Exoneraram o General Carlos Perestrelo numa tacada para birdie e para fora do buraco
Sou amigo e conhecido de longa data do General Perestrelo desde que ambos integrávamos as Tropas Pára-quedistas. Quando saí, ele era capitão. Ainda fizemos estágio de ASA juntos e estivemos um longo tempo na BOTP 1 em Lisboa - ele na Companhia Anti-Carro e eu na Companhia de Comunicações. Fizemos juntos muitos saltos de demonstração, por este país fora. Abandonei a vida militar em 95, tendo-me interessado por outras áreas de estudo. Só nos voltámos a encontrar no funeral do Furriel Pára-quedista Cavaleiro, há bem pouco tempo, na Igreja da Luz - o Cavaleiro tinha sido aluno do CM e foi a Associação dos Antigos Alunos do CM que se encarregou do funeral.
Combinaram com o Sr. Padre que o Perestrelo diria algumas palavras de circunstância, durante a missa de corpo presente e eu lia uma passagem da Epístola. Falámos um pouco sobre nós e depois disso nunca mais nos vimos. Fiquei contente, quando soube que foi comandar a Região Militar da Madeira.
O Perestrelo é um tipo porreiro, mas deixou-se embrulhar pelas luxúrias dos gajos do golfe e por isso lamento o sucedido. Também não concordo que o Exército português tenha posto um alfinete à disposição das jogatanas do golfe lá na terra do Alberto João, ou de outro indivíduo qualquer e muito menos no Clube Militar de Golfe.
Caro Perestrelo, a vida tem destas coisas e as coisas na vida da gente mudam sem sequer darmos conta. Tal como tu, também considero estranhas as razões invocadas para a exoneração do cargo. Terá sido o teu sucesso na divulgação da instituição militar e melhoria do seu prestígio, ou a tua capacidade de inovação? Terá sido o teu respeito pelas determinações superiores e pela hierarquia militar que sempre te apoiou e autorizou previamente qualquer dos actos praticados?
Nas madrugadas da Sic só vejo finórios do golfe e os patrocínios dos bancos. Os tipos do golfe têm muito dinheiro - eles que se amanhem.
Olha, já pedi 59 mil vezes a um irmão meu que é golfista para me levar ao GOLFE, mas como ele sabe que não quero pagar um cêntimo nem para jogar, nem para comer croquetes nem lagosta, o gajo faz orelhas moucas e nunca me levou.
Perestrelo, os teus chefes estavam com medo que chegasses lá ao topo, mandaram-te numa tacada para out of bounds e lá está, mais uma vez - páras para bem longe dos lugares de chefia!
É a política do croquete... O Exército não valoriza e nem quer por perto chefes valentes como tu!
Talvez por seres Paraquedista...
Nós os páras estamos solidários contigo.
Adérito Barbosa in olhosemlente.blogspot.com
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