Abismo
De olhos bem abertos
Vou sempre ao parque à noitinha
Para ver passar a Rita Alexandra
Ela já nem se lembra
Que foi aqui neste banco
À beira do abismo
Que me amou e segredou
Morro se me mentes!
Não Jures que são para mim.
Que já não têm o meu perfume
Sinto-os nos teus olhos
Não canto mais os teus versos.
A minha mãe avisou,
Isto ainda vai acabar mal
Para o teu lado filho!
As duas aqui do bairro!...
Agora estou sem voz
Para os meus poemas
Sem segredos para ouvir
Nem abismo para cair.
O que é que vai ser de mim?
O que que eu hei-de fazer?
E eu que só sei escrever
Canções de amor.
Adérito Barbosa in olhosemente
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