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quarta-feira, 31 de dezembro de 2014

Insónia


Se eu te escrever um poema
Nesta noite de angústia, 
No meio deste cansaço, 
Nesta hora confusa
Ninguém o saberá cantar!

Se chamar pelo teu nome
Nas madrugadas de insónias  
E me virem a desenhar o teu rosto 
No vidro embaciado, 
Se eu andar em contra mão 
No meio da multidão 
É o desnorte que tomou conta de mim.
É porque me sinto só.
Se me encontrarem perdido e sem rumo 
E me virem a chorar? 
Não deixes que me façam perguntas!
Eu não vou saber dizer nada...
Explica tu por mim!
Adérito Barbosa  in olhosemente

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