quinta-feira, 6 de dezembro de 2018
Galhofa da CGA
“Aprendi a ficar sozinho e a gostar disso.
Não há nada mais libertador e poderoso do que aprendermos a gostar da nossa própria companhia.”
Às vezes não consigo digerir coisas macabras sozinho e dou comigo a partilhar as peripécias que me acontecem, como esta no corredor da morte lenta da condenada Caixa Geral de Aposentações, anunciada em 2006.
Então vamos à história.
Em Julho de 2015 e em Fevereiro de 2016 fui sujeito a duas intervenções cirúrgicas, uma à coluna lombar e a outra à cervical no Hospital da Luz.
Chapas, amortecedores e parafusos na coluna e no pescoço foi quanto bastou, para dizer semi-adeus às dormências e formigueiros nas pernas e nas mãos.
Com um relatório médico debaixo do braço, requeri a reabertura do processo por acidente em serviço. O Serviço Jurídico da FAP analisou, investigou e com o parecer favorável do
Director do Serviço de Saúde, o CEMFA despachou favoravelmente a reabertura do processo.
A viagem para os Serviços de Neurocirurgia do HFAR foi rocambolesca, pois inicialmente confundiram-me com um militar do Exército e como eu não constava nas listas dos DFAs do Exército foi uma tourada. Ultrapassada a confusão, dois médicos do Serviço de Neurocirurgia (um deles Director destes Serviços) tomaram conta do meu caso e entenderam que havia realmente agravamento da incapacidade, por ter havido plantio de material estranho na coluna. Propuseram então aumento da incapacidade, por ser evidente a perda de mobilidade da esteira da coluna.
Depois seguiu-se o Exame de Sanidade Final, realizado por outros dois médicos da DSS, tendo eles confirmado haver razões para o agravamento da incapacidade e decretaram o agravamento e a respectiva percentagem, de acordo com a tabela nacional de incapacidades.
Dali, segui viagem para a Junta de Saúde da FAP. Esta Junta Médica, formada por cinco ilustres elementos, perante os quais compareci, confirmou o parecer médico do Exame de Sanidade Final e o processo seguiu para a CGA, a fim de o agravamento da incapacidade ser atualizado, com os respectivos efeitos e assim, se a isso houver lugar, ressarcirem-me financeiramente.
Passados 12 meses, com o processo sempre em análise, segundo as senhoras do atendimento aos utentes, eis que a CGA decidiu então desconfiar de toda a cadeia orgânica da FAP e desatou a parir uma coisa que nem lembraria ao diabo! Vejam então o que se segue - depois de doze meses a analisar não sei o quê, fizeram então o seguinte pedido de esclarecimento à Força Aérea em forma de galhofa:
“ Pretende-se saber se o agravamento tem relação com o acidente inicial. “
Como é possível um badameco qualquer da CGA pôr em causa a estrutura de justiça e disciplina da FAP, bem como toda a estrutura de Saúde dos militares?
Conclui-se que a CGA desconfia de 8 médicos, sendo sete deles médicos militares e um civil. Conclui -se ainda que põe em cheque a competência e a idoneidade do CEMFA, da DSFA a da JUNTA de Saúde, ou será que não leram folha nenhuma do processo?
Os militares que, por qualquer razão, venham a precisar de reabrir processos por acidente em serviço, ficam avisados da galhofa que os espera!
Adérito Barbosa in olhosemlente
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