Lisboeta que se preze sabe responder a estas 10 questões sobre a cidade. Ou então não sabe, mas finge.
*1 Por que é que os homens do lixo são “Almeidas”?*
Chamamos “Almeidas” aos homens que recolhem o lixo porque os primeiros a
fazer esse trabalho vinham de Almeida, na Guarda, vila fronteiriça da
comarca de Pinhel. Se fossem naturais da Lixa, cidade do concelho de
Felgueiras, esta história tinha mais piada.
*2 Por que é que há um arco no meio da Praça de Espanha?*
O arco que está no meio da praça fazia parte do Aqueduto das Águas Livres e
estava na Rua de São Bento. Foi desmontado aquando de umas obras de
remodelação, em 1938, e esteve espalhado na rotunda da Praça de Espanha até
1998, ano em que um gigante apaixonado por Legos o devolveu à sua forma
original.
*3 É mesmo proibido dar de comer aos pombos? Porquê?*
Dar milho aos pombos é proibido de acordo com o n.º1 do Art.º 60º do
Regulamento de Resíduos Sólidos. A dieta é obrigatória para evitar que esta
praga se reproduza. Ou seja, se os pombos comerem os seus restos de pão e
bolos não vão comer o milho contraceptivo que é distribuído pela cidade com
o objectivo de controlar essa encantadora população de aves que insiste em
redecorar os nossos carros com os seus excrementos.
*4 Quanto ganha o presidente da Câmara?*
Está a pensar candidatar-se ao cargo? Acha que podia fazer melhor ali no
Eixo Central ou tem outras ideias sobre como tornar o trânsito mais caótico
em 2018? Fique a saber que um presidente da Câmara de Lisboa ou Porto ganha
3.587€ ilíquidos por mês, 55% do salário base do nosso presidente. O
cálculo do ordenado é feito com base no número de eleitores de cada
município.
*5 Quanto mede a rua da Betesga? É assim tão pequena?*
A Rua da Betesga tem aproximadamente 10 metros de comprimento e é tida como
a rua mais pequena de Lisboa. A expressão “meter o Rossio na Rua da
Betesga” é usada sempre que um lisboeta muda de casa e tem de tirar o sofá
pela porta da entrada.
*6 Quanto tempo demoraram as obras de Santa Engrácia?*
284 anos. De 1682 a 1966. Demorou, mas lá que ficou uma obra bonita, isso
ficou.
*7 Há um faroleiro no Bugio?*
O farol, no Forte de São Vicente do Bugio, deixou de ser uma fortificação
em 1945 e tornou-se automático em 1981. No ano seguinte os faroleiros foram
mandados para casa e desde então que está vazio. Isto significa que se
quiser pode ocupar o forte, declarar a sua independência e começar a emitir
moeda. Não diga a ninguém que fomos nós que demos a ideia.
*8 Qual é a pata direita do cavalo de D. José?*
É a esquerda. Não conhece o trocadilho? É uma provocação tão antiga como a
estátua equestre que está no Terreiro do Paço. A pata direita – ou que está
“a direito” – é a pata esquerda do cavalo. A pata do seu lado direito está
ligeiramente dobrada, daí ser possível brincar com os vários significados
da palavra “direita”. É rir a bom rir. E qual é a cor do cavalo branco de
D. José? Ok, ok, vamos parar com isto.
*9 É verdade que a estátua que está no Rossio é de um imperador mexicano?*
Não e é uma pena. Dava uma belíssima história. O mito urbano de que a
estátua que está na praça do Rossio não é de D. Pedro IV, mas sim do
imperador Maximiliano do México, é só isso mesmo: um mito. Reza a lenda que
o escultor tinha feito uma belíssima estátua do tal imperador, entretanto
fuzilado, e para não dar o trabalho por perdido reciclou-a como homenagem
ao monarca português.
*10 Estamos todos familiarizados com a Segunda Circular, mas onde fica a
Primeira Circular?*
A Primeira Circular existiu e “circulava” a cidade no século XIX: começava
no Largo de Alcântara, passava pela Rua D. Carlos, Rua Marquês da
Fronteira, Duque de Ávila, Praça do Chile e por aí acima pela Morais Soares
para depois descer até Santa Apolónia. Representava na altura os limites da
cidade, que entretanto transbordou e vai daí fez-se uma Segunda Circular.
Adérito Barbosa in olhosemlente
*1 Por que é que os homens do lixo são “Almeidas”?*
Chamamos “Almeidas” aos homens que recolhem o lixo porque os primeiros a
fazer esse trabalho vinham de Almeida, na Guarda, vila fronteiriça da
comarca de Pinhel. Se fossem naturais da Lixa, cidade do concelho de
Felgueiras, esta história tinha mais piada.
*2 Por que é que há um arco no meio da Praça de Espanha?*
O arco que está no meio da praça fazia parte do Aqueduto das Águas Livres e
estava na Rua de São Bento. Foi desmontado aquando de umas obras de
remodelação, em 1938, e esteve espalhado na rotunda da Praça de Espanha até
1998, ano em que um gigante apaixonado por Legos o devolveu à sua forma
original.
*3 É mesmo proibido dar de comer aos pombos? Porquê?*
Dar milho aos pombos é proibido de acordo com o n.º1 do Art.º 60º do
Regulamento de Resíduos Sólidos. A dieta é obrigatória para evitar que esta
praga se reproduza. Ou seja, se os pombos comerem os seus restos de pão e
bolos não vão comer o milho contraceptivo que é distribuído pela cidade com
o objectivo de controlar essa encantadora população de aves que insiste em
redecorar os nossos carros com os seus excrementos.
*4 Quanto ganha o presidente da Câmara?*
Está a pensar candidatar-se ao cargo? Acha que podia fazer melhor ali no
Eixo Central ou tem outras ideias sobre como tornar o trânsito mais caótico
em 2018? Fique a saber que um presidente da Câmara de Lisboa ou Porto ganha
3.587€ ilíquidos por mês, 55% do salário base do nosso presidente. O
cálculo do ordenado é feito com base no número de eleitores de cada
município.
*5 Quanto mede a rua da Betesga? É assim tão pequena?*
A Rua da Betesga tem aproximadamente 10 metros de comprimento e é tida como
a rua mais pequena de Lisboa. A expressão “meter o Rossio na Rua da
Betesga” é usada sempre que um lisboeta muda de casa e tem de tirar o sofá
pela porta da entrada.
*6 Quanto tempo demoraram as obras de Santa Engrácia?*
284 anos. De 1682 a 1966. Demorou, mas lá que ficou uma obra bonita, isso
ficou.
*7 Há um faroleiro no Bugio?*
O farol, no Forte de São Vicente do Bugio, deixou de ser uma fortificação
em 1945 e tornou-se automático em 1981. No ano seguinte os faroleiros foram
mandados para casa e desde então que está vazio. Isto significa que se
quiser pode ocupar o forte, declarar a sua independência e começar a emitir
moeda. Não diga a ninguém que fomos nós que demos a ideia.
*8 Qual é a pata direita do cavalo de D. José?*
É a esquerda. Não conhece o trocadilho? É uma provocação tão antiga como a
estátua equestre que está no Terreiro do Paço. A pata direita – ou que está
“a direito” – é a pata esquerda do cavalo. A pata do seu lado direito está
ligeiramente dobrada, daí ser possível brincar com os vários significados
da palavra “direita”. É rir a bom rir. E qual é a cor do cavalo branco de
D. José? Ok, ok, vamos parar com isto.
*9 É verdade que a estátua que está no Rossio é de um imperador mexicano?*
Não e é uma pena. Dava uma belíssima história. O mito urbano de que a
estátua que está na praça do Rossio não é de D. Pedro IV, mas sim do
imperador Maximiliano do México, é só isso mesmo: um mito. Reza a lenda que
o escultor tinha feito uma belíssima estátua do tal imperador, entretanto
fuzilado, e para não dar o trabalho por perdido reciclou-a como homenagem
ao monarca português.
*10 Estamos todos familiarizados com a Segunda Circular, mas onde fica a
Primeira Circular?*
A Primeira Circular existiu e “circulava” a cidade no século XIX: começava
no Largo de Alcântara, passava pela Rua D. Carlos, Rua Marquês da
Fronteira, Duque de Ávila, Praça do Chile e por aí acima pela Morais Soares
para depois descer até Santa Apolónia. Representava na altura os limites da
cidade, que entretanto transbordou e vai daí fez-se uma Segunda Circular.
Adérito Barbosa in olhosemlente