Por piedade
Deus conferiu aos poetas a graça
De saberem escrever cartas de amor,
De sorrir todos os dias,
De descobrir que o amor é uma mentira,
Uma invenção dos amantes
Que cativa os corações dos fracos.
Se te espreito, sou malandro
Espera o tempo passar
Os anos vão confirmar
Que o que faço por ti
Não faço a mais ninguém!
Espreito-te na penumbra
Porventura nas tuas palavras
A ausência da luz é bom
Para os olhos cor de gato
E do teu corpo basta a silhueta
Para te pintar na imaginação.
Nunca cantei de cor poemas
Sem antes ver neles versos de amor.
E Deus, por piedade, conferiu-me a graça de saber escrever cartas de amor
E viver para te amar!
Adérito Barbosa in olhosemlente
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