Quero-te insana
quero-te louca,
Isto vai ser um desatino...
quero-te sem vergonha,
quero-te vagabunda neste quarto.
Não te quero pudica nem puritana.
Hoje quero rasgar a tua blusa.
Quero arrancar o teu soutien,
Sem pudor.
Quero-te insana,
Quero ser eu e mais a minha circunstância.
Quero ser eu mesmo... Sim eu mesmo!
Sem disfarce nem malabarismo,
teu todo poderoso!
Quero deslizar-me pelo teu corpo
Quero esfregar entre as tuas coxas
A minha boca frenética
quero ser sacana
Sacana e malandro...
Gozar sem mentir,
gritar sem medo de rir depois quando sentir.
Hoje estou assim...
Um
perfeito homem selvagem.
Tenho a vontade pura
de ouvir os gritos silenciosos,
de sentir o escorrer
da humidade quente
da tua loucura que chega.
Sentir o calor no escuro.
Não saber se me vim ou se me vou...
saber sim que vieste e não te ficaste
E aí estamos nós a saborear
o prazer alucinante que nos lava a alma
Respirar o odor a sexo que paira no ar.
Embriagar-me num gole de vinho,
Respirar fundo e ouvir o bater do teu coração a meio da sonolência, lá longe...
Foi bom e tu?
Adérito Barbosa in "olhosemlente"
6 de abril de 2014
Sem comentários:
Enviar um comentário