O amanhã foi ontem
Hoje vou para longe.
Mas agora já não sei onde é o longe.
Juro, amanhã vou saber
O que é sentir medo.
Esta noite vou aprender
A lamber as chamas.
Ninguém vai gostar
Do trilho da solidão.
Como é lindo o sorriso amargo.
Hoje quero ir sozinho
Para onde ninguém foi
Escrever com angústia o calor.
Hoje quero ir com o fogo
Pela nacional 236
Chorar com os mortos
Na courela dos inocentes
Onde não arde o pecado carnal
Que se fez nas noites mais incendiárias.
O fogo nasceu dentro de nós.
Vejo diabos vestidos de anjos,
Pilatos sacudindo água do capote,
Mas nós já sabemos
O que é arder dentro do inferno.
Não, eu quero ver a razão do fogo
Que atiça o corpo
Que é lenha na lareira do poder
Dos que nos queimam
Entre leis, credos e outras merdas!
Amanhã voltarei
Para o refúgio longe das cinzas
De alma lavada com orvalhos
De olhos abertos ao futuro
De história que não esta.
Adérito Barbosa in olhosemlente
Hoje vou para longe.
Mas agora já não sei onde é o longe.
Juro, amanhã vou saber
O que é sentir medo.
Esta noite vou aprender
A lamber as chamas.
Ninguém vai gostar
Do trilho da solidão.
Como é lindo o sorriso amargo.
Hoje quero ir sozinho
Para onde ninguém foi
Escrever com angústia o calor.
Hoje quero ir com o fogo
Pela nacional 236
Chorar com os mortos
Na courela dos inocentes
Onde não arde o pecado carnal
Que se fez nas noites mais incendiárias.
O fogo nasceu dentro de nós.
Vejo diabos vestidos de anjos,
Pilatos sacudindo água do capote,
Mas nós já sabemos
O que é arder dentro do inferno.
Não, eu quero ver a razão do fogo
Que atiça o corpo
Que é lenha na lareira do poder
Dos que nos queimam
Entre leis, credos e outras merdas!
Amanhã voltarei
Para o refúgio longe das cinzas
De alma lavada com orvalhos
De olhos abertos ao futuro
De história que não esta.
Adérito Barbosa in olhosemlente
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