De pele arripiada fica
a menina da Aldeia do Lousal
quando o grupo
“Vozes da Mina” canta...
Cuidado,
não se metam com a menina da terra abandonada, terra que dá o pão.
Ai, esta nação...
Devia cultivar a razão...
Daqui não, não me vou,
uma dose dá para dois citadinos - disse o anfitrião.
As mulheres a virar o trigo
parecem papoilas,
ai... que vejo
ao pé delas a mondar o trigo,
um gabiru.
Ele já foi uma garrafa
que um dia cheia de vinho,
molhou gargantas,
e cantou como uma rola..,
e com um abraço
se junta o mineiro e o cavador.
Vê lá “companheiro, vê lá!”
Vê lá, é a Padroeira dos mineiros,
não tentes namorar a Bárbara
ela só escuta o passarinho
às quatro da madrugada.
E nós que cantamos tão bem no
Armazém Central do Lousal,
somos guardiães do Alentejo.
Adérito Barbosa in olhosemlente
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