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terça-feira, 19 de novembro de 2024

Bukele conseguiu, Portugal não consegue

 Bukele conseguiu, Portugal não consegue 

Ontem  foi um dia diferente. De Lisboa vieram duas amigas almoçar connosco. Vieram sobretudo provar uns bolinhos franceses trazidos de França para a minha mulher. Os bolinhos Macarons são muito bons. As minhas amigas são umas tipas danadas para o passeio e não se fizeram de rogadas. Chegaram por volta do meio-dia, e fomos então para um restaurante muito simpático, o Forno da Avó. Eu queria ir para o Ribeirinha, mas outras vozes se levantaram, e não consegui alterar a azimute do restaurante.

Sentados à mesa, a conversa fluiu. Falámos dos coitadinhos dos palestinianos, dos desgraçadinhos do pessoal das zonas sensíveis de lisboa e arredores, das miseráveis televisões portuguesas, dos jornaleiros e comentadeiros fazedores de opinião, da falta de informação isenta, do bonitão jornaleiro Ricardo Costa da SIC, que chamou maluquinhos aos apoiantes de Trump. Ou seja chamou malucos aos 76 milhões de eleitores que votaram Trump. 
Falámos também dos youtubers, que todos os dias se tornam mais interessantes em matéria de informação. Até debatemos sobre as lésbicas e os paineleiros que insistem em nos convencer que o casamento gay é uma coisa natural e bonito de se ver. Isto surgiu a propósito de uma delas concordar com a minha homofobia. Dizia ela que o companheiro, também escritor, tem um ponto de vista diferente do meu sobre os gays. Ele não gosta de gays, mas diz que não o incomodam, ao contrário de mim, que me incomodam e muito.  

A conversa acabou por se focar nos coitadinhos palestinianos, nos maus israelitas, nos frouxos dos europeus, dos bonzinhos ucranianos e nos monstros russos - depois dei o exemplo de El Salvador. Elas ficaram curiosas e acabei por contar a história do presidente de El Salvador, Bukele.

El Salvador é um país pequeno, mas com uma história carregada: guerra, desigualdade social e, nos últimos anos, o terror imposto pelas gangues. Um lugar onde o medo se tornou parte do dia a dia. Mas aí surge um nome que vira tudo do avesso: Nayib Bukele. Jovem, fora da norma e cheio de ideias, ele chegou para romper com a política tradicional e agitar as estruturas do país.  

Bukele nasceu a 24 de julho de 1981, na capital, San Salvador. Vem de uma família de ascendência palestina, com ligações ao mundo empresarial. Antes de entrar na política, geria negócios da família, mas cedo se percebeu que tinha talento para comunicação e inovação. Em 2012, deu os primeiros passos na política, tornando-se presidente da câmara de Nuevo Cuscatlán pelo partido de esquerda FMLN (Frente Farabundo Martí para a Libertação Nacional). O bom desempenho levou-o a ser eleito presidente da Câmara de San Salvador em 2015.  

Bukele nunca foi de ficar em linha com o sistema. Começou a criticar os partidos tradicionais, incluindo o FMLN, e foi expulso do partido em 2017. Isso não o intimidou: em 2018, fundou o partido Nuevas Ideas, um movimento político que atraiu jovens e eleitores fartos de décadas de corrupção e governação ineficaz. Sem o apoio necessário para avançar sozinho, juntou-se ao partido GANA (Grande Aliança pela Unidade Nacional)e concorreu às eleições presidenciais em 2019. Venceu com larga vantagem, pondo fim ao domínio histórico dos partidos ARENA (direita) e FMLN(esquerda).  
O PSD E O PS lá do sítio.

As gangues de El Salvador, conhecidas como maras, têm origem num contexto de imigração e deportações dos Estados Unidos. Durante a guerra civil salvadorenha (1980-1992), milhares de salvadorenhos fugiram para os EUA, especialmente para Los Angeles, onde enfrentaram discriminação e violência de gangues locais salvadorenhos entenda-se. Muitos jovens reagiram e formaram as suas próprias gangues, como a Mara Salvatrucha (MS-13) e a Barrio 18, inspiradas pela cultura de rua americana. 

Nos anos 90, os EUA endureceram as políticas de imigração e começaram a deportar milhares de imigrantes ilegais, incluindo membros das gangues. Estes indivíduos regressaram a um país devastado pela guerra, com pobreza extrema e falta de oportunidades, o que acabou por alimentar o crescimento das gangues. Rapidamente, estas organizações passaram a controlar bairros inteiros, extorquir comerciantes, recrutar jovens à força e usar violência brutal para consolidar o poder.  

As maras, agiam como governos paralelos em várias comunidades. Controlavam o tráfico de droga, cobravam impostos (extorsões) a moradores e comerciantes e usavam violência extrema para impor respeito. As atividades incluíam raptos, abusos sexuais e homicídios, e muitas vezes forçavam famílias inteiras a abandonar as suas casas.  

Em 2015, a taxa de homicídios atingiu os 105 por cada 100 mil habitantes, um número aterrador.  

Quando Bukele chegou ao poder em 2019, fez da luta contra as gangues uma prioridade absoluta. O plano, mais conhecido como Plano de Controlo Territorial, começou com um reforço massivo da presença da policia militar nas ruas, principalmente nas zonas mais afetadas pela violência – aqui seriam as “zonas sensíveis”, para não ferir os ouvidos da burguesia portuguesa. Além disso, investiu pesado em tecnologia, monitorização e inteligência artificial para desmantelar as redes criminosas.  

O ponto que mais marcou foi a sua política de tolerância zero. Bukele começou a atacar as gangues sem tréguas, cortando a comunicação entre os líderes presos e os seus subordinados nas ruas. Construiu uma das maiores prisões da América Latina, o CECOT (Centro de Confinamento do Terrorismo), onde dezenas de milhares de membros de gangues foram enviados sob condições severas. Nada de visitas, encontros amorosos ou colchões. Os gangues estão misturados, sem regalias nenhumas iguais as que eles davam às suas vítimas.  

Outra medida polémica foi o Estado de Emergência implementado em 2022, que suspendeu garantias constitucionais como o direito de defesa e permitiu detenções em massa. Em poucos meses, milhares foram presos, com aprovacao de quase todo o Parlamento.

Bukele foi eleito democraticamente e tem apoio massivo, com índices de aprovação acima dos 80%. Ele próprio ironizou, chamando-se “o ditador mais cool do mundo”.  

Às críticas de ONGs e elites políticas, Bukele respondeu: Onde estavam vocês quando as gangues controlavam o país e assassinavam os nossos? A minha política é defender o básico: - o direito à vida e à segurança dos salvadorenhos.

Enquanto isso, em Portugal há locais onde a polícia não entra, e alguns palermas se manifestam a favor dos direitos da bandidagem.

Onde estão os direitos do condutor da carris queimado, dos polícias esfaqueados e mortos a tiro e daqueles que não vivem nas zonas sensíveis?

Adérito Barbosa in olhosemlente.blogspot.com

terça-feira, 5 de novembro de 2024

Nós não gostamos mesmo!


 Nós não gostamos mesmo!


No dia 04 de outubro,  MNE Paulo Rangel disse no Aeroporto Figo Maduro com todas as letras: "com os militares é sempre a mesma merda", levantou a voz ao CEM da Força Aérea e recusou-se a cumprimentar o Comandante da Unidade em público.

Este acontecimento que podia e devia ser uma notícia anda a ganhar pó desde 4 de outubro nas calendas do esquecimento - ninguém comenta, ninguém diz nada parece tudo pacífico.

Sr. Ministro Rangel, vomitou para cima dos militares a angústia da gravidez gay. O Sr Ministro Melo viu e ouviu um colega dizer que a tropa dele é uma merda. 

Sr. Presidente Marcelo chefe máximo dos militares também nada disse!

O Cor/Pilav Brandão Ferreira, já respondeu ao ministro Rangel numa longa e genial carta.

Não tendo eu a paciência do Brandão, vou então tentar ser mais sintético:

Os gays são assim mesmo: são uma coisa parecido com um homem: - não têm tomates para serem militares e falta-lhes uma vagina para serem putas.

Nós os militares não gostamos do cheiro de homens nem do cheiro a cu Sr. Rangel.

Adérito Barbosa in olhosemlente.blogspot.com

sábado, 2 de novembro de 2024

Relatório ao Conde Portucalense

 


1 - O Bloco de Esquerda, junto com outros grupos da esquerda portuguesa, fez um grande alvoroço para que o Parlamento legislasse sobre o casamento gay. Agora entendo o porquê de tanta luta: foi para que Mortágua pudesse legalizar sua condição de lésbica. 

2 - A confusão de sempre nos bairros do Zambujal, Cova da Moura e afins terminou com a detenção de um grupo de rapazes encapuzados. Entre eles, alguns estão acusados de atirar coquetéis molotov para dentro de dois autocarros da Carris. Resultado: o motorista foi parar ao hospital, onde agora "experimenta" o que é ser queimado vivo. E qual foi a grande medida tomada pelo juiz depois de ouvir os rapazes? Proibi-los de usar isqueiros!

3 - Entretanto, para acalmar a situação, o governo recebeu de braços abertos Mamadou Ba e organizações como o SOS Racismo, sempre prontas a apontar racismo aos agentes da PSP. Mamadou Ba, grande seguidor dos ideais de Frantz Fanon, gosta de afirmar, “metaforicamente falando”, que "é preciso matar o homem branco". Como é que Mamadou Ba se tornou o guia espiritual de muitos intelectuais da esquerda, não sei!? Será que se encontram todos no Martinho da Arcada para discutir o “homem branco”? Mais surreal ainda foi ouvir esse indivíduo exigir a demissão do Diretor Nacional da PSP.

4 - No meio dessa confusão toda, a maior afronta foi o desfile do pessoal do SOS Racismo, do Vida Justa, de Mamadou Ba — e de Dino D'Santiago, aquele que queria mudar a letra do hino nacional português e que recebia os parabéns dos cabo-verdianos por "namorar" Catarina, sem nunca vir a público negar o facto. Dino deveria ir mas é para a sua terra alterar a letra do hino.

5 - Os chefões da Cova da Moura tiveram uma semana intensa. Uma semana antes, coordenaram vandalismos; uma semana depois, lideraram a marcha sobre lisboa e, na mesma noite, estavam nas televisões debatendo as agendas.

Conclusão: 

Os rapazes auto-segregam-se com o seu crioulo, não se preocupam com escolaridade, viajam nos transportes públicos sem pagar, negociam estupefacientes, frequentam a praia do Tamariz, fazem arrastões na praia de Carcavelos, apedrejam a polícia, invadem esquadras, incendeiam viaturas e mobiliário urbano, queimam um motorista vivo, publicam vídeos de vandalismos, fazem convocações para partir lisboa nas redes sociais, são idolatrados pelos jornalistas, pelo Bloco, fazem manifestações, vão às televisões intoxicar o ambiente e, como se não bastasse, ainda são recebidos pelo governo em apoteose. 

Nota de rodapé: Conde, como podes verificar mais valia não teres  batido na tua mãe para ficares com as terras dela.


Adérito Barbosa in olhosemlente.blogspot.com

quarta-feira, 30 de outubro de 2024

Hoje escreve o Dr. especialista em assunto nenhum


Portugal é um país reconhecido pelo acolhimento de cidadãos de todo o mundo e pelo compromisso com a inclusão social. Compreende-se que as pessoas em busca de uma vida melhor têm o direito de encontrar oportunidades na nossa sociedade, e por isso Portugal oferece apoio nas áreas da educação, saúde e habitação para facilitar a transição e promover a integração de todos.

A Cova da Moura, na Amadora, abriga uma comunidade de imigrantes africanos de primeira à terceira geração, essa comunidade ocupa uma vasta área de terreno pertencente à família Canas, que há 50 anos luta para reaver a sua propriedade, sem sucesso. Aí começa o problema. Alguém ocupou um terreno e de lá nunca mais saiu.

Portugal oferece a essa e a outras comunidades acesso a cuidados de saúde, educação gratuita e programas de habitação social, com o objetivo de promover uma integração plena. Estes apoios incluem escolas onde os alunos têm acesso a materiais escolares, alimentação e até dispositivos tecnológicos gratuitos. Mas, então, por que a integração desta comunidade não acontece?

As elevadas taxas de abandono escolar e a falta de aproveitamento dos programas educativos levam a um afastamento da escola. O uso do dialecto crioulo, dentro do bairro, contribui significativamente para a autosegregação.

O mercado de trabalho europeu cada vez mais exigente, é outro fator importante para a não integração, e muitos dos adultos desta comunidade continuam a enfrentar dificuldades em encontrar trabalho estável e formal, Em parte, isto deve-se à baixa qualificação profissional, à falta de escolaridade e ao limitado domínio da língua. Mas também resulta das suas escolhas que os mantêm em setores da economia informal ou em atividades ilegais. Esta situação perpetua a pobreza e o isolamento, alimenta estigmas e preconceitos e cria uma imagem negativa da comunidade. É um ciclo que se reforça, dificultando a integração dos indivíduos que tentam escapar a esta realidade.

A Cova da Moura tornou-se num gueto onde muitas famílias residem em condições precárias. A própria estrutura e o isolamento do bairro dificultam o acesso a outras áreas e limitam a interação social com o resto do País. Muitos dos habitantes vivem num sistema de dependência do Estado, o que cria uma situação de estagnação. As habitações e os subsídios oferecidos não são soluções definitivas, mas sim paliativos que, sem oportunidades de mobilidade social, mantêm a comunidade numa condição vulnerável.

É também importante lembrar que a integração é um processo bilateral. A sociedade portuguesa precisa de estar aberta e disposta a integrar estas comunidades; por outro lado, os indivíduos e famílias da Cova da Moura devem fazer esforços conscientes para participar activamente na vida social, respeitar as normas e contribuir de forma construtiva. A criminalidade que muitas vezes marca a imagem da Cova da Moura mina a confiança da população portuguesa e reforça preconceitos que, embora injustos para muitos que procuram honestamente uma vida digna, dificultam a plena aceitação e integração da comunidade.


Adérito Barbosa in olhosemlente.blogspot.com

domingo, 20 de outubro de 2024

O padrasto de Cabo Verde


O padrasto 

Duas verdades sobre Amílcar Cabral. Um luso-guineense comunista radical e violento, conhecido nos círculos comunistas como o "pai de Cabo Verde". Para mim, Cabral é o pai de alguns tansos comunistas de Cabo Verde, sim! Meu, não é em absoluto coisa nenhuma!

Vamos aos factos e às controvérsias:  

Cabral promoveu execuções e purgas internas. Alguns membros do seu próprio partido foram assassinados ou eliminados sob a acusação de traição. Esses assassinatos não foram amplamente documentados com pormenores, porque, à época, assim como hoje, os ditadores comunistas agiam e agem dessa maneira: manda-se matar e pronto! O carniceiro Cabral vivia obcecado com possíveis infiltrações e deslealdades. Houve vários casos em que ele aprovou assassinatos de opositores e dissidentes internos. As tensões entre diferentes facções, tribos e grupos sociais dentro do movimento contribuíram para essas execuções. Foi por isso que, no final, ele mesmo foi eliminado. Quem com ferros mata, com ferros morre.

Segundo ponto: Cabral e o seu movimento usaram táticas violentas que causaram sofrimento a civis, tanto guineenses como portugueses. Cabral era um marxista convicto, seguidor fervoroso do socialismo, e muitos críticos internos viam-no como um comunista radical. Na verdade, ele era um dos pontas-de-lança da União Soviética, Cuba e China em África. Cabral não era mais do que um instrumento da tirania comunista internacional.

E a verdade é esta: Cabral nada tinha a ver com Cabo Verde. Basta olhar para a cara dele: um guineense! Quando leio a literatura da Cristina Fontes, escrita em nome dos cabo-verdianos sobre o padrasto carniceiro Cabral, dá-me vómitos.

Adérito Barbosa in olhosrmlente.blogspost.com


sábado, 19 de outubro de 2024

Saúde mulheres com próstata


 Universidade de S.Paulo promove palestra para os dias 11 e 12 de novembro - palestra sobre:

"A história do corpo e a saúde das mulheres com próstata." 

Sim, é isso mesmo que vocês leram – mulheres com próstata! Parece que o mundo enlouqueceu. Agora vai ser interessante ver médicos a fazer exames de próstata nas mulheres.

Qualquer dia vão enfiar o dedo no cu dos homens à procura dos ovários.

O que me conforta é que já estou velho e a mim não me vão  o confundir a cabeça com essas modernidades.

Esses tipos vão tomando conta do mundo devagarinho e qualquer dia só há paneleiros por aqui!


Adérito Barbosa in olhosemlente.blogspot.com

segunda-feira, 14 de outubro de 2024

Pastor de Vendavais


Nas margens do firmamento  

com a inocência desarmada 

de quem não sabe o que busca, 

sinto a presença de um enigma oculto  

na rosa, que não é apenas rosa.  

Olho para o sol, para o brilho das estrelas,  

num ímpeto que desafia o medo,  

tento compreender aquilo que se esconde  

nas tramas invisíveis do real.


Não é busca,  

é concepção… 

pressinto na sombra que inclina 

o olhar, resoluto na incerteza,  

um saber que não se afirma, 

mas apenas persiste.

E assim, fico,  

enquanto explode a geometria das ruas 

que não sabem de mim.


Solidão, como sempre…

a coisa se instala nas estrelas  

e, quando quero, faço dela  

um conto irónico de luz.  

Desenho, com indiferença, as lágrimas  

que caem no abismo do silêncio,  

silêncio feito de palavras que nunca li,  

mas que, em delírio, acreditei ter lido.  

Este é o meu destino  

Pastorear vendavais,  

sem jamais confiná-los  

no estreito campo daquilo 

que se chama real.


Adérito Barbosa in olhosemlente.blogspot.com

sexta-feira, 11 de outubro de 2024

Estou vivo ainda

"Li esta madrugada a seguinte notícia:

'Mais homossexuais, afrodescendentes e ciganos nas forças de segurança: a recomendação é do Parlamento.

A Assembleia da República quer forças de segurança com mais elementos homossexuais, afrodescendentes e ciganos. A recomendação ao Governo já saiu em Diário da República.'

Para o Facebook não me castigar, entendi o seguinte: agora querem encher as polícias com: blacks, prostitutos, proxenetas, lésbicas e ciganos! Esqueceram-se dos bêbados e dos ladrões.

Levantei-me, peguei na máquina e tirei a tenção à tensão, vi a temperatura com um termómetro, fui dar um bafo no espelho e ficou embaciado. Concluí que ainda estou vivo. Deitei-me, puxei a manta e pensei: fodassssss…., porque não levam eles esse pessoal para o parlamento?

Para se entrar para as polícias deixou de ser necessário: aptidão física, testes psicotécnicos e cadastro limpo. Agora é por raças e orientação sexual.

Adérito Barbosa in olhosemlente.blogspot.com



Adérito Barbosa in olhosemlente.blogspot.com

terça-feira, 8 de outubro de 2024

Lugar denso


Somos muito mais  para além disto,

encontrámos sossego,

neste lugar denso

tantos eram os atrapalhos.

Com apenas quatro braços, 

e uns quantos cansaços, 

abraçamo-nos no silêncio  

e com a audácia dos poemas

ali ficámos a mirar o futuro  

de frente com uma certeza:

nada nos parou!


Adérito Barbosa, in olhosemlente.blogspot.com

sexta-feira, 4 de outubro de 2024

Eu nunca assaltaria um banco com o José.

 


Em conversa com jornalistas, José Maria Neves disse:  



- “Cabo Verde precisa de abordar o funcionamento das instituições públicas”.


Digo eu: — Concordo, Sr. Presidente, Cabo Verde precisa, sim, de abordar o funcionamento das suas instituições. E sabe por onde deveria começar? Pela Presidência da República e as manobras que o senhor tem conduzido daí. O senhor é o exemplo de uma instituição corrompida desde as suas fundações.


Mais à frente, o presidente acrescentou:  

  • “O país precisa de abordar o funcionamento das instituições públicas e devem ser assumidas responsabilidades, apontando o dedo a processos que precisam de clarificação”.


Digo eu: — Que coragem, José. O senhor ainda não percebeu que é parte do problema? Desde a independência, tem circulado livremente pelo sistema, enredado em corrupção. O senhor, que se autoproclamava comunista, sempre viveu como a elite burguesa, cercado de privilégios. Governou como um monarca absoluto por 15 anos e, agora, preside o país como um déspota. Sim, precisamos de abordar as instituições, para descobrir mais dos seus "negócios de bastidores", onde parece que favores amorosos são pagos com dinheiro do Estado e acordos escusos passam por debaixo da mesa.


O Presidente também afirmou:  

  • “Precisamos abordar globalmente o funcionamento das instituições e as responsabilidades que devem ser assumidas a todos os níveis (...), precisamos prestar atenção”.


Digo eu: — O povo de Cabo Verde precisa que o senhor tenha vergonha na cara! Que assuma que usou dinheiro público para sustentar relações amorosas e que pare de misturar negócios pessoais com os do Estado. Pare de gastar dinheiro do povo em viagens de luxo. O país precisa de um presidente que fale a língua oficial e que represente, de facto, os interesses do povo.


Sobre o caso do Mercado do Coco, José Maria Neves disse:  

  • “Há questões que devem ser debatidas pela sociedade cabo-verdiana”.


Digo eu: — Sim, essas questões precisam ser debatidas. Por exemplo, como é possível que o orçamento da Presidência seja tão inflacionado em apenas três meses? Como é possível que ande de avião emprestado por Angola? O que foi dado em troca desse favor? Ou será que emprestaram o avião porque o senhor é "bonito"? Desculpe, mas se há algo que não é, é bonito — nem de aparência, nem de caráter.


O Presidente ainda comentou:  

  • “Há contas de alguns municípios importantes do país que prescreveram e as pessoas não foram responsabilizadas”.


Digo eu: — Que cinismo, José! Agora quer desviar o foco, apontando o dedo aos outros? O que está realmente a dizer é: "se eles roubaram e não foram responsabilizados, porque é que eu deveria ser?". O senhor está apenas a tentar justificar-se, mas os cabo-verdianos não são cegos.


José Maria Neves questionou auditorias:  

  • “Lembram-se da auditoria sobre os manuais escolares? Há resultados? Alguém acompanhou esse processo?".


Digo eu: — José, isso é uma jogada velha. Quer dilatar os outros para desviar a atenção da sua própria conduta. Eu, sinceramente, nunca assaltaria um banco com o senhor. 


Ele continuou:  

  • “Há outras auditorias e contradições que exigem mais rigor e transparência. Temos de ser muito mais rigorosos sobre esta matéria”.

Digo eu: — Transparência? A sua presidência tornou-se uma verdadeira casa de escândalos, onde prevalecem segredos e trocas obscuras. É isto que o senhor chama de rigor?


Finalmente, José Maria Neves mencionou o caso dos leilões do INPS:  

  • “O Governo admitiu implicitamente que há intransparência e possíveis conflitos de interesses”.

Digo eu: — O Governo assumiu a intransparência, mas o senhor? Onde estão as suas responsabilidades? A sociedade cabo-verdiana merece mais do que discursos vazios e ações de fachada. O senhor continua a apontar o dedo, mas as suas mãos não estão limpas.


Vá-se embora, demita-se!


Adérito Barbosa in olhosrmlente.blogspot.com

A língua de Camões



domingo, 29 de setembro de 2024

Mamas grandes e pronto

 "Quando tinha 14 anos, esperava um dia vir a ter uma namorada.

Quando tinha 16 anos tive uma namorada, mas não tinha paixão.

Então percebi que precisava de uma mulher apaixonada, com vontade de viver.

Na faculdade saí com uma mulher apaixonada, mas era emocional demais.

Tudo era terrível, era a rainha dos problemas, chorava o tempo todo e ameaçava suicidar-se.

Então percebi que precisava de uma mulher estável.

Quando tinha 25 encontrei uma mulher bem estável, mas chata.

Era totalmente previsível e nada a excitava.

A vida tornou-se tão monótona, que decidi que precisava de uma mulher excitante.

Aos 28 encontrei uma mulher excitante, mas não consegui acompanhá-la.

Ia de um lado para o outro sem se deter em lugar nenhum.

Fazia coisas impetuosas, que me fez sentir tão miserável como feliz.

No começo foi divertido e eletrizante, mas sem futuro.

Então decidi buscar uma mulher com alguma ambição.

Quando cheguei nos 31, encontrei uma mulher inteligente, ambiciosa e com os pés no chão.

Decidi casar-me com ela.

Era tão ambiciosa que pediu o divórcio e ficou com tudo o que eu tinha.

Hoje, com 60 anos, gosto de mulheres com mamas grandes. E pronto!”


Luis Fernando Veríssimo

sexta-feira, 27 de setembro de 2024

Um caso para reflexão.


Um pai chora a perda do filho, resgatado do meio dos escombros: ele, o pai, está limpinho, tal como o filho resgatado.  

Ambos sem um grão de poeira nos olhos.

A cena teatral dos cineastas da Faixa de Gaza estava a correr lindamente, amplamente difundida pelas jornalistas de ocasião, até que o miúdo sentiu uma necessidade urgente de coçar o pé. E assim se deu mais um milagre de Alá! O puto ressuscitou! 

É com estas estatísticas miraculosas que os comentadores profissionais constroem narrativas e depois, claro, as comentam com a habitual sabedoria. Factos? Não, esses ninguém os comenta, porque, coitados, não os conhecem.

Este vídeo é, sem sombra de dúvida, uma bela trafulhice! E por aí circulam várias imagens de uma senhora árabe que aparece em múltiplos escombros, sempre pronta para o seu grande plano.

Ah, e mais uma novidade: aquele tipo do ISIS que andava a exibir a cabeça de um americano na Síria? Pois, descobriram agora que vive num país europeu como refugiado e a receber uma bela mesada. Fantástico, não é?


Adérito Barbosa in olhosemlente.blogspot.com

sexta-feira, 20 de setembro de 2024

Melhor que os jornalistas do Observador


Há 45 anos, eu e muitos colegas do meu curso apercebemo-nos que o então Ten/Pq Agostinho Costa não conseguia esconder sua simpatia por regimes ditatoriais. Ontem, 45 anos depois, à meia noite, assisti a mais um ato de "evangelização" do General, que continua a subestimar a inteligência dos israelitas, dos americanos, dos europeus e, em geral, do mundo civilizado. Ele acredita no Hamas, Houthis, Irão e Rússia e sei lá mais quem!

Durante sua intervenção, afirmou em alto e bom som que o Ocidente não é capaz de controlar a rota de um produto desde a fábrica até ao cliente final, e que Israel interceptou os pagers e plantou bombas ao longo do caminho.

Entretanto, apenas duas horas depois, o (New York Times) publicou a história completa: a empresa que fabricou os pagers era, na verdade, uma fachada criada pelos próprios israelitas.

Não seria mais apropriado que o Sr. General, com sua visão peculiar, fosse aproveitar sua reforma lá pelas bandas do Irão, Faixa de Gaza, Rússia ou Coreia do Norte? O General parece ser muito mais eficiente em defender esses regimes do que os jornalistas do (Observador) a defender o Governo do Montenegro.

Resultado final: Diana Soller e o Sr. Embaixador Seixas da Costa continuam a expor, de forma brilhante, as incoerências do General e a "dar-lhe porrada".


Adérito Barbosa in olhosemlente.blogspot.com.

Uma Vez Ladrão, Sempre Ladrão

                      

“Em memória do meu Avô Armando Cardoso”



Uma Vez Ladrão, Sempre Ladrão


No dia 18 de março de 2015, sob o céu claro de Rui Vaz, o Sr. José Maria Neves, então chefe do governo, chegou para mais um dos seus atos públicos: a inauguração de uma nova escola. Os olhos dos curiosos brilhavam, e a pequena multidão reunida no local vibrava ao som de aplausos, mas nada poderia esconder o vazio por trás das palavras que ele lançava ao vento. Com um sorriso ensaiado e frases mal pronunciadas mas moldadas para agradar, Zé Maria cortou a fitinha, proclamando que aquela obra seria uma bênção para o povo e transformaria vidas. Mas a verdade, oculta por trás da euforia do momento, era bem mais sombria.


Aquele partido, o PAICV, tinha se transformado numa máquina de abuso de poder, e o Sr. José era apenas mais um dos que se serviam desse sistema. Por detrás do idealismo aparente, eles apoderavam-se não apenas dos recursos do Estado, mas também das propriedades e dignidade de cidadãos comuns. A ascensão de um regime inspirado por ideais leninistas trouxe consigo o pior do autoritarismo: uma estrutura que oprimia e negligenciava os mais vulneráveis, enquanto os poderosos erguiam suas fortunas à sombra do monopólio político.


Armando, meu avô, foi uma dessas vítimas silenciosas, esmagado pelo sistema. Era um simples lavrador, nascido e criado nas terras de Rui Vaz. Durante toda a sua vida, cultivou a terra com as próprias mãos, acreditando que o suor que derramava um dia voltaria em forma de colheitas. Mas o governo, com sua sede insaciável de poder, viu naquelas terras uma oportunidade. E assim, sem qualquer aviso, sem uma compensação justa, duas parcelas de terra foram arrancadas das mãos do meu avô.


No terreno que é da minha família, construíram uma escola que o Sr. José inaugurou com tanto orgulho. Para ele e seus comparsas, o sacrifício de um lavrador surdo era irrelevante, menos que nada. E, como se a humilhação não bastasse, um ministro, aproveitando-se da situação, construiu uma casa de férias numa outra parcela das terras de Armando. Sem permissão, sem consulta e sem vergonha.


Naquele dia, enquanto a fita era cortada e os aplausos ecoavam no ar, eu, único neto em quem meu avô confiava, estava a milhares de quilómetros da escola, sem sequer imaginar que o estavam a roubar. O Sr. José, com seu discurso enfeitado, não era um líder, mas sim um ladrão, que tirava dos pobres para manter o poder nas mãos de uma elite dentro da elite. O governo roubou o que era do meu avô, assim como roubou a dignidade de muitos outros.


Ali, onde deveria ter nascido uma escola que trouxesse conhecimento e oportunidades, ergueu-se apenas o símbolo da burrice. Aquele terreno, que um dia pertenceu à nossa família, tornou-se a pia batismal da ignorância, onde o ensino em crioulo foi reservado para os filhos dos pobres. Da terra, restou apenas o amargo sabor da injustiça, e a memória de um avô que lutou, mas perdeu para as mãos frias do poder.


E assim se entende por que José roubou para dar à namorada: ele está habituado a roubar. Uma vez ladrão, sempre ladrão.


Adérito Barbosa in olhosemlente.blogspot.com.

quinta-feira, 12 de setembro de 2024

Boris 1 ano

O meu amigo Boris faz hoje 1 ano de vida. Continua a frequentar o curso de Técnico de Segurança. Passou para o nível 2 mesmo arrasquinha. Confunde a matéria e aplica mal os conhecimentos adquiridos em novas situações. Está muito vigilante ao que passa dentro de casa e pouco atento ao que se passa no quintal e à volta da rede.

Está brincalhão e contra todas as indicações continua amigo do carteiro. Já roeu letra (I) do nome BORIS pregado na casota. Já roeu metade do comedouro também. Ainda não levanta a pata para urinar. Por enquanto parece uma menina.

Adérito Barbosa in olhosemlente.blogspo.com





terça-feira, 10 de setembro de 2024

Highway To Hell - AC/DC

Rife da Guitarra fender American Pro II, sobre o backing do 
Highway To Hell  dos AC/DC
Sem edição 


 

A Guia de Marcha e a Panela do Regimento.



“A Guia de Marcha e a Panela do Regimento.

Estou à espera de um soldado (que tem a chave da porta) que está atrasado porque esteve de serviço e demorou a entregar a arma porque o Cabo quarteleiro tinha ido apagar as luzes.

O condutor também não pode sair: falta assinar o boletim da viatura e ainda não comeu...porque o rancho estava fechado. O Sargento Ajudante não pode entregar a "guia de marcha" porque não foi assinada, em virtude de não se saber qual o "despacho." 

O oficial de dia aguarda a ordem do oficial de operações e de um papel da Logística.... e o furriel (sargento de dia) está à espera porque não pode abrir o parque auto ( sem a presença do oficial de dia) 

O 2º Comandante ligou muito aflito a informar que a senhora vai ainda hoje (de urgência), arranjar o cortinado na messe, pois amanhã vem almoçar ao quartel o nosso General, juntamente com o presidente da Junta de Freguesia. 

E o Sargento Mor consegue fazer um "milagre", porque tem um primo (canalizador) que consegue desenrascar a avaria na PANELA do rancho geral, cuja peça foi requisitada há 5 meses (mas ainda não chegou). 

Assim, está quase tudo pronto para a visita do nosso General amanhã....mas o nosso Comandante (para ficar tranquilo) vem hoje à noite, ver se a Panela ficou boa....

Ainda é preciso ir buscar o 2º Comandante à estação de comboios, que vem dormir ao quartel e alertar o Comando da Brigada, para o Clarim não se esquecer de vir tocar à chegada do nosso General.   

Mas há o problema da viatura... que traz o Clarim, pois como a viatura não pode abastecer (combustível) no quartel, tem que ir mais cedo, ao Entroncamento abastecer, de onde tem que vir outra viatura, para fazerem um par (uma coluna militar) para não se pagar as portagens...”

Escrito pelo Ten Coronel Art: Pedro Marques de Sousa.

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sábado, 7 de setembro de 2024

Viagem

 


Estou sempre com os mesmos dias  

já atolei a respiração nas insónias  

já fui náufrago na eternidade do instante,  

já fiquei noites adentro nas profundezas do sonho,  

já vi estrelas sussurrarem segredos,  

na cama onde nasceu a inquietude,  

e já descansei no jardim de medos e esperanças.


Já estiquei a mente como um elástico  

já me contorci até o infinito,  

já fui prisioneiro voluntário  na cela do abismo, 

onde as sombras dançam  

com a luz que não existe

mas teima em me encandear.


Já dormi destapado, de olhos abertos  

como um farol num mar sem fim,  

já vivi desesperado e confundido  

como um caleidoscópio de sentimentos,  

já rasguei as memórias atrozmente belas,  

e já dei golpes profundos nas lembranças  

e fantasias.


O que me corrói por dentro,

flui como um rio subterrâneo  

nas cavernas do meu ser…

é uma gota, é uma lágrima de tempo,  

é a angústia em êxtase.  

Sou como um búzio que guarda  

o som do universo, e nas noites  

envia a melodia do silêncio.


Estou sempre com os mesmos dias,  

vago entre o real e o que me espera,  

sou um peregrino na terra dos sonhos,  

onde cada passo é um suspiro,  

cada batida do coração é um relâmpago  

na minha tranquila tempestade.


E assim sigo, pela madrugada que vivo,  

onde a luz se apagou  

e a escuridão se fixou.  

De espada cravada na alma,  

sigo com a terra o perpétuo movimento  

e, quando acordo, já é dia outra vez…

E assim há-de ser enquanto o poeta viver.


Adérito Barbosa, in olhosemlente.blogspot.com

quinta-feira, 5 de setembro de 2024

Mais uma patifaria do José

 

No

O veto do José ao aumento salarial dos professores não surpreende; reflete o desprezo profundo que ele nutre pela classe que forma a espinha dorsal de qualquer sociedade. A verdade nua e crua é que o José prefere um país mergulhado na ignorância, um país onde a iliteracia é a norma. Isso facilita a sua vida, pois, na sua tacanha visão, é mais fácil manipular massas de indivíduos sem educação, alheios ao seu papel cívico e incapazes de questionar o óbvio. Basta ouvir os deputados do PAICV no parlamento -  aquilo até dói a alma.

É irónico e ao mesmo tempo trágico que um presidente incapaz de dominar a língua oficial do seu próprio país ouse menosprezar aqueles que dedicam a vida à arte de ensinar. Ouça-se os discursos do José, cheios de clichês e frases estéreis, que nada comunicam senão a profundidade de sua própria ignorância. E é precisamente essa ignorância que a máquina do PAICV perpetua quando insiste em manter a população subjugada por uma educação de segunda classe, com a promoção do crioulo perto das escolas — um dialeto que, embora parte importante da cultura de Cabo Verde não serve como ferramenta para elevar o nível intelectual dos jovens. Enquanto isso, os filhos da elite, estudaram ou estudam em Portugal, absorvendo um ensino que verdadeiramente abre portas, deixando o povo preso na ilusão de uma educação inclusiva e progressista que nada mais faz senão limitá-los. É assim que o ditador José controlou as massas durante os 15 anos como primeiro ministro.


Os professores, na sua essência, são os artífices de uma sociedade consciente, informada e capaz de transcender os limites impostos por líderes medíocres. Eles não são apenas transmissores do conhecimento, mas construtores de mentes críticas, que podem — e devem — questionar a situação. A educação é o maior motor de transformação social, e sem professores devidamente valorizados e remunerados, qualquer sonho de desenvolvimento se torna uma miragem. Manter o dialeto crioulo perto do estabelecimento de ensino é uma farsa; um paliativo que reforça a segregação social. Dialetos locais, embora parte da identidade cultural, não oferecem a base linguística, técnica ou científica necessária para inserir as gerações futuras no mundo do conhecimento global. O crioulo, se promovido como a língua no ensino, não elevará a qualidade da educação; pelo contrário, servirá como um veículo para a estagnação intelectual, favorecendo o aumento da criminalidade, da alienação e do desespero juvenil.


O resultado disso será o agravamento de um ciclo vicioso: jovens sem perspectivas, iludidos por uma educação inferior, que se tornam presas fáceis do submundo do crime, perpetuando a ignorância e a violência. Enquanto isso, José e sua camarilha continuarão nos seus gabinetes, negociando em surdina quadros entre eles, inventando primeiras Damas, pagando “dinheiro” pornografico, ameaçando quem os denúncia regozijando-se com o estado de uma nação que vive sobre o fio da navalha económica orgulhosos de terem mantido o status quo de uma massa acrítica, controlável e eternamente grata por migalhas tecnológicas, como iPhones e o sonho distante de um Tesla e quem sabe uma viagem à lua. O veto do José ao aumento salarial dos professores é apenas mais uma prova do seu projeto nefasto: um país onde a educação é deliberadamente sufocada para futuramente manter o poder nas mãos da elite do PAICV conivente e desprovida de escrúpulos, com aplausos da Cristina Fontes e Janira Almada.

Aos professores resta-lhes julgar o Neves nas urnas  se até lá entretanto não for destituído.


Adérito Barbosa in olhosemlente.blogspo.com




terça-feira, 3 de setembro de 2024

As rotas da TAP pelo submundo da Máfia

Segundo o Expresso;

“A Inspeção-Geral de Finanças concluiu o relatório às contas da TAP com suspeitas de crime na privatização da companhia aérea, em 2015, e na gestão de David Neelman e Humberto Pedrosa.

O relatório da Inspeção-Geral de Finanças conclui que o negócio de compra da TAP por David Neelman foi financiado com um empréstimo de 226 milhões de dólares feito pela Airbus, em troca da compra pela companhia aérea de 53 aviões à construtora aeronáutica europeia.

E a garantia foi dada pela TAP, que ficou ela própria obrigada a pagar os 226 milhões de dólares americanos emprestados a Neelman, se não comprasse os aviões.

Ou seja, fica assim provado que a TAP foi comprada com o próprio dinheiro da TAP mas de forma legal, usando um esquema que permitiu contornar o Código das Sociedades Comerciais que impede a cedência de empréstimos ou fundos a um terceiro para que este adquira ações próprias.

A auditoria também dá como provado que a estratégia era do conhecimento da Parpública e do Governo da altura de que Passos Coelho era primeiro-ministro e Maria Luís Albuquerque, a ministra das Finanças.

A Inspeção-Geral de Finanças conclui que este ponto das conclusões deve ser comunicado ao Ministério Público para investigação.

Também pede para ser comunicada à Justiça uma outra conclusão: a TAP, já privatizada, fez um contrato de prestação de serviços com uma empresa de David Neelman.

Para pagar quatro milhões e 300 mil euros em prémios e remunerações ao próprio Neelman, a Humberto Pedrosa e a David Pedrosa, e que assim não ficaram registados como tal e não pagaram os impostos a que estavam obrigados.

Os auditores dizem que não puderam ter acesso aos documentos do negócio de 2020 no Governo de António Costa, em que o Estado ficou com a posição de David Neelman por 55 milhões milhões.

A auditoria às contas da TAP e da TAP SGPS entre 2005 e 2023 considera ainda que não está demonstrada a racionalidade económica do negócio de entrada no capital da VEM Brasil, a empresa de manutenção da Varig, e de que resultou a contrapartida da passagem para a TAP das rotas portuguesas da companhia aérea brasileira que foi à falência.

O relatório antecipa a perda total de 906 milhões de euros aplicados pela TAP SGPS na empresa de manutenção VEM.

O relatório da Inspeção-Geral de Finanças a que a SIC teve acesso foi solicitado pelo anterior ministro-ministro Fernando Medina, por recomendação da Comissão Parlamentar de Inquérito à tutela política da gestão da TAP.

Para já, a TAP é detida a 100 por cento pelo Estado português, mas o Governo de Luís Montenegro já disse que quer acelerar a privatização.”

segunda-feira, 2 de setembro de 2024

65 anos



 Obrigado ao pessoal de Golegã, Estoril, Alcochete, Lisboa, Estoril, Algarve, Ericeira, Peniche e Caldas da Rainha que se deram ao trabalho de virem jantar comigo no Viracopos. 

Houve música ao vivo e pelo meio momentos de fado e poesia.


Adérito Barbosa in olhosemlente.blogspot.com

quinta-feira, 29 de agosto de 2024

Amiga de uma vida

 


Dra, Leonídia Cunha, uma amiga de toda a vida.

Nossa vida não seria a mesma se não fôssemos amigos. Eu não trocaria a amizade da Léo por nada neste mundo, e nem consigo imaginar viver sem ela.

Como sempre, lá estava ela ao meu lado na festa de aniversário que minha esposa organizou.

Obrigado, Léo, por ser minha amiga. Se algum dia nos afastássemos, seria uma verdadeira tragédia para mim. 

Grande beijinho

Adérito Barbosa in olhosemlente.blogspot.com

terça-feira, 20 de agosto de 2024

Presidente não é Deus




A conversa vazia de Janira sobre "concentração concertada" só confirma o que já sabíamos: ela pertence à mesma corja que Neves. A senhora, está deslumbrada pela própria arrogância, crê-se uma espécie de Têmis africana, uma deusa do parlapié. Mas, enquanto a verdadeira Têmis defendia a justiça com base na verdade, equidade e humanidade, Janira deturpa tudo isso. Para ela, a justiça é amoral, um jogo sujo, onde a perseguição a Neves é justificada por sua própria distorção da realidade. Denunciar a promiscuidade presidencial, para ela, é obra de quem não passa de uma cambada de malandros.


Enquanto Têmis colocava a justiça acima das paixões humanas, Janira rebaixa-se às poucas vergonhas do Neves, tratando amantes enfiadas no palácio como se fossem esposas legítimas, viajando ao lado dela como se nada fosse. Segundo Janira, a culpa não é dele, apesar do Neves ter afirmado em entrevista que ele mesmo autorizou os pagamentos. Janira acredita que a justiça é personificada nela, mas ao contrário de Têmis, que é cega e imparcial, Janira tem um olho bem aberto e o dedo no prato da balança, trapaceando descaradamente fazendo batota.


Agora, na sua fantasia delirante, Janira autoproclama-se deusa da justiça de Cabo Verde, a única que compreende as leis e a ordem, a protetora do pobre oprimido Neves. No papel de deusa das leis, Janira tornou-se na segunda esposa divina de Zeus Neves, sentando-se ao lado de Débora para confortá-la, enquanto protege a promiscuidade desenfreada de seu amado líder.


Será que foi dela a brilhante ideia de dizer a Neves que uma amante vale tanto quanto uma esposa? Janira está tão convencida de sua suposta sabedoria, que acredita ser comparável à da Minerva. Para ela, a sua opinião é a única que importa, mais do que a própria Justiça. Janira não vê crimes nas trapalhadas de Neves, e a balança dela indica que há uma diferença enorme entre o eventual julgamento de Neves e o de qualquer cidadão.


As recompensas e punições, para Janira, seguem a lógica corrupta do PAICV: os ricos comunistas do partido gastam à vontade, enquanto o povo continua na miséria, feliz por ver Neves esbanjar o dinheiro do estado nas suas aventuras promíscuas. Janira não simboliza outra coisa senão a imoralidade, carregando a tábua da lei para a sede do PAICV como se a justiça fosse um brinquedo nas mãos dos comunistas.


Janira recusa a ver que Neves cometeu abuso de poder, que ele é um déspota, um Robin Hood às avessas, que rouba os pobres para dar à namorada. Janira fecha os olhos para o facto do Neves ter avacalhado a figura da esposa e a dignidade de uma Primeira-Dama, e na sua cegueira seletiva, ela apoia as trapaças do Neves tornando-se cúmplice desse espetáculo grotesco.



Adérito Barbosa in olhosemlente.blogspot.com

quarta-feira, 14 de agosto de 2024

Pedido de Renúncia ao mandato

Carta Aberta ao Presidente José Maria Neves: 


“Pedido de Renúncia por roubo”


Excelentíssimo Senhor Presidente José Maria Neves,


Venho, por meio desta, expressar a indignação de milhares de cidadãos que, assim como eu, observam atónitos os recentes acontecimentos envolvendo a gestão da Presidência da República. A recente divulgação do relatório da Inspeção

Geral das Finanças (IGF), datado de 07 de agosto, confirma existência de irregularidades graves e inaceitáveis que comprometem a integridade do mais alto cargo da nossa nação.

O relatório da IGF revela que a Presidência da República pagou, de forma indevida, a quantia de 5.396.352$00 à falsa Primeira-Dama, Débora Katisa Carvalho, durante 24 meses, sem qualquer base legal que justifique tais pagamentos. Como bem enfatizou a IGF, o cargo de Primeira-Dama não é uma função pública, não é eletivo e, portanto, não é passível de remuneração pelo erário público. Trata-se de um erro gravíssimo, que fere o princípio da legalidade e da moralidade que devem nortear a administração pública.


Além disso, os 2.259.480$00 pagos à ex-conselheira jurídica Marisa Morais, que nunca tomou posse de suas funções, demonstram um total desrespeito pelos recursos públicos. É inadmissível que o dinheiro do povo seja utilizado para sustentar pagamentos sem qualquer justificativa legal ou moral.


Tais actos, Senhor Presidente, não apenas denigrem a imagem da sua gestão, mas também minam a confiança do povo nas instituições que deveriam zelar pelo bem comum. A confiança do povo é a base de qualquer governo legítimo, e ela foi profundamente abalada.


Diante da gravidade das irregularidades apontadas, é impossível ignorar o peso da responsabilidade que recai sobre Vossa Excelência. Não podemos permitir que a administração pública seja conduzida com tamanho descaso pelas leis e pelo respeito que o cargo presidencial exige. 


Por isso, em nome da transparência, da ética e da confiança que o povo uma vez depositou em Vossa Excelência, venho, em conjunto com muitos cidadãos, pedir a sua renúncia ao mandato presidencial. A renúncia não é apenas um ato de responsabilidade, mas também um gesto de respeito ao povo cabo-verdiano e às instituições que devem ser preservadas e valorizadas.


A história sempre julgou com severidade os líderes que, diante de escândalos e irregularidades, optaram por se apegar ao poder em detrimento da honra e da integridade. Agora, Vossa Excelência tem a oportunidade de se redimir perante o povo e a história, permitindo que a nação siga em frente sem as sombras da dúvida e da desconfiança que hoje pairam sobre a sua administração.


Renuncie, Senhor Presidente. Faça isso pelo bem de Cabo Verde.


Atenciosamente,l


Aderito Barbosa

sábado, 3 de agosto de 2024

Esquece, janta e dorme


“Numa manhã, o professor pergunta à aluna:

 - Diz-me lá quem escreveu "Os Lusíadas"?

A aluna, a gaguejar, responde:

- Não sei, Sr. Professor, mas eu não fui. E começa a chorar. 

O professor, furioso, diz-lhe:

- Pois então, de tarde, quero falar com a tua mãe. 

Em conversa com a mãe, o professor faz-lhe queixa:

- Não percebo a sua filha. Perguntei-lhe quem escreveu 'Os Lusíadas' e ela respondeu-me que não sabia, que não foi ela... 

Diz a mãe:

- Bem, ela não costuma ser mentirosa, se diz que não foi ela, é porque não foi. Já se fosse o irmão... 

Irritado com tanta ignorância, o professor resolve ir para casa e, na passagem pelo posto local da G.N.R., diz-lhe o comandante:

- Parece que o dia não lhe correu muito bem... 

- Pois não, imagine que perguntei a uma aluna quem escreveu "Os Lusíadas" respondeu-me que não sabia, que não foi ela, e começou a chorar. 

O comandante do posto:

- Não se preocupe. Chamamos cá a miúda, damos-lhe um "aperto", vai ver que ela confessa tudo!

- Com os cabelos em pé, o professor chega a casa e encontra a mulher sentada no sofá, a ler o jornal. Pergunta-lhe esta:

- Então o dia correu bem? 

- Ora, deixa-me cá ver. Hoje perguntei a uma aluna quem escreveu "Os Lusíadas". Começou a gaguejar, que não sabia, que não tinha sido ela, e pôs-se a chorar. A mãe diz-me que ela não costuma ser mentirosa. O comandante da G.N.R. quer chamá-la e obrigá-la a confessar. Que hei-de fazer a isto? 

A mulher, confortando-o:

- Olha, esquece. Janta, dorme e amanhã tudo se resolve. Vais ver que se calhar foste tu e já não te lembras...!”

Autor desconhecido

Adérito Barbosa in olhosemlente.blogspot.com

sexta-feira, 26 de julho de 2024

Sistema de Saúde Militar

O cenário atual no Hospital das Forças Armadas parece um do filme de Hitchcock. Nesta manhã, às 10h11, vi uma ambulância estacionada junto ao edifício H04, parecendo mais apropriada para transportar macacos do que para atender às necessidades humanas. A gestão do Exército conseguiu devastar entenda-se (foder) completamente o Hospital da Força Aérea em todos os aspectos possíveis.

A situação é ainda mais crítica quando observamos os tempos de espera para exames essenciais, como endoscopias, colonoscopias, mamografias e ecografias. Marcar qualquer um desses exames requer uma espera absurda de seis meses. Nesse período, é mais do que suficiente para os pacientes adoecerem gravemente, morrerem, apodrecerem e, se houvesse uma chance de ressuscitação, vão encontrar 227 generais mais 7 a serem promovidos este ano, sentados, entretidos em arruinar o hospital e a saúde dos militares e seus familiares. Outros tantos na CNN a deitar asneiradas pela boca fora.

Para agravar ainda mais, enquanto o Hospital das Forças Armadas oferece esses serviços com uma espera de seis meses, o Hospital da Luz consegue realizar os mesmos exames em apenas 20 dias. É indignante que paguemos ao IASFA um valor significativo de 119,05 euros, 14 vezes ao ano, enquanto recebemos um atendimento vergonhoso que põe em risco a nossa saúde e bem-estar.

Este é um exemplo claro de como a má gestão e a ineficiência podem comprometer um sistema de saúde que deveria ser exemplar, como o foi ao tempo da FAP. É urgente uma reavaliação e uma reforma profunda para garantir que o Hospital das Forças Armadas possa atender com dignidade e eficiência aqueles que dependem dele.

Adérito Barbosa in olhosemlente.blogspot.com


Publicação em destaque

Florbela Espanca, Correspondência (1916)

"Eu não sou como muita gente: entusiasmada até à loucura no princípio das afeições e depois, passado um mês, completamente desinter...