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sábado, 22 de novembro de 2014

TCOR /PILAV - 1 X Trovas do Vento que Passa - 0

TCOR /PILAV - 1 X Trovas do Vento que Passa - 0
O nosso camarada piloto aviador Tenente Coronel Brandão Ferreira foi julgado por difamação por ter chamado de traidor ao Sr. Dr. poeta Manuel Alegre.
Brandão Ferreira reiterou em julgamento a tese que havia dito: - Manuel Alegre cometeu, aos microfones da rádio Voz da Liberdade, que emitia frequência a partir de Argel, traição à pátria, por este ter incitado os militares portugueses a desertar, enquanto ele próprio convivia com os liders dos movimentos de guerrilha.
Citado a jurisprudência do Tribunal Europeu dos Direitos do Homem e o direito consignado na Constituição Portuguesa à liberdade de expressão, o tribunal absolveu o nosso TC/PILAV considerando que Brandão Ferreira emitiu a sua opinião sobre factos históricos e que não se verificou o crime de difamação.
No final do veredicto, Manuel Alegre considerou a sentença “algo surpreendente”, porque “a liberdade de expressão não permite tudo”, designadamente que uma pessoa seja “difamada” ou seja alvo das “insinuações” em causa.
Manuel Alegre adiantou à Lusa que vai recorrer da decisão por uma “questão de dignidade e de princípio”, insistindo que a “liberdade de expressão não permite tudo, não permite o atentado ao bom nome e à dignidade das pessoas”.
Caro Dr. Manuel Alegre, contra factos não há argumentos. Sempre ouvi dizer no meio castrense que em resultado dessa sua fuga, o pelotão ficou à sua sorte. Se assim foi porque não assume ser um traidor?
A diferença maior entre o nosso camarada e o poeta é esta:
- Brandão Ferreira é um Militar e o criador das Trovas do Vento que Passa foi tropa manhosa.
Adérito Barbosa
Adérito Barbosa  in olhosemente

quinta-feira, 20 de novembro de 2014

Está tudo visto!

                                                      Está tudo visto!

- Olha lá, ó Felismina, os tipos estão sempre a tramar-nos. Não têm vergonha nenhuma! Por isso, escreve o que te vou ditar e saberão que fui eu quem os acusou. Escreve lá isso, que eu quero que toda a gente leia o que penso disto tudo; por isso, vou dirigir-me a todos e a cada um em particular, para falarmos de como se governam os impunes ladrões que nos governam.

Olha só com que habilidade eles fazem as coisas; olha o seu descaramento, a safadeza e a prepotência de como usam e abusam do poder que têm. Vê só como todos engordam na manjedoura da política! Contudo, olha para a tanga que nos vestiram e como o conseguiram fazer sem que tenhamos feito nada para os impedir…

Sabes o que ouvi dizer? Ouvi dizer que as prostitutas e os proxenetas, agora, vão passar a pagar o IVA também, porque tudo vai passar a contar para o PIB. Estou mesmo a ver o panorama! A Marreca de Monsanto e as outras “finas” a passarem factura, eheheh... É só rir. E o Manel a esquecer essas facturas no bolso das calças, bem… nem quero imaginar o banzé que a mulher do Manuel não vai montar lá em casa! Olha os compadres dos chefes, dos ministros, dos amigos directores, dos parceiros das PPP, primos do tio Xico, que é padrasto
da Zezinha que andava metida com uns gajos lá no Monte. Olha para eles à mesa a comer, são sempre os mesmos à mama na manjedoura do poder.

O relógio do Caldas parou, mas o país não andou, nem acordou, nem deu conta de que o submarino afundou e deixou um milhão, em maços de doze mil, que apenas em cinco dias foi parar ao BES e por sua vez os cunhados destes pediram à PT uma pipa de massa emprestados e agora dizem que não podem pagar. Afinal, mentiram mais uma vez uns aos outros e à gente! A Troika foi-se, o BPN  ficou a rir do BPP e este a rir do BES. O BC aponta o dedo à CNVM e riem-se uns dos outros.  Olha, o Monte Branco só conseguiu parir um rato e uma caixa de robalos, o Alfredo sucateiro é que se lixou coitado; só não disseram se os robalos eram congelado ou frescos, ao menos se fossem tão bons como aqueles que o Toni da Gafanha diz apanhar quando vai à pesca!?

- E agora Felismina?  Agora, cá estamos nós outra vez, enfiados no labirinto dos vistos, da espionagem dos espiões e contra espionagem, das secretas dos businessmen, de compras e vendas da nação ao retalho chinês, tudo sem caução, mas com comissão.
Sabes a última? A EDP que é do chinês e a Galp de uns tipos pobrezinhos dizem agora que não pagam a extraordinária porque é injusto. Dizem eles que metade da factura da electricidade e do gasóleo que eu e tu pagamos, vai para o estado e eles consideram que isso já é suficiente. eu tanbém acho. Ainda vais ver, qualquer dia cortam a luz e secam as bombas.
Com gente desta, está tudo visto!
Vira-te mas é para mim e vamos fazer amor!

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Adérito Barbosa  in olhosemente

terça-feira, 18 de novembro de 2014

Vou ficar por sempre

                                               Vou ficar por sempre
                                               preto de todo o meu.,
                                               entre árbores e rosas
                                               e a laranxeira en flor.

                                               Has de sentirme coa chuvia.
                                               Heite tocar cando vente.
                                               nun recuncho do meu xardín,
                                               esperareite...

                                               Nas pingas do orballo,
                                               no sorriso dos páxaros.
                                               Nas cousiñas máis pequenas...
                                               aniñareime.

                                               Nas noites de primavera,
                                               serei un vagalume.
                                               Bailarei ó son dos grilos,
                                               como cativa pequena.

                                               Quero quedar
                                               nas meniñas dos ollos
                                               de quen me quere.
                                               Non quero marchar,
                                               vou ficar por sempre.

                                              Nun recuncho do meu xardín,
                                              agromarei se ti me regas.
                                              Se pensas nas miñas mans
                                              acariciareite con elas...

                                              E pensarás que aínda estou.
                                              Estarei...
                                              se ti o queres.

                                             Quizais nunca me fun.
                                             Voltarei coa lúa chea.

                                             Asun Estévez (Pel de muller)

Adérito Barbosa  in olhosemente

terça-feira, 11 de novembro de 2014

O sol português não brilha em Timor Lorosai




O sol português não brilha em Timor Lorosai

Toca a andar daqui!

Se fosse contra mim, eles ganhavam todas as causas e eu já estava preso, sem saber ler nem escrever e condenado a pagar uma indemnização  que nunca conseguiria pagar em vida, mais as despesas, para assim poderem abrir logo outro processo, por falta de pagamento e assim por diante.
No meu entendimento, acontece que os magistrados portugueses nunca se especializaram em fazer justiça a sério em Portugal. Especializaram-se em fazer justiçazinha contra os pobres, os fracos, e contra aqueles que menos têm e não podem defender-se. Acontece que eles, os magistrados portugueses habituaram-se a pôr e dispor contra os fracos, chamando as televisões para fazerem a cobertura de qualquer busca, detenção ou prisão de alguém importante, ao estilo do reality show, muitas vezes abusando do estatuto que ostentam.

Acontece que agora tiveram pela frente grandes multinacionais, verdadeiros tubarões da justiça e verdadeiros mafiosos, não foram capazes de ganhar uma causa que seja e deixaram os interesses de Timor ir por água abaixo.
Não puderam mandar calar a outra parte, como fazem por cá ao Zé Ninguém. Por cá sempre fizeram justiçazinha e como nunca ninguém os pôs em causa, foram cultivando pacífica e paulatinamente a doutrina do todo poderoso e dos intocáveis. Basta ver como eles falam aos advogados, aos réus, e às testemunhas em audiência.

A mim não me admira nada que tenham sido postos a andar. Uma coisa é chatear o Zé Ninguém português, sem dinheiro, sem o direito ao contraditório, outra coisa é chatear os  poderes económicos, do outro lado do mundo, onde mete influencias, favores, negócios de colchões, camas e mantas, Indonésia e Austrália, ex guerrilheiros, armas, marido e mulher, política, exploração de petróleo e muitos, muitos dólares, tudo isto num ambiente onde se sente ainda no ar o cheiro a pólvora e a cadáver.

E agora vieram dizer que o Xanana é um homem perigoso? ah é! pois pois...: - e andaram a trabalhar para um tipo perigoso durante esse tempo todo e só agora deram conta? não sabiam que ele foi um guerrilheiro? Se sabiam então são cúmplices e colaboradores. Assim sendo a vossa avença é ilícita, parece-me!

Pois é caros amigos, o melhor emprego em Portugal é ser Juiz. Juiz para sempre, nunca é escrutinado, nunca vai a votos, ganha bem, põe e dispõe é meritíssimo doutor e normalmente é um tipo rico!
Cá em Portugal é assim; - és pobre? Então estás tramado!...cuida-te!!!
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Adérito Barbosa
Adérito Barbosa  in olhosemente

terça-feira, 4 de novembro de 2014

Carta aberta ao Zé

Carta aberta ao Zé Neves

Onde está a segurança dos cidadãos? Explique lá isso, se faz favor, Sr. Ministro, devagarinho, que eu sou assim mais para o lerdinho!
Quando hoje acedi aos meios de comunicação social, dei de caras com várias notícias desastrosas, reveladoras do clima de insegurança que se vive no arquipélago de Cabo Verde. Uma jovem foi assassinada com dois tiros e os criminosos levaram o telemóvel e o dinheiro; outra jovem, indignada, numa reportagem de vídeo, reclamava justiça pela morte dum irmão, que ocorrera há cinco anos; uma senhora, já anciã, que parece ser mãe de um reputado político da praça, foi também vítima de assassinato e para culminar, o país utilizou todos os recursos policiais na caça ao homem, o que normalmente não acontece em idênticas situações. Vi ainda uma reportagem publicada pelo jornal Online Oceanpress, sobre a insegurança neste nosso arquipélago.

Fico triste uma vez mais, e interrogo-me sobre a razão pela qual ainda me preocupo com as questões de segurança em Cabo Verde. Afinal, a TV France Ô tinha razão e eu até já me pronunciei a esse respeito, escrevendo um artigo intitulado "As Mentiras da France Ô". Bem sei que não escrevo com palavras pomposas, que V. Exª usa nos seus discursos, mas acho que dá para entender. Viu também a indignação do povo? O povo tem razão, quando reclama justiça. E olhe que quem o avisa, seu amigo é!...  Repare que o povo já perdeu o medo e já fala às claras; além disso, já apelida os governantes e os seus apaniguados de corruptos, porque sabe que já nada tem a perder e olhe que são muitos, os que dizem que perderam tudo!
Na minha opinião, é evidente que o seu governo é composto por pessoal de vistas curtas.
O Sr. José Neves e as restantes criaturas que compõem o indigente desgoverno, em cada dia que passa, mais não fazem que falar de banalidades que nada significam para as reais necessidades do país, nem tão pouco geram qualquer dinâmica, optimismo, ou expectativas positivas, importantes para a consecução de qualquer projecto de liderança que não existe de todo.
É da mais elementar razoabilidade, justiça e bom senso que o povo vos tire do poder e o mais depressa possível! O País não é vosso, não é seu, vocês não são o Estado e o Estado não é vosso! Vocês são tudo, menos servidores daqueles que vos elegeram.
Não fustiguem mais os Cabo-Verdianos, não abandonem mais os cidadãos, não empobreçam mais as pessoas que confiaram em vós e vos entregaram o seu voto, não desgracem mais as famílias, não chateiem mais os cidadãos com tanta incompetência e, acima de tudo, não continuem a desprezar a educação, a formação, a disciplina e a justiça.

Sr. Ministro, irei chateá-lo sempre, até que um dia perca a mania de se julgar importante e volte a pôr os pés na terra e a lembrar-se daqueles locais que fez o favor de descaracterizar, transformando-os numa selva de blocos, sem pés nem cabeça, sem lei nem roque, circundados de lixo, clamando por saúde pública.
O Sr. Procurador-Geral da República, como solução para a criminalidade, propõe o aumento da pena máxima de prisão. Transmita-lhe lá, por favor, e aos seus correligionários, que não é dessa maneira que tal problema se combate, mas sim com medidas de fundo, de carácter social e económico. A seguirmos a sua sugestão, qualquer dia as prisões ficam cheias e nem sequer há dinheiro para alimentar os presos.

Aumentar a pena máxima de prisão é, claramente, um sintoma de estupidez aguda. Deve ser este o vírus que vos infestou os neurónios, se ainda os tiverem!
Tudo começa na educação. E para haver educação tem que se ter a barriga cheia. Para se ter a barriga cheia, é preciso trabalho. Para se se ter trabalho, é preciso gente com cabeça para governar.
Viu que não foi preciso utilizar palavras caras?


Adérito Barbosa  in olhosemente


segunda-feira, 3 de novembro de 2014

F16 Português

Quem se mete com o Portuga leva!

Para que ninguém se meta cá com a malta os F16 foram comprados por Cavaco Silva quando era primeiro-ministro e começaram a ser usados em 1994. Foram adquiridos aos EUA ao abrigo das contrapartidas do acordo com aquele país para a partilha da base das Lajes. Portugal comprou ao todo 40 dessas máquinas infernais. Alguns nunca chegaram a ser desencaixotados. O Governo só os montou e os modernizou (Mid-Life Upgrade). Há pouco tempo, vendeu 10 0u 12 máquinas à Roménia que nunca tinham sido usados.
Sob o lema “Guerra ou Paz, tanto nos faz”, os militares das duas esquadras operam com um dos softwares mais modernos da aviação que é de fabrico israelita, o sistema ACMI (Air Combat Mission Interface), que fornece uma espécie de caixa negra da missão, tornam as máquinas portuguesas, máquinas de topo a nível mundial e estão concentrados na BA de Monte Real. Ainda damos ao luxo de mandar seis deles vigiar os céus da Lituânia ao serviço da nato desde Agosto.
Pois é: - O que aconteceu foi que não foram os aviões Russos que invadiram Portugal na semana passada não, não foram aviões russos, mas sim uma onda enorme “de jornalistas ignorantes que não fazem a menor ideia das diferenças que existem entre “espaço de jurisdição de controle aéreo” e “espaço aéreo nacional”. E não foram só jornalistas principiantes; foram redacções inteiras, mais os coronéis-comentadores, comentadores-coronéis, estrategos-comentadores, e alguns outros tantos palermas, enfim, o Portugal-que-conta em termos de comunicação social a espalhar-se ao comprido em prime-time e a mostrar à saciedade que não fazem a menor ideia do que é esse tal “espaço aéreo de jurisdição portuguesa”, que não tem nada, mas mesmo nada a ver com soberania ou com Espaço Aéreo Nacional e que quer dizer, tão-somente, que é o espaço aéreo internacional sobre oceanos em que Portugal assegura o controle de tráfego aéreo. As histórias ontem inventadas chegaram ao ridículo de pôr os pilotos dos caças portugueses a fazer “sinais com as mãos” para indicar aos colegas russos que se “fossem embora”, isso mesmo, nem mais, mas também que Portugal “expulsou do seu espaço aéreo…etc.”. Tudo isto que afinal se resumiu a este simples facto: Aviões da NATO, entre os quais F-16 portugueses, vigiaram a movimentação de aviões militares russos sobre o Atlântico. O resto é… “conversa”!”
Fonte: "o Observador"


Adérito Barbosa  in olhosemente

Publicação em destaque

Florbela Espanca, Correspondência (1916)

"Eu não sou como muita gente: entusiasmada até à loucura no princípio das afeições e depois, passado um mês, completamente desinter...