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terça-feira, 31 de dezembro de 2019

ALGEMAS NELES... nos títulos!

Sessenta milhões de euros de títulos obrigacionistas, que tinham sido apreendidos por ordem do Ministério Público no processo principal do BES, desapareceram quando estavam à guarda do Novo Banco. Ou melhor, os títulos foram declarados extintos por emitentes e credores, o que quer dizer que já não valem  porra de nada — e a Justiça Portuguesa  ficou com menos 60 milhões de euros, que serviriam  para indemnizar, no futuro, os lesados do BES.
O Meritíssimo Juiz de Direito, Carlos, justiceiro líder da ala direitista portuguesa, diz-se estupefacto.
O Ministério Público não tem explicação para o caso e abriu  inquérito.
Perdoem a minha vaidade, mas eu entendo bem o que aconteceu e não estou estupefacto com esta notícia.
O sr. Juiz justiceiro julgou e julga que mexer nas altas finanças internacionais é a mesma coisa que lidar com o mau carteirista da baixa pombalina, ou com a minha conta bancária de que as Finanças fazem gato-sapato?
É a velha política da bafienta justiça portuguesa - primeiro prende-se e depois logo se vê, ou confisca-se e depois logo se perde o rasto...
Todos nós que estudámos ciências, temos a nossa opinião  formada e fundamentada sobre a real capacidade intelectual da maioria dos nossos colegas de Direito.
O paradoxo é que nós trabalhamos que nem burros para gerar riqueza, passamos a vida com o coração nas mãos, nunca temos trabalho nem emprego garantido (mas impostos sim!), gerimos as empresas com o rigor que nos exigem e eles nem dos títulos são capazes  de tomar conta.
Em suma, eles é que são verdadeiramente os donos disto tudo, mas neste caso nem sequer
 conseguiram pôr as algemas nos títulos...
A magistratura portuguesa tem um complexo de superioridade, mas o que eu sei é que a malta com cérebro trabalha na banca e noutros sítios.
Ahahah...ahahah!

Adérito Barbosa in olhosemlente

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