Hei, tu aí, que lágrimas são essas?
Não contes a razão que isso não interessa para nada.
Está na hora de acabar com o choro e começar a revolta.
Não me contes nem nem uma vírgula da tua vida
Porque não preciso saber do assunto!
Vamos falar de coisas bonitas
Das boas e das más notícias
Das conversas da esquina ao fim da tarde.
Das boas nada! Só das más e da nossa falta de sorte,
Da morte e da bala perdida,
Do pedido de clemência do padre para o cadáver
E ainda para o escravo que vai ser presidente.
Ninguém de nós subirá ao cadafalso,
Mas eles sim.
Eles subirão depois da ceia.
Repara nos olhos tristes dos ratos
Que saíram do frigorífico do tio Chico
Que pena, nem queijo, nem migalhas de pão.
Levanta esse copo e faz comigo um brinde,
Um brinde aos idiotas.
É urgente colocar a corda no pescoço desses abutres.
Os direitos deles acabam onde começam os nossos,
Mas quando é que acabam os direitos deles?
Escuta o gemido! Consegues ouvir?!
Pois é, são gemidos do povo moribundo a ser copulado à força toda
Porque ainda ele esperneia
Não vai ter o orgasmo não, está a sentir dores
Porém vai continuar a pagar para ser sodomizado
Até ao dia do seu finado.
Vai pagar impostos, taxas, internet, TV
Comida, água, alcatrão, casa, esgotos e Edp
Carro, bicicleta, brinquedos, colégios
A teta a secar e eles a chupar.
Em forma de agradecimento vai votar todo contente,
Alguém lhe mentiu dizendo que o voto é a sua arma.
A mim quiseram mostrar-me o caixão para a viagem
Todavia recusei!
Preferi escolher um cangalho…
Assim falarei com o cangalheiro pelo caminho
E tenho a certeza que comigo levarei as minhas ideias.
Não contes a razão que isso não interessa para nada.
Está na hora de acabar com o choro e começar a revolta.
Não me contes nem nem uma vírgula da tua vida
Porque não preciso saber do assunto!
Vamos falar de coisas bonitas
Das boas e das más notícias
Das conversas da esquina ao fim da tarde.
Das boas nada! Só das más e da nossa falta de sorte,
Da morte e da bala perdida,
Do pedido de clemência do padre para o cadáver
E ainda para o escravo que vai ser presidente.
Ninguém de nós subirá ao cadafalso,
Mas eles sim.
Eles subirão depois da ceia.
Repara nos olhos tristes dos ratos
Que saíram do frigorífico do tio Chico
Que pena, nem queijo, nem migalhas de pão.
Levanta esse copo e faz comigo um brinde,
Um brinde aos idiotas.
É urgente colocar a corda no pescoço desses abutres.
Os direitos deles acabam onde começam os nossos,
Mas quando é que acabam os direitos deles?
Escuta o gemido! Consegues ouvir?!
Pois é, são gemidos do povo moribundo a ser copulado à força toda
Porque ainda ele esperneia
Não vai ter o orgasmo não, está a sentir dores
Porém vai continuar a pagar para ser sodomizado
Até ao dia do seu finado.
Vai pagar impostos, taxas, internet, TV
Comida, água, alcatrão, casa, esgotos e Edp
Carro, bicicleta, brinquedos, colégios
A teta a secar e eles a chupar.
Em forma de agradecimento vai votar todo contente,
Alguém lhe mentiu dizendo que o voto é a sua arma.
A mim quiseram mostrar-me o caixão para a viagem
Todavia recusei!
Preferi escolher um cangalho…
Assim falarei com o cangalheiro pelo caminho
E tenho a certeza que comigo levarei as minhas ideias.
Adérito Barbosa in olhosemlente
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