Roubei este texto a um amigo também ele ladrão por ter roubado este mesmo texto à autora Suzana Beirão.
Tudo ladrão! - também roubo por estar farto dessa gentinha.
"A Joacine" diz que é radical e luta contra as elites e as desigualdades e blá blá blá...
O que a mim me parece é que a Joacine não sabe que vivemos num país onde uma ministra em plenas funções, esteve grávida, pariu o quarto filho, gozou de metade da sua licença, por opção, não descurou as suas responsabilidades, conjugou a sua vida pessoal, profissional e familiar e não fez de nada disto bandeirinha.
O que a Joacine não sabe é que vivemos num país onde muitas mulheres se sentam no parlamento há muitos anos e não estão lá só por serem mulheres.
O que a Joacine não sabe é que vivemos num país onde uma ministra da justiça é negra e não está lá só porque é negra.
O que a Joacine não sabe é que vivemos num país onde o primeiro ministro é de ascendência goesa e que ninguém votou nele por causa da sua cor.
O que a Joacine não sabe é que vivemos num país, onde um partido conservador já integrou um negro, um deputado de ascendência indiana, um deputado de ascendência chinesa, uma bancada parlamentar com uma maioria feminina, uma líder mulher e uns quantos homossexuais e que nunca fizeram disso cartazes, nem parangonas.
O que a Joacine não sabe, ou prefere ignorar é que mais do que um partido desta democracia é liderado por mulheres, que afinal são apenas pessoas competentes e capazes disso mesmo.
O que a Joacine não sabe (ou já esqueceu) é que vivemos num país que já teve uma primeira ministra.
O que a Joacine não sabe é que vivemos num país que já teve uma presidente da Assembleia da República, mulher e lésbica e ninguém, nem ela própria, enalteceu nada disto, por não ser sequer assunto, nem ser da nossa conta.
O que a Joacine não sabe é que vivemos num país que tem deputados e ministros e secretários de Estado homossexuais, que sabem que isso não faz parte do seu CV.
E o que eu quero mesmo é que continuemos a viver num país onde nada disto é bandeirola e a verdadeira importância e o verdadeiro destaque se dêem às competências.
Essa, para mim, é a verdadeira igualdade!
A Joacine que se deixe de merdas e que diga ao que vem, se é que vem a alguma coisa mais, para além de ódios, instabilidades, carimbos, rótulos e vacuidades de "identity politics".
Para já festejou com a bandeira da Guiné, mas olha que a Guiné não é cá!
Adérito Barbosa in olhosemlente
quarta-feira, 30 de outubro de 2019
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