Quando Passos Coelho mandou o Estado parar de pagar o que devia às empresas tivemos de fechar portas, por isso eu quero que o Passos se dane, ele toda a família dele. Segundo ele, os jovens eram piegas, deveriam mas era emigrar. E os putos foram mesmo embora. Fui testemunha das falcatruas do Sócrates, do BES, da Portugal Telecom. Usurparam o projecto da Rede Escolar que meia dúzia de gajos — eu incluído — idealizámos. Roubaram-no com a ajuda de boys da PT e de administradores do BES. Hoje, nas escolas, ainda existe o que nós fizemos, mas ninguém sabe o preço que pagámos. Por isso inferno com eles!
Conheci empresas que se enterraram à conta das loucuras do Sócrates e da austeridade cega do Passos. Vi, eu vi o IVA a trepar o Everest. Chegou aos 23%. E depois, para descer, é uma eternidade. Já o preço da gasolina é uma palhaçada: devia estar a 0,86€, está ao dobro. Porque o Estado mama. Porque não há vergonha. E ainda têm a lata de dizer que é por causa da transição energética, enquanto nos cobram taxa disto, imposto daquilo, e metem biocombustível pelo meio que ninguém pediu. Eu sei que uma garrafa de água custa quase tanto como um litro de gasolina. A água só foi engarrafada, mais nada. E o plástico agora é pecado. Mas foi esse plástico que nos salvou na pandemia, que embala vacinas, comida, tudo. Agora querem proibir palhinhas e copos, como se isso resolvesse alguma coisa.
Vi o Serviço Nacional de Saúde a ser desfeito por dentro. Não foi de repente — foi aos bocadinhos. Vieram estrangeiros gerir hospitais como se fossem supermercados, fecharam maternidades. Partos feitos em ambulâncias. Consultas marcadas com meses de espera e os políticos a prometer mais meios, sempre mais meios, nunca soluções. Vi partidos a nascer como cogumelos, da extrema-esquerda ao radicalismo da direita. Todos iguais, todos a mamar os 3,5€ por voto. Um negócio como outro qualquer. Eles ganham sempre. Nós é que pagamos. Por isso, desta vez, não dou 3,50€ a ninguém! Vi a utopia do Bloco, do Livre, do PCP, do PS, do PSD, dos Liberais e do Ventura. Prometeram tudo. Cumpriram nada. Tudo farinha do mesmo saco. Vi professores a darem o litro, e a ganharem como um jardineiro. Vi professores com 20 anos de carreira, sem progressões. Alguns a serem insultados, outros a serem agredidos por alunos ou por pais.
Vi dirigentes sindicais que falam muito e fazem pouco. Vi o Mário Nogueira a eternizar-se no cargo. Trabalhou 11 anos no ensino — depois disso, palco e microfone — e vai reformar-se com ele todo no bolso. E agora temos 18 sindicatos. Mais sindicatos do que soluções. E os professores? Continuam a perder. E os alunos? Cada vez mais burros, porque o sistema falhou. Conheço malta a receber pensões maiores que o salário mínimo sem nunca terem feito nada. Nunca trabalharam, nunca descontaram. E recebem. Quem pagou? Foste tu. Fui eu. Fomos nós.
Vejo agarrados ao tacho, governantes que eram directores de empresas que faliram, agora a mandarem no país. Vi malas roubadas nos aeroportos por gente com assento no parlamento. Vi pedófilos com assento no parlamento, assembleias municipais, gays ministros, lésbicas deputadas e criminosos em cargos públicos. Vi gente sem moral a dar lições de ética. Vi homens travestidos de mulher a querer competir no desporto feminino. E vi gente a tomar-nos por estúpidos com essa treta da igualdade de género e do aquecimento global e agora calados com as chuvas e eu que me foda a cortar ervas. Vi a justiça politizada. Procuradores que se julgam governantes. Juízes que querem ser estrelas de televisão. Políticos que anunciam que vão derrubar governos sem sequer pensar que isso custa muito dinheiro e vai contra a decisão do povo. Vejo que estamos todos lixados com essa gente.
Vejo o país cheio de imigrantes. Muitos bons, a trabalhar. Mas muitos outros a chegar sem regras, sem respeito. Ninguém lhes diz: “entra, mas aprende que aqui há regras, há valores”. Portugal não é a Índia, não é o Bangladesh, não é África. Portugal é Portugal. E por culpa das esquerdas, que têm medo de dizer a verdade, o país virou um centro multicultural sem cultura nenhuma. Uma bandalheira por completo. O Martim Moniz é hoje uma mesquita a céu aberto. Ninguém tem coragem de pôr ordem naquilo. As autoridades não deixaram que a malta assasse um porco no espeto no Martim Moniz porque isso fere a crença religiosa dos muçulmanos. Foi aonde isto chegou. Vi gente de bairros das minorias a darem porrada na polícia e, quando levam o troco a sério, vem a família e toda a esquerda condenar a polícia e pedir indemnização para a família do infractor. É assim que se enriquece licitamente em Portugal. O Estado patrocina o gueto e depois dá preferência aos benefícios sociais ao pessoal do gueto — os tais que se auto-excluíram da sociedade.
Vi há quarenta anos o Estado a dar tudo a certas comunidades. Casas, educação, subsídios. Hoje, grande parte desses, continua à margem, com mais direitos do que deveres. E quem critica, é racista. Exactamente o que estão a pensar de mim neste momento. Vi presidentes de câmara a governarem autarquias como se fossem feudos privados. Empregam a família, contratam amigos. Fazem rotundas, festas e estátuas. Tudo para parecer que fazem alguma coisa. Mas nada muda.
Vi polícias desmotivados, sem meios. Vi médicos que desistiram. Enfermeiros que fugiram para fora. Vi militares tratados como lixo. Vi o que um país tem de melhor a ser extinto: o Serviço militar obrigatório, “fonte do nacionalismo” e, com ele, centenas de empresas desapareceram. Qualquer país que vier cá é capaz de nos apanhar com beijos. Isso só não acontecerá por causa da NATO.
Vi jovens a emigrar porque aqui não há esperança nenhuma.
Vi os bancos a serem salvos com o nosso dinheiro. E depois os mesmos bancos a despejarem famílias das suas casas.
Vi gente honesta a perder tudo. E ladrões a subirem na vida.
Enquanto escrevo, tenho o jogo do Benfica prestes a começar. De fundo a voz do locutor:
- “Di Maria blablabla o melhor jogador da História”
Não tenho dúvida nenhuma, Portugal está perdido.
Foto: Feira Medieval EB 2,3 Alfrefo da Silva - Tabaqueira. Porco assado no espeto e eu servia as sandes. Nessa data os muçulmanos em Portugal falavam baixinho.
Adérito Barbosa in olhosemlente.blogspot.com
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