sábado, 22 de dezembro de 2018
DESPERTOS DEMAIS
Um ensaísta é aquele que escreve pequenos textos literários, flutuando geralmente entre o político e o didático, onde expõe as suas ideias, as suas críticas e reflexões, ou filosofa a respeito de um determinado tema. Não é formal e é muito flexível na exposição - defende o ponto de vista pessoal, sem esquecer o carácter humano, filosófico, político, social, cultural ou mesmo moral, ao tratar as diversas questões. É sobre este último aspecto que quero hoje fazer um ensaio. Apesar de não carecer de ser sustentado com provas científicas, tomo como documento-fonte, a ameaça da Sra. Procuradora e com o meu próprio estilo, deixo-vos para reflexão este meu ensaio convertido em ciência com provas, apesar de um ensaio poder ser ciência sem suporte científico, segundo um filósofo espanhol.
Hoje sou um ensaísta, porque a questão em causa, dado o seu melindre, complexidade e sensibilidade, só poder/dever ser abordada por um ensaísta.
Assim sendo, considero-me "ensaiador" do meu ponto de vista sobre a desfaçatez da Sra. Procuradora da República, Lucília Gago, que afirmou (ameaçou) que qualquer alteração à composição do Conselho Superior do Ministério Público seria uma “grave violação do princípio da autonomia". E, para ser mais clara, põe até em causa a sua continuação no cargo se a Assembleia da República ousar legislar sobre a composição dos membros do Conselho Superior do Ministério Público, em perfeita sintonia com o Sr. Ventinhas, Presidente do Sindicato dos Magistrados, armado em Arménio Santos, quando, por seu lado, ameaça paralisar a justiça, se houver mexida na composição do Conselho Superior do Ministério Público.
Com isto só posso ensaiar o seguinte: - Os magistrados do Ministério Público acham que os deputados nao podem legislar nada para os escrutinar, porque eles, os magistrados, estão acima da lei, acham que eles é que são os legítimos representantes do povo, apesar de nunca terem passado pelo crivo do voto popular e avisam claramente - quem se mete connosco apanha!
O Ministério Público não quer ser fiscalizado, quer andar em roda livre, sentem-se impunes e querem viver num jardim, como diz a canção, onde só vai quem eles quiserem. Como não querem ninguém lá, conclui-se que não querem ninguém de fora para os fiscalizar.
Continuando com o meu ensaio, posso deduzir que estamos perante uma flagrante judicializacão da política e que os magistrados do Ministério Público são uma casta à parte. Querem prender a Assembleia da República com mandados ameaçadores.
Também o nosso Presidente da República, mais rápido que o coelho a ter orgasmo e muito mais rápido ainda que o Batman, veio dizer uma coisa num dia, para, logo noutro, dizer outra coisa, como se fosse um coordenador da agenda da Assembleia da República.
Sendo assim, impõe-se terminar o meu ensaio, questionando: - Será que todos os Portugueses andam ensonados e o pessoal dos magistrados despertos demais?
Boas festas
Adérito Barbosa in olhosemlente
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