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quinta-feira, 22 de setembro de 2016

É hora...

É hora...

Sei o que sou por essa paixão
e o que sou no escuro sem chão.
Não sei amar se não for do jeito
quando entro no estágio perfeito.

Sempre que o mundo inteiro dorme
e as estrelas cintilem com fome...
vendado pego na tua mão
não dizes não, nem sinto safanão.

Pelos braços guio-te no segredo
dos passos e não sentes medo.
Fico a teu lado pro que der e vier
Sou corpo onde procuras prazer.

No meu peito segredas amor
beijas-me na boca, sinto o calor.
De madrugada acorda feliz
Há sorriso espreguiçado que diz.

Sou tua, há noites sem horas
Ama-me sem demora
Que a alma de saudade chora
É hora...

Adérito Barbosa in olhosemlente

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