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quinta-feira, 30 de junho de 2016

Escapou-se-me a esperança


Escapou-se-me a esperança
por entre os dedos.
Soltou-se de mim foi com a brisa
secar as bocas do tempo,
as sedes das sementes.  
Não soube do sabor,
não sentiu o calor do peito
depois do amor...
Não corou com as conversas que dão calor,
sorrir,  nem pensou nisso...
atrapalhou-se no meio da dor,
quis saber se tenho alguma...
não,  não  consigo ter!
Ter esperança nenhuma.
É a eutanásia pura da crença
é morrer aos poucos
como um louco sem lembranças
é sentar-me e vê-la fugir aos poucos...
é ficar esqueleto
sem memória dos tempos e dormir.

Adérito Barbosa in olhosemlente

quinta-feira, 23 de junho de 2016

Os suspeitos do costume

Outra vez os suspeitos do costume.

António Monteiro da Hugin Editores  no seu livro «O que é Fátima?» às tantas diz ele:
- «Nem um clamoroso engano da 'Senhora' abalou a fé em Fátima. Em 13 de Outubro de 1917, na sua última aparição, afirmou que a guerra (a Grande Guerra de 1914-1918) acabaria nesse dia e que os nossos soldados iriam regressar em breve (da Flandres). O que sucedeu, porém, foi bem diferente: no final desse ano, a situação na Flandres tornou-se quase desesperada e em 9 de Abril de 1918, quando os ingleses se preparavam para render, as nossas enfraquecidas tropas, os alemães lançaram uma ofensiva em larga escala contra o sector português e destroçaram, por completo, o CEP (Corpo Expedicionário Português) na tristemente célebre 'Batalha de La Lys'»
Passados 98 anos outra história contada pelos suspeitos do costume. Outra vez milagre. Onde havia de ser? - Fátima! Qual foi o milagre desta vez? O milagre do sol - diz quem viu e jura estar no seu perfeito juízo que o sol andou as voltas e que parecia aquecer muito. Coisa nunca vista.
Tá ficar tudo maluco com e o negócio das velas.

Adérito Barbosa in olhosemlente

quarta-feira, 8 de junho de 2016

Racismo crioulo


Racismo crioulo

Aqui está um assunto que os cabo-verdianos  não gostam de abordar. O racismo é muito mais acentuado em Cabo Verde do que nos outros países ex-colónias portuguesas.
Comecemos pela recusa da maioria da população em falar português. Quando se ouve um caboverdiano, um angolano, um guineense ou um santomense, apercebe-se logo que o caboverdiano é quem fala pior o português. Aqui o Onda kriolu colabora negativamente na promoção do analfabetismo escrevendo em crioulo, prejudicando seriamente o desenvolvimento intelectual e o conhecimento dos cidadãos. Não se entende que se passe o tempo a sonhar emigrar, mas teimosamente só falar e escrever em crioulo.  É o que se pode dizer: lá está o pobre burro orgulhosamente só, não consegue viver sozinho mas detesta quem lhe dá a palha. Os cabo-verdianos sempre odiaram  as suas origens. Os ditos mulatos residentes nas ilhas, os tais senhores que se acham superiores sempre odiaram os negros, e sempre detestaram os brancos, mas passam a vida a imitar os brancos em tudo. A mulatagem aqueles que se acham iluminados também detestam a malta que vive fora de Cabo Verde, eles não toleram que tenhamos adquirido outros conhecimentos, outra cultura, ou outra forma de pensar. A mulatagem das ilhas não suporta o direito à diferença. Eles sabem tudo e percebem de tudo. Os melhores empregos no estado, os melhores cargos públicos está reservado à mulatagem. Há um nítido complexo de inferioridade na mulatagem em aceitar ser descendentes de escravos. Por isso se entende porque eles eram os capatazes em Angola conhecidos como os homens dos açoites aos negros nativos. Não é por acaso que aqui em portugal se diz: se quiseres mal a um negro não lhe faças mal, entrega-o a um Caboverdiano que ele trata dele à chicotada.
Isso envergonha-me, O resto é conversa para entreter gente burra.
Seria bom ao "Onda Kriolu" página que acompanho sem decoro ao contrário de muitos" dizia eu escrever as sua notícias, os acontecimentos em português. Porquê em crioulo? Onde se aprendeu a escrever crioulo? Em que escola, em que universidade. No meu modesto entendimento seria muito mais benéfico para toda a gente e sobretudo para os jovens em idade escolar. Afinal língua oficial é o português.
Presunção dos caboverdianos, nada mais, apenas presunção.

Adérito Barbosa in olhosemlente

Os poetas são...

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Os poetas são...

Os poetas são cantores das belezas do mundo, revelam os mistérios na magia das palavras.
Os poetas conhecem os segredos do amor, da dor e das coisas simples da vida.
Os poetas sempre encontram na verdade a coisa mais bela onde quer que ela se esconda.
Os poetas olham para a vida como o homem olha para uma mulher bonita.
Os poetas despertam nas pessoas uma sensação maravilhosa, fazendo-as crer que tudo é belo mesmo aquilo que não compreende
e acredita que vale a pena viver. Na verdade um poeta é um sócio de Deus.

Adérito Barbosa in olhosemlente

segunda-feira, 6 de junho de 2016

Sendo eu sobrinho trineto do Sr. José Barbosa, quero as merdalhas, os louvores, as comendas, as cruzes e já agora a subvenção vitalícia igual a que os políticos mamam que a República ficou a dever ao meu tio-trisavô. Quero uma rua com o nome dele também, uma fundação com o nome dele e com apoios do estado, um colégio com o nome dele com contrato e tudo e ainda um feriado em sua memória. Reclamo também a transladação das ossadas para o Panteão Nacional com todas as exéquias a que o homem tem direito.
Adérito Barbosa


Segundo o estudo do Dr. Gérson Monteiro
"O caboverdiano que participou na revolução republicana em Portugal em 05 de outubro de 1910 foi José Barbosa. O Sr. Barbosa nasceu na ilha do Fogo, em 1869. Ele era um jornalista por formação e um grande republicano; espalhou os ideais republicanos em todos os jornais. José Barbosa foi perseguido por sua crença republicana, tendo fugido para a Espanha em 1894, depois para França e mais tarde para o Brasil.
Em 1908, juntou-se ao comitê central do Partido Republicano Português e participou activamente nos preparativos para o golpe de estado de 05 de outubro de 1910. Após a introdução da República, o governo provisório nomeou José Barbosa para o cargo de secretário do interior. Em 1920, durante o governo de Domingos Pereira, José Barbosa foi nomeado Ministro das Colónias.
Em 04 de setembro de 1923 José Barbosa faleceu em lisboa.
Há uma forte possibilidade de que se o Vice-Almirante Carlos Cândido dos Reis tivesse sobrevivido, ele poderia ter sido o primeiro presidente do Estado Português republicano recém-formado. O que seria / poderia ter sido o impacto de um cabo-verdiano presidente de Portugal nascido na colónia Cabo Verde.... pode-se especular.
Por: Gerson Monteiro

http://capeverdehistoryunearthed.com



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