Sessenta milhões de euros de títulos obrigacionistas, que tinham sido apreendidos por ordem do Ministério Público no processo principal do BES, desapareceram quando estavam à guarda do Novo Banco. Ou melhor, os títulos foram declarados extintos por emitentes e credores, o que quer dizer que já não valem porra de nada — e a Justiça Portuguesa ficou com menos 60 milhões de euros, que serviriam para indemnizar, no futuro, os lesados do BES.
O Meritíssimo Juiz de Direito, Carlos, justiceiro líder da ala direitista portuguesa, diz-se estupefacto.
O Ministério Público não tem explicação para o caso e abriu inquérito.
Perdoem a minha vaidade, mas eu entendo bem o que aconteceu e não estou estupefacto com esta notícia.
O sr. Juiz justiceiro julgou e julga que mexer nas altas finanças internacionais é a mesma coisa que lidar com o mau carteirista da baixa pombalina, ou com a minha conta bancária de que as Finanças fazem gato-sapato?
É a velha política da bafienta justiça portuguesa - primeiro prende-se e depois logo se vê, ou confisca-se e depois logo se perde o rasto...
Todos nós que estudámos ciências, temos a nossa opinião formada e fundamentada sobre a real capacidade intelectual da maioria dos nossos colegas de Direito.
O paradoxo é que nós trabalhamos que nem burros para gerar riqueza, passamos a vida com o coração nas mãos, nunca temos trabalho nem emprego garantido (mas impostos sim!), gerimos as empresas com o rigor que nos exigem e eles nem dos títulos são capazes de tomar conta.
Em suma, eles é que são verdadeiramente os donos disto tudo, mas neste caso nem sequer
conseguiram pôr as algemas nos títulos...
A magistratura portuguesa tem um complexo de superioridade, mas o que eu sei é que a malta com cérebro trabalha na banca e noutros sítios.
Ahahah...ahahah!
Adérito Barbosa in olhosemlente
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