Há muitos anos, esse senhor — hoje tão cheio de si — tentou tramar-me por causa de uma bolada nas partes que lhe dei, mas nem nisso teve talento. Eu era apenas um garoto indefeso; ele já sonhava em ser alguém e achou que eu seria o seu trampolim. Mas deu-se mal. Ou melhor, alguém lhe disse não.
Hoje, é uma verdadeira tortura ouvi-lo doutrinar os portugueses, debitando sentenças com a pose de um general de província russa, esquecendo-se — ou fingindo esquecer — que construiu toda a sua vida à sombra da NATO, essa mesma aliança que agora renega com a habilidade oportunista de quem cospe no prato onde comeu.
Adérito Barbosa in olhosemlente.blogspot.com
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