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sexta-feira, 17 de março de 2023

Ao que isto chegou…


Os treze marinheiros da guarnição do Mondego ou fumaram, ou cheiraram, ou beberam qualquer coisa esquisita que lhes deu a volta à cabeça e lhes fez esquecer o RDM. 

O número 13, o afamado número azarento deu mesmo azar.

Acabei de ver agora no jornal das 13h, na CNN, os militares da Ucrânia atarefados a reparar as lagartas de um carro de combate que ficou atolado em pleno campo de batalha, improvisando.

Se isso fosse com a guarnição do Mondego, os gajos deixavam lá o tanque e iam p’ra casa ver o Benfica.

O que dá que pensar é que os políticos, a começar pelo nosso Presidente, pelo nosso Primeiro, pela nossa Ministra da Defesa e pelos líderes das Associações Militares que falaram ontem na TSF, politizaram, eles próprios, uma questão de insubordinação militar, vindo também eles, armados em engenheiros navais, e outros a disponibilizar dinheiro para as Forças Armadas.

A manutenção dos equipamentos é uma questão; outra é a insubordinação em qualquer força militar, que é um perigo e deve ser combatida energicamente.

Muito mal vai o nosso país, se um grupo de militares se arma em estudiosos da flutuabilidade ou da navegabilidade de um navio da marinha de guerra portuguesa, uma das marinhas mais antigas do mundo.

O que dá que pensar é sabermos haver Sargentos que não conhecem o RDM  e se tornaram engenheiros de máquinas.

Eu não quero ver militares do meu país, camaradas meus, a imitar os militares brasileiros golpistas, atarefados com questões políticas, mas alheios, sim,  áquilo que deve ser o seu dever: Servir o seu país, respeitar as hierarquias e a disciplina militar, elemento fulcral para o cumprimento da missão que lhes é atribuída. Foi para isso que uns juraram bandeira e outros juraram fidelidade à pátria.

Quem os meteu nessa alhada da insubordinação? Que partido foi?

Cheira-me haver ali dedo político, ou então eles confundiram a condição de funcionalismo público com a condição de militar!

Eles também não quiseram ficar atrás da onda das greves, só que eles não são professores, não são ferroviários, nem enfermeiros, nem médicos.


Adérito Barbosa in olhosemlente.blogspot.com

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