Posso não poder dizer o que penso, mas fiquem a saber que já sei o que penso. Penso pintar as histórias dos dias nos sorrisos ensaiados naqueles raios de sol, que despontam em tardes de outono.
Sei que as imagens que construo nas nuvens são vivas, mas não são nada, quando vistas por eles.
Pergunto se sabem para onde vão os nossos sonhos, os teus e os meus!
Peço que se explique a quem nada sabe, para que lado gira a roleta da vida dos portugueses, se para a esquerda, se para a direita, ou se está parada.
Fazer-lhes entender que um dia o monstro acordará sem medo e perguntar-lhes-á se podemos dormir tranquilos o nosso sono.
Não vou puxar do voto, não?! Não vou, porque eles dizem que o voto é a arma do povo e eu não quero usar armas. Só se for arma de bala fria!
Deixam-nos confusos, os parolos do costume, com as promessas de ontem esquecidas numa gaveta qualquer e com as mentiras de hoje acalentadas nas bandeiras em punho do homem autómato.
Porca vida esta a nossa, pobres asnos de sempre, que fomos e somos!!!
Ao quarto dia do dez, lá vai o Zé pelintra depositar do seu bolso 12,60 euros na conta do bando que os sustentará por quatro anos.
Perguntem ao pelintra português se sabe o que é o neoliberalismo, o socialismo, o plafonamento horizontal ou vertical e o que é a miséria ou o que é a pobreza.
Alguns, pouquíssimos, sabem o que é neoliberalismo e socialismo. A grande maioria dirá que só sabe o que é ser miserável e não faz a minimíssima ideia do que significa a palavra rico. A única coisa que sabem é que estão fodidos com esta democracia, mas que votam na mesma.
Posso não poder dizer o que penso, mas já sei o que os partidos são: - Centro de emprego para alguns, empresas sem capital e sem pacto social.
Adérito Barbosa in olhosemlente
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