O caminho incerto é inclinado
é torto para todos os lados.
Devagar vou tocando os dias
endireitando a vida
na ponte suspensa.
Sentirei a dor lá mais à frente
quando desvendar os mistérios
dos poemas que me fazem sonhar com a lua cheia debruçada sobre as ondas.
E a meio, entre o ir e o ficar,
vou chegar a lado nenhum,
chafurdar a alma até encontrar a razão e arranjar paz para sorrir, ser capaz de chorar os pecados.
Hoje quero ser a chuva
a alagar a terra de mansinho
sem apagar as letras do amor com diplomacia e sem hipocrisia.
Adérito Barbosa in olhosemlente
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