Quem tramou a Coreia?
Em 1910 o Japão anexou a Coreia. Os nacionalistas coreanos organizaram-se no exílio e regressaram à Coreia, para lutar pela independência, contra os japoneses.
Os subversivos, entre eles o avô do actual líder coreano, Kin Il-sung, nunca se entenderam entre si, para a criação de um movimento único de guerrilha.
No final da Segunda Guerra Mundial, concretamente no dia 9 de agosto de 1945, os soviéticos com a benção dos aliados, o famoso "grupo dos quatro" da conferência de Yalta - China, União Soviética, Reino Unido e Estados Unidos, entraram pela Coreia adentro.
Para que a Coreia não ficasse totalmente nas mãos dos soviéticos, os americanos negociaram com estes que parassem o seu avanço no Paralelo 38, norte, deixando o Sul da península, que incluia a capital, Seul, para ser ocupado pelos Estados Unidos.
Com a rendição do Japão, o Exército Vermelho estabeleceu um governo militar em Pyongyang, a norte do paralelo e a sul os americanos estabeleceram um governo, também militar, em Seul. Neste negócio da China entre os americanos e soviéticos ficou acordado unirem mais tarde as duas Coreias.
A maioria dos nacionalistas guerrilheiros coreanos do norte não aceitou a partilha do território e cada um fez o seu governo. Ambas as potências passaram a promover os seus aliados, alinhados com a sua política.
Na Coreia do Norte, a União Soviética apoiou os comunistas. Kim Il-sung, que desde 1941 lutara ao lado do exército soviético do qual foi oficial, tornou-se na principal figura política da Coreia do Norte, impondo o modelo de governação comunista.
A Coreia do Sul indicou Syngman Rhee, educado nos Estados Unidos, como político proeminente do Sul. Aqui houve eleições em 1948, e nasceu a República da Coreia, tendo como Presidente Syngman Rhee.
Na Coreia do Norte nasceu a República Popular Democrática da Coreia, ficando Kim Il-sung como Primeiro Ministro. Foi assim que a Coreia ficou dividida em duas e aí, como resultado, surgiram dois estados, dois sistemas políticos, dois sistemas económicos diferentes.
As forças de ocupação soviéticas e americanas saltaram borda fora e cada uma delas começou a armar as Coreias até aos dentes. Ambos os governos se consideraram o governo de toda a Coreia, reivindicando ambos, ainda hoje, essa pretensão; além disso, nunca consideraram a divisão como definitiva e por isso acordaram um armistício.
Kim Il-sung tentou o apoio de Stalin e Mao Tsé-Tung para a guerra de reunificação das Coreias. Por sua vez, Syngman Rhee manifestou sempre o desejo de conquistar o Norte.
Em 1948, a Coreia do Norte, que possuía a maioria das centrais energéticas, cortou o fornecimento de electricidade à Coreia do Sul. Foi por causa do corte de energia que começou a Guerra entre as Coreias.
O Japão não pode queixar-se de nada. Russos e americanos, os suspeitos do costume.
Estes tipos sempre fizeram da Coreia gato sapato, invadiram-na, e dividiram-ns em dois, mataram, esfolaram como lhes apeteceu e agora estão com medo? Pois, pois...
Adérito Barbosa in olhosemlente
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