Escapou-se-me a esperança
por entre os dedos.
Soltou-se de mim foi com a brisa
secar as bocas do tempo,
as sedes das sementes.
Não soube do sabor,
não sentiu o calor do peito
depois do amor...
Não corou com as conversas que dão calor,
sorrir, nem pensou nisso...
atrapalhou-se no meio da dor,
quis saber se tenho alguma...
não, não consigo ter!
Ter esperança nenhuma.
É a eutanásia pura da crença
é morrer aos poucos
como um louco sem lembranças
é sentar-me e vê-la fugir aos poucos...
é ficar esqueleto
sem memória dos tempos e dormir.
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