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terça-feira, 12 de setembro de 2017

Faz sentido

Não preciso de conversa a cores, 
nem ao vivo para sonhar.
Sonho e desvaneço.
Sozinho hei-de acordar
da viagem à lua na nave
que do teu corpo faço,
quente de pele macia 
aveludado por dentro.
Beber o chá de Príncipe 
na lunar paisagem dos teus olhos 
na cratera Al-braki
enquanto espreito os teus seios.
Sei que lá no fundo do Ango 
onde Zeus amou Artemis
e a Ariadaeus fez de cama 
ao Deus Atwood
ali me amarás.
E eu que de Marte vim 
e tu, nua de Vénus vieste 
de ilusões despida
Desenhar 
no Atlas o equinócio dos sentidos
faz sentido...

Adérito Barbosa in olhosemlente




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