe: - Nasário, é melhor entregar isso à polícia que eles saberão rapidamente quem é o dono. E ele assim fez.

O Sr. Janeiro tem 78 anos. Podeis perguntar- me: - Por que carga d’água o Sr. Janeiro não está a passear no paredão, ou a resmungar lá em casa com a mulher e anda aqui a partir a cabeça com a English language? Pois aqui está uma das causas. Tem uma neta a estudar em Londres, pelo que o homem quer ir, em março, visitá-la. Descobrimos, qual Sherlock Holmes  que afinal a neta está na origem desta sua tenacidade. Força, Sr. Janeiro, a praia é Survival 3 unidade 12. Good luck!!!
Por estas e por outras, valeu a pena ter-me  matriculado no Wall Street English.

Adérito Barbosa  in olhosemente

quarta-feira, 17 de dezembro de 2014

Boas Festas!

Nâo me mandes boas festas!
Se me deixaste de amar!
Não me mandes boas festas!
Se durante todo o ano não te interessaste pelo teu vizinho!
Não me mandes boas festas!
Se fizeste a vida num inferno a quem te amou!
Não me mandes boas festas!
Se trocaste amizade adulta pelas loucuras de adolescentes!
Não me mandes boas festas!
Se não foste cordata com um deficiente!

Não me mandes boas festas!
Se Te esqueceste de ir visitar a tua mãe ao hospital!
Não me mandes boas festas!
Se te esqueceste de dar flores!
Nâo me mandes boas festas!
Se estiveste nas tintas pelos que sofrem!
Não me mandes boas festas!
Se foste infiel ou desleal!
Não me mandes boas festas!
Se enganaste quem em ti apostou!
Não me mandes boas festas!
Se te esqueceste de quem cuidou de ti!
Não me mandes boas festas!
Se foste fingidor/a, mentiroso/a!
Manda boas festas, a toda a gente, menos a mim!

Adérito Barbosa  in olhosemente

O português não é pobre....

Autor desconhecido
"- Um português recebeu de um seu amigo nova-iorquino, que conhece bem Portugal a seguinte resposta, quando lhe disse: Sabes, nós os portugueses, somos pobres ... Esta foi a sua resposta:   "Como podes tu dizer que sois pobres, quando sois capazes de pagar por um litro de gasolina, mais do triplo do que pago eu?

Quando vos dais ao luxo de pagar tarifas de eletricidade e de telemóvel 80 % mais caras do que nos custam a nós nos EUA?

Como podes tu dizer que sois pobres quando pagais comissões bancárias por serviços e por cartas de crédito ao triplo que nós pagamos nos EUA?

Ou quando podem pagar por um carro que a mim me custa 12.000 US Dólares (8.320 EUROS) e vocês pagam mais de 20.000 EUROS, pelo mesmo carro? Podem dar mais de 11.640 EUROS de presente ao vosso governo do que nós ao nosso.

Nós é que somos pobres: por exemplo em New York o Governo Estatal, tendo em conta a precária situação financeira dos seus habitantes cobra somente 2 % de IVA, mais 4% que é o imposto Federal, isto é 6%, nada comparado com os 23% dos ricos que vivem em Portugal. E contentes com estes 23%, pagais ainda impostos municipais.

Um Banco privado vai à falência e vocês que não têm nada com isso pagam, outro, uma espécie de casino, o vosso Banco Privado quebra, e vocês protegem-no com o dinheiro que enviam para o Estado.*
*E vocês pagam ao vosso Governador do Banco de Portugal, um vencimento anual  que é quase 3 vezes mais que o do Governador do Banco Federal dos EUA...

Um país que é capaz de cobrar o Imposto sobre Ganhos por adiantado e Bens  pessoais mediante retenções, necessariamente tem de nadar na abundância, porque considera que os negócios da Nação e de todos os seus habitantes sempre terão ganhos apesar dos assaltos, do saque fiscal, da corrupção dos seus governantes e dos seus autarcas. Um país capaz de pagar salários irreais aos seus funcionários de estado e da iniciativa privada.

Os pobres somos nós, os que vivemos nos USA e que não pagamos impostos sobre o ordenados e ganhamos menos de 3.000 dólares ao mês por pessoa, isto é mais ou menos os vossos 2.080 ?euros. Vocês podem pagar impostos do lixo, sobre o consumo da água, do gás e da eletricidade. Aí pagam segurança privada nos Bancos, urbanizações, municipais, enquanto nós como somos pobres nos conformamos com a segurança pública.

Vocês enviam os filhos para colégios privados, financiados pelo estado (nós) enquanto nós aqui nos EUA as escolas públicas emprestam os livros aos nossos filhos prevendo que não os podemos comprar.

Vocês não são pobres, gastam é muito mal o vosso dinheiro.

Vocês, portugueses, não são pobres, são é muito estúpidos........." Vocês dão muita liberdade aos v/
governantes "

Autor desconhecido

Adérito Barbosa  in olhosemente

domingo, 7 de dezembro de 2014

cheira a bafio

Eu sempre votei Sócrates. Quando ficar provado em julgamento que ele obteve dividendos financeiros no âmbito do exercício das funções de Primeiro Ministro, então irei arrepender-me de ter votado nele e irei cobrar isso ao homem!
Estou preocupado com a escalada do regime "judicialista".  Este regime é tão perigoso como é a ditadura. Nunca votei nesse sistema de regime, nem nesse órgão dos intocáveis.
Era sabido que era uma questão de tempo a prisão do Sócrates.
A justiça portuguesa tem tiques salazarentos e sempre cheirou a bafio. Era sabido que a PJ herdou a genética da PIDE/ DGS, não se sabia que eles são agentes de espectáculos.
Pergunto há muito:
- Quem fiscaliza aqueles que nos prendem?
Já dei o exemplo dos pais da Maddie mais do que uma vez. Se eles fossem portugueses, a esta hora estariam já a apodrecer na prisão, sem provas, possivelmente apenas por indícios. Portugal é um país com menor índice de criminalidade,  mas com maior número de prisões preventivas. Prende-se primeiro, pergunta-se depois.
Como prendem por indícios, também posso dizer que há indícios de que a justiça portuguesa usa e abusa das escutas, usa e abusa das buscas, usa e abusa das prisões preventivas e viola a privacidade e os direitos dos cidadãos por dá cá aquela palha. Informa os jornais e as televisões  sobre as acções que vai executar, para justificar à sociedade não se sabe bem o quê e pré-condenar o visado montando um circo patrocinado pelo tablóide CM.
Há indícios de que os magistrados do ministério público, polícias e juízes fazem parte de um todo e convivem na boa uns com os outros comendo na mesma gamela.
Só um cidadão tolo e mal informado, ou mesmo ignorante, acha que está livre das garras e dos abusos do ministério público, de alguns juízes e do sistema. Por isso é que se sente o odor a cadáver no meio judicial.
Em Portugal prende-se para tirar dignidade, diminuir e reduzir um cidadão a um simples recluso, para que a partir desse dia ele passe a ser um simples merdas.
Quem se achar livre dessa garra é estúpido!
Eu não quero que o meu país seja um estado judicialista, nem que tenha governantes lambedores das coxas da Sra. Angela Dorothea  Merkel!!!

Adérito Barbosa  in olhosemente

segunda-feira, 1 de dezembro de 2014

Se digo...

Sabes, aqui não há labirinto!
Se digo que estou faminto
É porque estou, e eu, não minto
Ao meu íntimo.
Quero beijar-te no infinito,
Lamber o sal do teu imo
dentro do quadro que pinto
Com as cores do meu instinto.

Adérito Barbosa  in olhosemente

Quando sol se deitar



Quando sol se deitar
e a lua me acalmar,
quero sonhar
que vais regressar
com vontade de amar.
Não te vou negar
que vou sonhar devagar, 
acordar e acreditar
que te vais lembrar
de me abraçar
de me pedir para te perdoar.
E eu eu vou aceitar!
Contigo quero pecar,
cavalgar
sem em nada pensar!

Adérito Barbosa  in olhosemente


Publicação em destaque

Florbela Espanca, Correspondência (1916)

"Eu não sou como muita gente: entusiasmada até à loucura no princípio das afeições e depois, passado um mês, completamente desinter...