"Escrevo para mentir"
Gosto desse vinho sem travo
Que na boca me dás a provar
Para espreitar o teu corpo
Que sonhei espreitar!
Mostra-me os teus seios
Que me desperta os sentimentos
Enquanto o tempo está parado
E a vida não me deixa sonhar
neste jardim de areia
Juntos escrevemos memórias
No crepuscular dos argumentos
Tu dizes o que não sentes...
Eu finjo que acredito
Vim para mentir!
Nasci para acreditar
Cala a minha boca só hoje com a verdade
Num beijo ardente e quente
Hum é quente então é verdade
A verdade que acalma a minha alma
A mentira que quero ouvir
Mesmo sabendo que mentes
Sinto o calor do teu corpo
Unido ao meu num abraço urgente
Naquele moinho perto do céu
De velas presas
Onde as urzes cresciam sem pressa
Eu apanhei um ramo e guardei
Porque mesmo sabendo que mentias...
Fingi amar-te de verdade...
Sonhei que não acreditavas
E tu fingiste que mentias
E eu fui para mentir
Porque entra a minha verdade
E a tua mentira existia a minha mentira e a tua verdade
Sobrou o amor in olhosemente
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