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quarta-feira, 14 de janeiro de 2015

O Flesh é sniper

O Flesh e o Ernesto na subversão

Nos últimos dias ouvi grandes teóricos, pensadores, analistas, estrategos, entendidos, pós-graduados, mestres e professores doutores  a botar faladura sobre o Médio Oriente, militares, policias, armamento, religiões, regiões e atentados.

Quanto a isso só tenho a dizer o seguinte:

- Se os franceses, os alemães, os ingleses, os americanos, os chineses ou chinamarqueses viessem bombardear Portugal, depôr o nosso querido e incompetente governo, viessem chatear a minha tia Gertrudes, importunar o meu gato "Flesh", e roubar a comida do meu cão "Ernesto", e nós impotentes para os travar militarmente e com o nosso exército esmagado, é óbvio que eu e alguns outros tantos amantes da nossa terrinha conjuntamente com o "Flesh" e o "Ernesto" passávamos à clandestinidade e à vida subversiva com ajuda quem sabe da Rússia; - é essa a doutrina que os ocidentais ensinam nas suas forças armadas, concretamente às suas forças especiais que eu saiba. A pergunta que se impõe é esta: - porque estranhar então quando os outros põem em prática essa doutrina? Aos teóricos, pensadores, analistas, estrategos e entendidos digo: - não sejam assim manipuladores da opinião pública que isso é feio! É fácil manipular quem desconhece as coisas. Os Américas os ingleses, os franceses e outros também eram amiguinhos do Iraque, quando o Iraque  combatia o Irão, Kadafy era recebido no Eliseu, e vinha a Oeiras montar a tenda branca em frente ao Forte de S. Julião da Barra, e era considerado líder legítimo.
Uma curiosidade; - Portugal era amigo do Iraque e do Irão quando eles eram beligerantes. Vendia armas aos dois na maior desfaçatez do mundo. Então o que é que mudou?

O problema maior do Médio Oriente surgiu quando eles os líderes árabes encabeçados pelo Sr Coronel Kadafy se lembraram de criar um Mercado e uma Moeda Comum Árabe, com ideia de acabar com os abusos no mercado do petróleo chefiado pelo dólar americano e com isso passaria o Médio Oriente a ditar a lei do comércio do petróleo, que na minha óptica  fazia todo o sentido. Ora  foi Isso que enervou o ocidente.
Para que os árabes esquecessem rapidamente desse assunto (dessa macabra ideia), então o ocidente inventou a célebre arma de  destruição massiva no Iraque, e começou a preocupar-se com as questões  dos direitos humanos no Médio Oriente sendo um dos timoneiro o nosso zé Barroso.

Num fósforo o ocidente subverteu os  descontentes vendendo-lhes (a tal doutrina) e lá se foi a ideia da Moeda e do Mercado Comum Árabe e em contra-partida o ocidente ofereceu-lhes a primavera árabe lançando-lhes a região no caos. Hoje sabemos em que mãos  ficou o negócio do petróleo e em que mãos andam as armas.
Por estas e por outras é que eu não embarco em ondas dos Charlies nem na sinistra marcha dos liders europeus em Paris

Adérito Barbosa  in olhosemente

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