Depois de seis ou sete tentativas, lá se consegue que a telefonista nos atenda.
- Bom dia! Por favor, pretendo falar para o serviço tal.
A telefonista faz a ligação, o sinal de chamada faz-se ouvir por cinco vezes e depois cai. É sempre assim! Não se consegue falar para serviço nenhum.
Depois daquela confusão toda na Neurocirurgia, os médicos finalmente produziram o relatório sobre o estado da minha coluna, entregaram-no ao 1º Cabo assistente para o fazer chegar ao Serviço de Gestão de Doentes, via protocolo, para aí ser assinado pelo Director Clínico e depois ser enviado para a BASE AÉREA Nº 1, Secção de Justiça.
O nosso Cabo não remeteu o relatório para o Serviço de Gestão de Doentes, foi de férias e deixando-o na gaveta dele, como se de uma bodega se tratasse. Durante esse tempo todo, ninguém soube do relatório. O nosso Cabo regressou vinte dias depois. Liguei para o serviço de Neurocirurgia através de número directo, evitando assim a telefonista e perguntei:
- Ó fulano, o que é feito do meu relatório que ninguém o encontra?
- Está aqui comigo ainda, pois fui de férias e só cheguei hoje. Não puseram cá ninguém para me substituir e isto ficou aqui esquecido. Hoje mesmo entrego-o nos Serviços de Relatórios Médicos.
Vinte dias depois, quinta feira, dia 25 de Janeiro, dirijo-me ao Serviço de Gestão de Doentes e pergunto se o relatório já tinha sido assinado pelo Director Clínico.
Resposta do assistente, um soldado:
- Ainda não! Está aqui comigo! Ainda não enviei, porque tenho tido muita coisa para fazer e ainda não tive tempo; mas olhe que ele já fez mais da metade do percurso.
Por este andar protocolar entre Cabo e Soldado , Soldado e Cabo, falta de tempo um e férias do outro no meio da auto-gestão, estes dois artistas ainda desaparecem com o meu relatório.
Este documento foi pedido em Março de 2016.
Assim vai o HOSPITAL DAS FORÇAS ARMADAS!
Adérito Barbosa in olhosemlente
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