Quem se mete com o Portuga leva!
Para que ninguém se meta cá com a
malta os F16 foram comprados por Cavaco Silva quando era primeiro-ministro e começaram
a ser usados em 1994. Foram adquiridos aos EUA ao abrigo das contrapartidas do
acordo com aquele país para a partilha da base das Lajes. Portugal comprou ao
todo 40 dessas máquinas infernais. Alguns nunca chegaram a ser desencaixotados.
O Governo só os montou e os modernizou (Mid-Life Upgrade). Há pouco tempo, vendeu
10 0u 12 máquinas à Roménia que nunca tinham sido usados.
Sob o lema “Guerra ou Paz, tanto
nos faz”, os militares das duas esquadras operam com um dos softwares mais
modernos da aviação que é de fabrico israelita, o sistema ACMI (Air Combat
Mission Interface), que fornece uma espécie de caixa negra da missão, tornam as
máquinas portuguesas, máquinas de topo a nível mundial e estão concentrados na BA
de Monte Real. Ainda damos ao luxo de mandar seis deles vigiar os céus da Lituânia
ao serviço da nato desde Agosto.
Pois é: - O que aconteceu foi que
não foram os aviões Russos que invadiram Portugal na semana passada não, não foram
aviões russos, mas sim uma onda enorme “de jornalistas ignorantes que não fazem
a menor ideia das diferenças que existem entre “espaço de jurisdição de
controle aéreo” e “espaço aéreo nacional”. E não foram só jornalistas principiantes;
foram redacções inteiras, mais os coronéis-comentadores, comentadores-coronéis,
estrategos-comentadores, e alguns outros tantos palermas, enfim, o
Portugal-que-conta em termos de comunicação social a espalhar-se ao comprido em
prime-time e a mostrar à saciedade que não fazem a menor ideia do que é esse
tal “espaço aéreo de jurisdição portuguesa”, que não tem nada, mas mesmo nada a
ver com soberania ou com Espaço Aéreo Nacional e que quer dizer, tão-somente,
que é o espaço aéreo internacional sobre oceanos em que Portugal assegura o
controle de tráfego aéreo. As histórias ontem inventadas chegaram ao ridículo
de pôr os pilotos dos caças portugueses a fazer “sinais com as mãos” para
indicar aos colegas russos que se “fossem embora”, isso mesmo, nem mais, mas
também que Portugal “expulsou do seu espaço aéreo…etc.”. Tudo isto que afinal
se resumiu a este simples facto: Aviões da NATO, entre os quais F-16
portugueses, vigiaram a movimentação de aviões militares russos sobre o
Atlântico. O resto é… “conversa”!”
Fonte: "o Observador"
Adérito Barbosa in olhosemente
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