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quarta-feira, 30 de maio de 2018

Já estive presente


Do meu amigo Duarte Coelho



"Já estive presente onde não havia futuro..
Já fui passado onde imaginava ser presente.
Mas, sei que no futuro serei o presente de alguém.
E todo o resto será passado."
Duarte Coelho


Adérito Barbosa in olhosemlente

segunda-feira, 28 de maio de 2018

Excertos de autos de notícias


Um agente da PSP escreve no auto de notícia “o sr. x anda muito frustrado porque pagou cerca de 5 mil euros pelos implantes mamários da sua mulher e suspeita que outro cidadão está a usufruir desses dividendos”.

A GNR participa acidente e explica: “naquele local o asfalto da estrada era de terra batida”.

O gatuno era “herdeiro e vozeiro naquele tipo de condutas”.

“a ofendida foi encontrada em “lã-feri”.

O arguido era “de raça nómada”.

Auto de notícia em que a GNR denuncia o furto de 24 galinhas das quais uma era galo.
O arguido resolve acabar o seu requerimento de uma forma cordial: ” Pede deferimento” e logo a seguir … “As minhas sinceras condolências”.
“O denunciado proferiu vários impropérios na Língua de Camões e também em língua francesa”
“O individuo trazia o produto estupefaciente junto do órgão genital masculino vulgo pénis”
Diligência de inquérito: “Solicite à PSP que, em 48h, diligencie por identificar o denunciado que se sabe ter cerca de 16 anos e usar boné”
Quem comete o crime de “borla” é um “borlista” profissional.
Auto de denúncia : “enquanto proferiam tais ameaças permitiam-se ainda chamar nomes ofensivos tais como “puta, vaca, jornalista, advogada, ladra, que era boa era para ir para a Ordem dos Advogados...”.
Um arguido antes de bater no ofendido atirou-lhe com uma caixa em plástico, “nomeadamente um tampa-ruer...”.
“O arguido atirou um paralelo-ipípado...”.
“O arguido trazia uma techerte azul às riscas...”.
“Os meliantes colocaram-se em fuga, ao volante de uma Picap”
“Na sequência de uma queixa por crime de furto de um veículo, a GNR informa que recuperou a dita viatura, no entanto a mesma vinha cheia de moças...
Caso de uma averiguação de causa de morte em que foi determinada a “autópsia parcial” do cadáver...”
‪Esta está demais.
‪Exmo Sr. Procurador‬
‪Venho comunicar a V. Exa. que na EN que liga Penamacor ao Sabugal foi encontrado um cadáver morto, que pela fala parece ser espanhol…‬”
‪"...pelo que que me vi obrigado a usar da força muscular que me está distribuída..."‬
‪”Os condutores circulavam em sentidos opostos, quando chegaram a ximafro estava este vermelho para um dos condutores, não sendo possível determinar qual, deu-se o acidente...”‬

Autor desconhecido

Adérito Barbosa in olhosemlente

quarta-feira, 16 de maio de 2018

O que tenho de mim


É tudo o que tenho de mim, Saudades…
Recordo a minha infância, As minhas traquinices.
Ser polícia foi o primeiro sonho, depois bombeiro, depois médico,
Depois piloto, depois cantor, seminarista, escritor… taxista, até bombista quis ser! Mais tarde pensava ser cozinheiro num hotel. Grande… ser chefe!…
Por fim apareceram, na TV a preto e branco, os anúncios dos Pára- quedistas. Foi para as tropas Pára-quedistas que me precipitei de corpo e alma.
Saltar de avião em queda livre foi sentir-me livre como um pássaro! Voei, voei e fui dono de mim no ar.
Mas antes, muito antes, fascinava-me ouvir o homem que cantava dentro do rádio. Por isso tornei-me electrotécnico.
Sinto saudades do cheiro a camarata do colégio. Saudades do medo, de ter medo de me enganar nas leituras das epístolas dominicais.
Tudo isso me faz sorrir agora. E, aqui do alto desta colina, vejo o mundo de cima e entendo como é ele redondo. Se seguir sempre em frente torno de novo a este lugar.
A vida levou-me a inocência toda, até levou os meus sonhos, mesmo os mais bonitos e até os mais húmidos levou. Tenho saudades daquela atrapalhação toda, daqueles 15 anos.
O tempo, esse fez-me mais largo, mais calmo, faz-me pensar no passado, pensar com nostalgia aquele mundo que era só meu.
Pairam sobre o vale as névoas de lembranças que não quero esquecer e aquelas palavras embargadas que ficaram por dizer, nos momentos de raiva.
Não quero que ela me devolva as cartas! Será que as leu todas? Nunca tive resposta, não faz mal…
Não quero que me olhem como me olhavam, nem quero que me desejem como desejaram
Lembra-me somente aquele meu sorrir… o meu olhar… ao espelho. Lembra-me também as histórias, sempre iguais, as que a minha mãe contava. Pois é, é assim que me vou lembrar… Devagarinho, suavemente, até o tempo o consentir!…
Hoje, revi-me novamente, percorri o tempo com a ponta dos dedos, reli-me nos olhos e beijei na boca de ninguém como num sonho.
Vim a correr a abraçar-me, fiz-me esquecer as loucuras da inocência perdida.
Sussurrei-me ao ouvido a palavra "amigo". É urgente trocar, disparar e andar.
Deixo-me ficar até cair a noite branda… Abandono-me em mim, quero acreditar que a ir, vou ter à eternidade… Não sei quanto tempo fiquei assim, nem me importo… Despertei-me e olhei em volta… Não vejo nada!
Sorrio, sinto uma força imensa para continuar a ter saudades dos meus sonhos de menino, feito de nadas e de certezas. Cheira-me ao passado, porque o meu futuro é agora.
Já tenho saudades do agora!

Adérito Barbosa. Adérito Barbosa in olhosemlente
do livro Clave de dó sem dor

sábado, 12 de maio de 2018

FMI em cabo verde sim ou não?

CABO VERDE - corda mais bamba do que nunca.

O Sr. Primeiro -Ministro disse sim, mas veio logo a correr o seu Vice dizer não! A dívida pública de Cabo Verde, na casa dos 125% do PIB, pode precisar dum resgate, mas eles, os governantes, não se entendem.
Foi o que li. É óbvio que esta notícia não augura nada de bom para os Cabo-verdianos, sobretudo para os que vivem lá em baixo nas Ilhas. É motivo de preocupação, porque o FMI dá com uma mão e tira com a outra, dá-nos um chouriço e depois leva-nos o porco. Se houver dúvidas, perguntem aos Tugas, que nós sabemos bem das bordoadas que levámos nas costas e a dor que sentimos, quando a Troica nos enfiou o dedo no rabo, sem vaselina, com muito mais estilo do que o médico, dando toques na próstata.
O mais interessante foi ter lido num dos combos para comentários à notícia, numa plataforma, alguém achar ser uma boa ideia Cabo Verde pedir ajuda financeira ao FMI. Certamente essa cabecinha, formada na língua oficial crioula, do Monte Cara, julga que a intervenção do FMI é uma parceria estratégica! Nunca dizem que alguma coisa lhes foi oferecida pelo país tal, afirmando em vez disso:
- Fizemos uma parceria estratégica com o país tal!
Por favor, expliquem ao povo o que é um pedido de resgate financeiro, porque há gente que está feliz e contente, sentada em cima da sua ignorância e acha que é boa ideia. 
Mais uma vez fica demonstrado que a independência foi uma palermice e que os TACV – perdão, as actuais Linhas Aéreas de Cabo Verde, as tais que vão levar o nome de Cabo Verde aos quatro cantos do mundo sem passar pelo centro do mundo ( idiotice maior não é possível) - dificilmente conseguirão sobreviver no mercado livre da aviação civil internacional, pois como é que isso é possível com um ou dois aviões alugados? Não sei! Só se for para deitar fora o pouco dinheiro dos Cabo-verdianos, ou então por pura vaidade.
Um país com uma língua oficial X, que comunica na sua TV oficial com um dialecto Y não dá para entender; e para cúmulo, eu gostaria até de ler a redacção do pedido de resgate ao FMI num crioulo K.
Preciso de saber, para entender bem, quem são os Cabo-verdianos que vão frequentar o megalómano casino e com que dinheiro…  Isto cheira-me a trafulhice do chinês e a burrice dos governantes – o casino na Praia é uma anedota. Mais uma vez as nossas gentes com a mania das grandezas.
Não estou de acordo com tudo o que Max Maxwell diz, até porque também sou africano - mas será que tem razão? Ele lá saberá por que afirma o seguinte sobre "O AFRICANO"
   “É preciso aceitar e reconhecer que o Africano, por sua natureza, é muito burro e ignorante. Não importa o nível de escolaridade, naturalmente todos pensam e agem da mesma forma. Quando chega o final de semana licenciados, analfabetos, mestrados, etc, estão todos nas barracas a beber e curtir de forma incivilizada, tirando fotos e a publicar nas redes sociais com os seguintes títulos: "acontecendo, curtindo final de semana, beber não faz mal , etc". Quando chega o tempo de campanha eleitoral estão lá todos, fazendo violência: analfabetos, licenciados, mestrados, etc. Qual é a diferença? Nenhuma, todos são burros e pensam da mesma forma. A única coisa que o Africano adquire na escola é o diploma para emprego e a língua oficial e mais nada. Por isso África será pobre ainda por mais um século. O povo Africano é o unico no mundo que acredita muito no que ouve, mais do que no que vê. Razão pela qual são enganados sempre pelos mesmos lideres. O africano nunca deseja viver bem, mas sim viver muitos anos, mesmo sofrendo. E se lhe perguntar porque é que deseja viver muitos anos? Não te dará resposta, apenas ficará sem palavra. Não faz sentido que o negro Africano tendo magia por ficar rico em pouco tempo , ainda permaneça pobre e miserável. Tem medo da sua magia por saber que não vai conseguir cumprir as regras, porque sabe que é irresponsável, razão pela qual morrem muitos africanos de AIDS. O africano é o unico que não entende e não vê as coisas de forma real. Tem coragem de afirmar que "O rico vive mal e o pobre vive bem " , mesmo vendo a vida lamentável que o pobre vive e o luxo em que o rico vive. O Africano é o único que nunca luta por aquilo que lhe dará boa vida, mas sim por aquilo que lhe permitirá pisar os outros. O africano ama o poder de chefia, mesmo sem ganhar nada . O africano, só por ser promovido para ser Adjunto do Director duma escola primária, onde nem tem subsídio de nada, já se sente superior, o que é motivo de orgulho e desprezo. O Africano tem coragem de manter no poder um governo diabólico simplesmente por medo de perder o cargo de chefe do quarteirão no novo governo. O Africano é mestre em beber, dançar, fazer sexo com muitas mulheres, etc.  Esta é a riqueza mais procurada pelo negro Africano. O Africano sempre foi burro e irresponsável. Não pensa duas vezes para comprar um carro de luxo para uma amante, simplesmente por causa de relações sexuais. Entretanto os filhos não têm contas bancárias, a mobília é de baixo valor e a esposa não tem carro, etc. Por isso a riqueza do africano não é transmissível. Mulheres doutoras, licenciadas, analfabetas e demais gozam da mesma forma de pensar, todas se prostituem, publicam fotos sem roupa. O Africano é incapaz de se governar, razão pela qual estão sempre em conflitos políticos. O africano tem medo de mudanças na sua vida, por isso é oprimido sempre pelo mesmo opressor, mas nunca decide afastá-lo do poder. Este povo devia ser recolonizado para mais aprendizagem.”*** Africa is for foolishies”

O africano não aprendeu nada com os colonizadores; quis ser como eles, ou mesmo mais esperto do que eles. Partiu do princípio de que todos somos iguais.
É verdade, somos todos iguais - só que há uns mais iguais do que outros. Esqueceram-se de que é preciso percorrer um caminho longo, como:
- Escolas para os jovens;
- Formação para adultos;
- Saúde para todos;
- Saneamento básico;
- Alimentação e cidadania, sem esquecer a estrutura da familia.

E o que é que fizeram então em Cabo Verde? 
- Inventaram os TACV, a que agora chamam de companhia de bandeira.
- Encheram as ilhas de telemóveis, de carros de alta cilindrada e de jipes.  
- Colocaram o crioulo na Televisão e até pensaram em pô-lo nas escolas.
Já vi deputados a cantar no Parlamento, fazendo paródia em crioulo, exactamente na casa onde se legisla em língua portuguesa. Acreditam que são mais inteligentes, entre os africanos, quando assumem a africanidade. Para isso não tiveram pejo nenhum em adoptar como ídolo um guinéu e em glorificar épicas batalhas-fantasma travadas contra os Portugueses nas ilhas. Eu estava lá e não dei conta de nada. Também o Mário Soares, em privado, estaria a referir-se a Cabo Verde, ao dizer “Eh pá, livrámo-nos daquilo!”. A sorte do Mário foi não haver ninguém, na época, que pensasse.
Fiquei estupefacto quando vi e ouvi há dias, na TV, o Presidente da República de Cabo Verde solidarizar-se com o futebolista Semedo.
Ó Sr. Presidente, quando o ouvi solidarizar-se com o futebolista Semedo, preso em Espanha, pensei:
- Este homem está doido… ou está com grogue. 
Para finalizar e parafraseando Maxwell , este povo devia ser recolonizado para mais aprendizagem! 
Se calhar o homem tem razão…

Para lançar mais confusão, ontem ouvi o Sr. Vice-Primeiro-Ministro de Cabo Verde em Portugal dizer o seguinte: queremos pôr Cabo Verde a crescer economicamente 7% ao ano. 

Não dá para entender...

Adérito Barbosa in olhosemlente

quinta-feira, 10 de maio de 2018

ESTAÇÃO CERTA



ESTAÇÃO CERTA

Por Alice Duarte

Se o sol entrar pela vida sem pedir licença,
como falarei sem estilhaçar o ténue cristal da memória?
Por vezes digo “lembras-te”,
só porque queria que te lembrasses.
Sei que se vão apagando os pormenores,
os locais já são só aguarelas sem forma
e as cores escorrem na tela
deixando um borrão indecifrável.
Era eu ou outra de mim?
Tantas, tantas foram… tantas sou,
ainda que não me reconheças.
Tento não destruir o que ficou gravado
nas paredes transparentes que ecoam dentro de mim
sem (me) te ferir,
mas ainda não estão maduros os sons simples da verdade.
A urgência reside apenas na dúvida da estação certa.

Autora: Alice Duarte, 2017h

Adérito Barbosa in olhosemlente

quarta-feira, 9 de maio de 2018

O novo chefe dos cantoneiros


A Malta militar está em êxtase, porque um militar paraquedista foi nomeado Comandante Nacional da Proteção Civil.
Ninguém cala a Malta com esse assunto, não há paciência...
Eu fui nomeado chefe dos cantoneiros da minha aldeia, num despacho do Sr. Presidente da Junta e, ninguém diz nada, não saiu nos jornais e não vejo ninguém a congratular-se com a minha nomeação para essa nova e difícil função!
Espero contudo conseguir levar a bom porto as limpezas das ruas e das vacarias. Prometo usar a minha boina verde em serviço.
Vamos lá Malta, entupam as redes sociais com esta notícia que vos dei:
“Adérito Barbosa, novo chefe dos cantoneiros da aldeia”

Adérito Barbosa in olhosemlente

sexta-feira, 4 de maio de 2018

Plantar um deserto


Quem plantou um deserto de ideias no meio da minha cabeça hoje?
Quem escondeu as prosas de mim, que não consigo encontrá-las?
Quem fez isso não acredita na ilusão do sonho, na magia da escrita, nem nas manhas das estrelas.
Grito para dentro de mim, sempre que a escrita adormece agarrada à saudade.
Não consigo disfarçar a nostalgia do silêncio
quando ao som das músicas passo em rodapé a minha vida
e vejo escorregar do lápis um fio fininho, como a água da nascente
que corre pelo papel e cresce e cresce até se tornar prosa.
É um prazer inexplicável!
É assim que adormeço quase sempre.
Nunca disfarcei o amor pela magia da escrita e admiração pelos escritores.
Para mim é um acto de liberdade escrever.
Não há liberdade maior do que pôr no papel o que me ocorre,
mesmo sendo coisas estapafúrdias.
Tenho pena, isso sim, de não ser capaz de escrever melhor.

Adérito Barbosa in olhosemlente

Escrita a duas mãos


Da minha amiga Graciete Guedes

Graciete Guedes poetisa, escreveu:

Lembro-me de ti
Para me esquecer de mim
Esqueço-me de ti
Para me lembrar de mim
E nesta dualidade vivo
Trocando os passos
Em danças constantes
No samba ou no tango
Que importa afinal
Tu és o ator
Dos filmes que vejo
O tocador
Do meu violão
A última música
De um disco riscado
Espetáculo acabado
Que não teve fim
G.G.



Adérito Barbosa respondeu.

Eu também me lembro de ti
e nunca me esqueci de mim.
Nunca deixei de estar vivo mesmo morto.
Às vezes trôpego, dancei nas memórias mas não caí.
Não, não sou actor dos filmes que tu vês.
Sou os teus olhos e tu realizadora de sonhos.
Eu sou a guitarra afinada e tu unhas de marfim que arranha.
- O espectáculo segue dentro de momentos.
No intervalo, morreram os actores,
renasceram, reescreverem a história já com correções.
Não foi o fim não senhora.
A vida é um raio de luz neste palco.
Ocupa o teu lugar que o espectáculo vai começar,
viajaremos para as calendas do Pacífico,
rodopiaremos nas velas dos moinhos
à bolina do vento norte e,
dormiremos nus no jardim do Éden
entre a maçã e a serpente.
Ninguém saberá de nós. Nem o Facebook!


Adérito Barbosa in olhosemlente

terça-feira, 1 de maio de 2018

Pimenta não olha a cus

Cu é na Química o símbolo do cobre, mas de acordo com o dicionário é um substantivo  masculino.
Em calão pode-se dizer que é rabo e, num tom mais Informal, bate no cu da garrafa - sim a garrafa tem cu.
A agulha também tem um cu, buraco por onde passa a linha.
Todos temos cu: uns andam de cu tremido, quando andam de carro e outros a cair de cu, quando batem com as nádegas no chão ou ficam espantados, sem palavras, por algo inesperado ou até por uma notícia que os deixa cépticos.
Roçar o cu pelas paredes é para os cus daqueles que são preguiçosos, ao contrário daqueles que vão até ao cu de Judas trabalhar.
Há também os cus de sono, expressão que se aplica, por exemplo, a filhos dorminhocos.
E ainda conhecemos aqueles que dão o cu por meio tostão, para conseguirem qualquer coisa, ou os que dão ao cu, que saracoteiam as ancas. Dar de cu acontece com os carros, quando viram a traseira para um dos lados.
E agora chega a mariquice: dar o cu, sexo anal, enquanto o agente passivo é sodomizado.
E encher o cu? Isso é só para os que comem demasiado.
Se isso não vale um cu, então não  tem valor nenhum.  Mas se o indivíduo nasceu com o cu virado para a Lua, identificamo-lo como um sortudo, que tem muita sorte em tudo na vida.
Pimenta no cu dos outros é refresco. Mas quando todos têm a mesma pimenta no traseiro, verifica-se que são todos iguais. Todos iguais. Tenham as cores que tiverem, o dinheiro que tiverem, ou as manias que tiverem... o cu arde de modo igual.

Adérito Barbosa in olhosemlente

Publicação em destaque

Florbela Espanca, Correspondência (1916)

"Eu não sou como muita gente: entusiasmada até à loucura no princípio das afeições e depois, passado um mês, completamente desinter...