As horas passam, cresço devagar
Fecho a porta, tranco as memórias
És um ficheiro com histórias
Que navega na minha tez
Sem perder a sensatez
Mão fria no meu peito
Assim é o jeito.
Danças de ventre enlevam
Entrego-me à loucura, sem reservas.
Sempre a primeira vez
Assim o quero, talvez…
Impudor sem limites
Aquieto os apetites Frémitos de prazer
Com sussurros animais
Reguei com humidade a alma
Em torrentes de água calma.
À bolina, numa falua.
Lábios que procuram os meus
Como teia em telas de museus.
Aninhados e trémulos em mim
Com sorriso de Aladino, por fim.
Cansados, a brotar luxúria
Sem palavras de lamúria
Naquela canção por entender
Prostrar e respirar fundo
Ir num sono profundo
Rodopiar como velas de moínho
ir com o vento e…
Seguirmos o nosso destino.
Toca-me agora!
Adérito Barbosa
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