Acordou, depois veio a pintura, o batom vermelho e o pó de arroz.
Outra candura surgiu no rosto e por fim um sorriso patético ao espelho – estou bem! Desconfiada, olha uma e outra vez e põe mais rímel. - Agora sim!
O sol que brilhara a medo no lençol do mar onde adormecera com o poeta, espreita agora cusco pelo vidro do carro. Ali está ele, dormindo de pernas para o céu, a sonhar que não consolou quem amou e foi pecado quando sentiu o preço do amor muito antes de amar.
- Não faz mal, se não mudei até hoje, não mudo mais! Pensou ele.
Desenhada uma nova amante nas teclas do telefone, parte para um outro lugar na esperança de que vai amar outra vez nas tardes de sol-pôr entre chuviscos, livros e escrita.
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