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quinta-feira, 30 de dezembro de 2021

O milagre da câmara de TV


 O MILAGRE DA CÂMARA DE TV


Quem andou perto das escolas anos a fio, sabe que muito professorado faz de tudo para não dar aulas, atarefados com as actividades da FENPROF , com as depressões e com as baixas médicas.

Agora que o governo quer os alunos em casa por causa da história do covid, os professores estão todos chateados, viraram comentadores de TV e querem os alunos nas escolas.

Hoje começaram cedo a fazer barulho…


Adérito Barbosa in olhosemlente.blogspot.com

sexta-feira, 10 de dezembro de 2021

A tourada



Em dois anos Portugal tornou-se num dos países do mundo com mais médicos.

Com tantos médicos, não é de estranhar que eles não se entendam e assim se explica porque é que o Covid anda a monte e ninguém o apanha.

Quando deram conta da fuga, chamaram o Almirante que, de canhão em punho, picou a maioria do povo. Houve uns quantos que ele não conseguiu apanhar; a esses deram o nome de negacionistas.

Então o que aconteceu? Os Portugueses, num ápice, especializaram-se em medicina e andam todos por aí a opinar sobre o vírus e a dar-lhe caça, cada um com a sua prescrição da treta!

A luta está organizada da seguinte forma:

 • Os médicos verdadeiros vão às televisões contradizerem-se uns aos outros, “coisa rara entre eles” e tentam ver quem grita mais alto!

 •  Os médicos instantâneos, os da treta, vieram depois: professores, directores, escolares, presidentes de confederações,  presidentes de associações de directores, quer das escolas públicas, quer  das privadas, todos eles, esquecidos de se preocuparem com o ensino e das lutas da sua poderosa Fenprof, passam o tempo todo a botar faladura nas televisões sobre o Covid.Tenho um amigo que é professor - Eh pá! O gajo não se cala um bocadinho! Ele, na SIC, já cansa!

 • Os jornalistas pegaram então no Covid, fizeram com ele um grande arraial juntamente com professores, médicos, bombeiros, matemáticos, Directora da Saúde, a D. Graça e com a D. Temido lançaram o pânico nas hostes!

Fecharam os bares, os restaurantes, as fronteiras, as lojinhas de Bairro e encaminharam a malta toda que nem carneiros para as grandes superfícies, a fim de engordarem mais ainda aqueles que já eram gordos. 

A indústria farmacêutica, essa ficou a rir, a laborar a todo o vapor e a enriquecer!

Eis então que apareceu o nosso primeiro Costa com o seu batalhão governamental e desatou a distribuir diplomas de “fiscal de saúde” a torto e a direito e do nada transformou os donos dos restaurantes, os porteiros, as hospedeiras de bordo, os polícias, os ladrões, os empregados de mesa, etc.,em fiscais de saúde.

O tal Covid 19, que anda a monte há dois anos, pariu uma data de variantes e até acabou por parir agora uma criança de seu nome Omicron, tendo sido parteira assistente - para nossa felicidade - uma portuguesa.

Era o que faltava acontecer. Uma tuguinha inscrever o seu nome como parteira de uma espécie rara.

Assim que nasceu a Omicron, lembraram-se de a levar para o parque infantil, juntá-la às crianças dos 5 aos 12 anos e perguntaram aos pais que tal a ideia de eles próprios se transformarem em médicos pediatras. Foi o rastilho para a tourada. É verdade! Uma verdadeira tourada. Toda a gente passou a entender das vacinas. Por causa  disto, lembrei-me do poeta Ary dos Santos com aquela que dizia: 

Não importa sol ou sombra 

camarotes ou barreiras 

o que é preciso é tourear 

ombro a ombro o Omícron

que nos leva ao engano

e nos pode causar danos. 


Entram em cena  guizos chocas capotes e mantilhas pretas, 

entram os bravos com cravos e dichotes 

porque tudo o mais que  se gritar é treta!

Entram as vacas depois dos forcados que não pegam nada.  

Entram os peões de brega  a afugentar com bandarilhas

o Covid que, entretido

 na praça da barulheira, 

pega o português 

pelos cornos da desgraça, 

fazendo da tristeza uma graça!

Também aparecem velhas doidas e turistas,  benefícios fiscais,

cronistas e até aldrabões. 

Entram marialvas, coristas e galifões de crista e ainda os cavaleiros à garupa do seu heroísmo. 

Entrou ainda aquela música maluca  

os aficionados e a caduca mais o snobismo. 

Entraram os comentadores e moralistas 

E ainda muito euro 

que às grandes farmacêuticas

dá lucro aos milhões!!!!

Por isso esta festa vai durar por mais algum tempo, porque deixaram de querer saber da origem do Covid. 

O povo, transformado em fiscal de saúde, está feliz, porque tem já um canudo fiscal de saúde  e nem deu conta do aumento brutal dos combustíveis.

Adérito Barbosa in olhosemlente.blogspot.com

quarta-feira, 17 de novembro de 2021

EU, O LIXO E O PRESIDENTE


Nesta vila nada acontece; a única coisa que acontece por aqui é o Presidente da Junta, dado que ele próprio é um acontecimento. Foi reconduzido no cargo, não fez nada no mandato anterior; mas como também não prometeu nada, ninguém esperou nada dele e voltou a ganhar!

Quem não se safa aqui sou eu!

Terminado o contrato de trabalho, agora é tempo de descanso. Hoje fui dar uma volta à  santa terrinha, cujo rei,  por acaso, se chama Filipe Abreu, o tal Presidente incompetente e videirinho cá do sítio. Há um ano fui assistir à Assembleia de Freguesia e fiz uma intervenção, colocando o problema do lixo e da placa toponímica da minha rua; enviei um e-mail e não obtive resposta; contactei a C.M. Mafra, tendo esta respondido que a responsabilidade é da Junta, de acordo com um protocolo assinado entre as duas entidades.

Como o Sr. Presidente nunca respondeu às minhas amáveis notas deixadas na Junta, fui à Assembleia de Freguesia e tomei nota do que lá ouvi. O Presidente a expor os trabalhos realizados no muro do  cemitério, para não entrar frio pelas frestas e assim manter os mortos mais confortáveis e quentinhos; ao invés, teima em manter os fregueses como eu  a viver no meio do lixo, no meio da porcaria, sem caixotes para os  reciclados, sem limpeza de passeios e de ruas, placa topónica só provisória ainda.

O lixo à minha porta é o que mais nos une!


Adérito Barbosa in olhosemlente.blogspot.com

quinta-feira, 11 de novembro de 2021

Portugal insólito


Um magistrado do Ministério Público disse no Tribunal da Relação, a propósito da morte do cidadão ucraniano às mãos do SEF, que, se Portugal continuar a pagar  indemnizações daquele montante tão elevado, 800 mil euros, o estado português vai à falência em pouco tempo, contrariando de forma insólita o parecer do seu patrão, o Ministério Público, entidade que o próprio representa.

Proponho que se coloque um alcoolímetro na sala de audiências, para garantir que toda a gente entra e sai sóbria.


Adérito Barbosa in olhosemlente.blogspot.com

terça-feira, 9 de novembro de 2021

Viva, viva, viva



Finalmente Cabo Verde resolveu o problema da pobreza, da fome, da analfabetismo, da ignorância, da violência e da criminiladade.

Hoje tomou posse, como Presidente da República, um indivíduo comunista menor.

Foi esse indivíduo que durante quinze anos governou Cabo Verde e que não fez nada, além de enriquecer e governar a sua vidinha.

O povo, sempre o povo, em agradecimento, pô-lo no pódio!

O povo está feliz e é notório, tanto mais que até o nosso professor foi para a entronização também.

Aposto que dentro de trinta dias temos cá a sumidade local, o génio, o tal Presidente, a cravar o primeiro de muitos jantares e jantares à custa dos otários, isto é, à custa dos contribuintes portugueses!


Adérito Barbosa in olhosemlente.blogspot.com

segunda-feira, 8 de novembro de 2021

Diamantes de Sangue

Só existem diamantes de sangue dentro das Forças Armadas,  porque alguns generais ou estão ocupados em proibir cânticos, a polir estrelas com solarina e algodão ou sentados à espera que cheguem mais estrelas como, muito bem dizia o Embaixador Americano  Frank Carlucci.

As chefias militares de Portugal bateram no fundo!


O orçamento da GNR no ano passado era de 92 milhões. Esse objectivo foi atingido, tendo as multas de trânsito comparticipado com a maior fatia.  Contentes com o sucesso, aumentaram para cerca de 112 milhões para o Ano 2022.

Os condutores que se ponham a pau, porque a caça continuará a toda a força.

Eu já tenho a minha dose. Vou tentar não contribuir mais para esse peditório!


Adérito Barbosa in olhosemlente.blogspot.com

sexta-feira, 29 de outubro de 2021

S. Judas, padroeiro das causas perdidas


Há dias, veio um senhor de Bruxelas que por acaso é um simples eurodeputado, que por acaso é um simples candidato à presidência de um partido político, que por acaso não é presidente de partido nenhum e que, por mero acaso, também não tem vergonha nenhuma, pedir uma audiência de cortesia ao Sr. Presidente da República  no dia da queda do governo e obteve-a!

Rangel foi propor ao Presidente uma data  para as eleições, a que mais lhe convém para, assim, ter tempo de se tornar presidente de um determinado partido.

O Presidente, também ele sem vergonha nenhuma, num exercício indecente e num claro atropelo às regras da decência democrática, passou por cima do legítimo presidente do PSD e recebeu o videirinho Rangel, interferindo directamente na vida partidária.

Se isso acontecesse nas democracias de países do terceiro mundo, tipo África, até eu aceitava e achava graça…

O professor Marcelo, igual a si próprio e à sua circunstância, voltou a servir uma “vichyssoise”, desta vez fria, aos Portugueses, armado completamente em “garçon”alcoviteiro e trafulha.

Também se armou em Judas e tentou arranjar uns quantos deputados da Madeira para votarem a favor do orçamento transformando-o no orçamento da PONCHA.

O professor Marcelo, pessoa a quem roubei muitos cafés na Católica, enquanto andava na treta converseta, tornou-se padroeiro das causas perdidas?

Um verdadeiro S. Judas!


Adérito Barbosa, in olhosemente.blogspot.com

terça-feira, 26 de outubro de 2021

Políticos deuses deles próprios e de alguns estúpidos


Numa das suas reuniões, Hitler pediu que lhe trouxessem uma galinha.

Agarrou-a forte com uma das mãos enquanto a depenava com a outra.

A galinha, desesperada pela dor, quis fugir mas não pôde.

Assim, Hitler tirou todas suas penas, dizendo aos seus colaboradores:

"Agora, observem o que vai acontecer".

Hitler soltou a galinha no chão e afastou-se um pouco dela.

Pegou um punhado de grãos de trigo, começou a caminhar pela sala e a atirar os grãos de trigo ao chão, enquanto seus colaboradores viam, assombrados, como a galinha, assustada, dolorida e sangrando, corria atrás de Hitler e tentava agarrar algumas migalhas, dando voltas pela sala.

A galinha o seguia fielmente por todos os lados.

Então, Hitler olhou para seus ajudantes, que estavam totalmente surpreendidos, e lhes disse:

"Assim, facilmente, se governa os estúpidos.

Viram como a galinha me seguiu, apesar da dor que lhe causei?

Tirei-lhe tudo..., as penas e a dignidade, mas, ainda assim ela me segue em busca de farelos."

"Assim é a maioria das pessoas, seguem seus governantes e políticos, apesar da dor que estes lhes causam e, mesmo lhe tirando a saúde a educação e a dignidade, pelo simples gesto de receber um benefício barato ou algo para se alimentar por um ou dois dias, o povo segue aquele que lhe dá as migalhas do dia."

sexta-feira, 22 de outubro de 2021

O clarim da cavalariça




Ouvi dizer que o CEME proibiu o canto  Paraquedista e o uso da boina verde no desfile do dia Exército.

Grande General, assim é que é, finalmente reconheceu que os Paraquedistas não são arremachos!

Olhe, mande-os de volta para a FAP de onde nunca deviam ter saído. 

Assim, o exército fica livre dos Páras e nós livres de si!


Adérito Barbosa in olhosemlente.blogspot.com

quarta-feira, 20 de outubro de 2021

A QUEM INTERESSA A TERCEIRA DOSE DA VACINA?


 Para enfrentar a pandemia provocada pelo SARS-CoV-2 a Medicina apenas dispunha de medidas genéricas – assepsia, isolamento e barreiras físicas. Perante isto, foi posto em marcha um ambicioso programa tendente à procura de antídotos para a combater. Nesta missão empenharam-se inúmeras instituições, com destaque para a indústria farmacêutica.

A investigação científica foi direccionada em dois sentidos: descoberta de medicamentos eficazes para combater o vírus e/ou vacinas para prevenir a doença. Era expectável que aquele objectivo fosse alcançado primeiro, pois a obtenção de vacinas é um processo moroso.

Aconteceu exactamente o oposto: obtiveram-se vacinas rapidamente e os medicamentos curativos tardam a chegar. Acreditei sempre que até ao fim do ano de 2020 íamos ter este bem precioso, porque o investimento nesta cruzada foi enorme. Como se saltaram etapas na investigação podia recear-se que a qualidade não fosse a desejável ou que pudessem originar efeitos secundários de monta. Mas todas revelaram grande eficácia e baixa toxicidade.

Criou-se a ideia de que a infecção pelo coronavírus não conferiria uma imunidade humoral robusta e duradoura (não mais de 4 meses, dizia-se), sem haver dados consistentes que permitissem sustentar esta posição. Estudos credíveis revelaram uma realidade diferente: a maior parte dos infectados mantinha anticorpos ao fim dum ano e só uma baixa percentagem nunca os chegou a ter. Foi consensual a ideia de fazer um reforço da imunidade a todas estas pessoas, porque o estímulo artificial confere maior protecção.

No decurso do processo da vacinação, foi muito ventilada a possibilidade de surgirem mutantes, que pudessem levar à emergência de estirpes mais agressivas. As variantes terão ocorrido em larga escala, mas as cadeias de descendentes tendem a perder agressividade.

Em Portugal, os media fixaram-se muito nalgumas (Reino Unido, Índia e África do Sul), considerando-as mais contagiantes e susceptíveis de originarem doença graves, com mortalidade elevada. Fica a dúvida se esta vaga informativa não estaria a criar condições de inflacionar a administração de vacinas, para rentabilizar o negócio em curso.

Este argumento esgotou-se! Se o objectivo consistia em preparar o terreno para vendas excessivas, surgiu outro pretexto mais apelativo para o fazer: a vacinação conferia uma imunidade humoral pouco duradoura, sobretudo na população idosa, quando já havia estudos que demonstravam o contrário: mais de 90% dos vacinados têm níveis de anticorpos elevados, duradouros e os idosos respondem bastante bem ao estímulo vacinal.

Torna-se evidente que as Farmacêuticas tentam encontrar o mote para rentabilizar o investimento que fizeram. É o lado perverso deste processo, com a prioridade aos negócios a sobrepor-se à defesa da saúde pública. Seria de esperar que esta guerra se tornasse mais agressiva, quando aparecessem no mercado players a apresentar medicamentos curativos e profilácticos da Covid-19.

A OMS começou por desaconselhar a terceira dose de vacina. Mas, nos últimos dias começou a ceder um pouco, admitindo-a em pessoas imunocomprometidas.

Por cá, tivemos médicos com cargos institucionais a defender a terceira administração, sem apresentarem argumentos científicos válidos. Alguns têm ligações aos Laboratórios produtores de vacinas (o conflito de interesses foi acautelado?).

A comunicação social insiste em criar um ambiente propício ao consumismo, noticiando casos de reinfecções em vacinados, sem sublinharem que, nestas situações, a doença é menos grave; salientam ainda que as mortes acontecem em pessoas com idade superior a 80 anos, como se isso não fosse previsível.

Curiosamente, os utentes dos Lares, tão esquecidos na primeira vaga da pandemia, são agora instituídos como alvo prioritário para o reforço. É uma compensação tardia ou será porque estes idosos fragilizados não questionarão a medida? O povo diz que «quando a esmola é grande o pobre desconfia…».

O coordenador da Task Force manifestou-se contra o reforço vacinal. Coincidência ou não, o Organismo que tutelava foi extinto e o tão competente vice-almirante, louvado e elogiado por todos, saiu de cena pela porta das traseiras. Até parecia uma vingança do político incompetente e verborreico que substituiu.

Numa trapalhada política de baixo nível, Primeiro Ministro e Ministro da Defesa ficaram mal na fotografia. O Presidente da República terá acordado tarde e tentou suster os estragos.

Vale a pena ler a crónica de José António Saraiva no Nascer do Sol do último sábado: «Uma história mal contada». Segundo ele, Gouveia e Melo cessou as funções de coordenador da Task Force por se manifestar contra a administração da terceira dose de vacina. Porém, como não podia ser deixado à solta, correndo-se o risco de fazer revelações incómodas, davam-lhe o cargo de Chefe de Estado Maior da Armada, escorraçando o actual detentor do título, reconduzido há pouco.

Marques Mendes, um hábil frequentador dos bastidores políticos, referiu-se ao assunto na sua prédica de domingo: «a terceira dose de vacina é inevitável, porque há grandes pressões da Indústria Farmacêutica». Saberá muito mais sobre esta matéria, mas passou por ela como gato sobre brasas.

Não me custa admitir que venha a haver argumentos científicos para aconselhar reforços vacinais. Poderão ter de actualizar-se as existentes para enfrentar eventuais mutações do vírus, à semelhança do que se faz com o da gripe sazonal. Mas isto tem de ser ditado pela ciência e não por pressões ilegítimas.

Espera-se que o plano da vacinação, que tão bem correu até agora, não caia num pântano. Se isto acontecer damos argumentos aos negacionistas, que se remeteram ao silêncio perante a evidência científica, quem sabe se à espera de melhor oportunidade para ressurgirem.

 

Álvaro Carvalho, médico

Coordenador de estudos serológicos da OM

(12/10/2021)


Treta converseta

 


Hoje é dia da treta converseta. 

Passei cedinho com a mota pela bomba e lá estava: 1,999 €/L gasolina aditivada. Vinte euros já não dá para nada!

Todo lixado, enfiei a moleirinha dentro do capacete e dei comigo a pensar naquele vulcãozinho da Ilha de La Palma que, sozinho, já poluiu, em 25 dias, mais que todos os carros a diesel do planeta poluirão, nos próximos 100 anos. 

Logo a seguir, enervei-me por causa dos navios porta-contentores que mamam 300 toneladas de combustível por dia, o equivalente a 50 milhões de carros por ano. A raiva foi tanta que também me lembrei dos navios de cruzeiro. Sim, 

um navio de cruzeiro consome,  em 10 horas, tanto quanto 278 carros consomem num ano.

Eh pá! E quando me lembrei do A380, o maior avião de passageiros do mundo, a queimar 320 mil litros de combustível, para cobrir 15 mil quilómetros?Já nem quis pensar em todos os aviões, nos navios da marinha mercante e da marinha de guerra.

É a velha treta converseta da  descarbonização dos bolsos da malta!


Adérito Barbosa in olhosemlente.blogspot.com

Televisão manhosa

Estou a almoçar; tenho como companhia uma Televisão piolhosa que se chama SIC NOTÍCIAS.

Ora, a cabrona da pivot falou sobre as eleições de Cabo Verde e pasme-se! A pivot só mostrou cartazes dum dos concorrentes a Presidente de Cabo Verde, o Zé Neves, que é o tipo mais burro que eu conheço. Esse gajo, amigo do Balsemão, além de burro, tem a mania que  é engatatão e que nenhuma mulher lhe escapa…

Graças a Deus que a minha mulher não vive lá! 

A pergunta que se impõe colocar:

Então e os outros candidatos  não têm nenhuma referência na SIC Notícias?

Se esse gajo for Presidente, os cabo-verdianos terão no cargo o  que merecem:

 ⁃ Um Doutor analfabeto.


Adérito Barbosa in olhosemlente.blogspot.com

sexta-feira, 3 de setembro de 2021

Marinheiros de água doce

A GNR, cansada de caçar multas nas estradas, lembrou-se de ir jogar a batalha naval e espionar banhistas, quem sabe nudistas e multar os mais incautos…Encalharam a lancha de oito milhões, pensando que podiam estacioná-la nas rochas como fazem nas estradas, parando as viaturas descaracterizadas nas bermas, em clara infração, multando outros infractores

Adérito Barbosa in olhosemlente.blogspot.com


quinta-feira, 8 de julho de 2021

 



O meu avô Armando

É fácil falar do meu avô e jamais o esquecerei. Jamais esquecerei a sua simplicidade.
A sua determinação e dedicação à lavoura eram enormes e acreditava sempre que valia a pena semear, mesmo sabendo que não chovia porra nenhuma. O meu avô conhecia bem o cheiro da terra, os ventos e nunca conheceu o desespero da luta! Lavrava tudo à força da enxada. Era um homem silencioso, nunca o ouvi expressar qualquer lamento. Tinha por mim uma paixão especial. Cresceu do nada, trabalhou em Angola (quase como um escravo), como atesta o documento: “Pessoal contratado em Cabo Verde”. Regressou às terras de Cabo Verde, escravo da terra.
Nas férias escolares, depois da feira onde ia vender as sementes, eu ia com ele para Rui Vaz, passar uns dias. Como recordo os caminhos que percorríamos - eu em cima do macho em cima das sacas e o meu avô a pé! O macho sabia que transportava no dorso o neto do Sr. Armando e, talvez por isso, ia sempre certinho, com todo o cuidado, por aqueles tortos e íngremes caminhos de Santa Catarina para Rui Vaz, subindo a Serra do Pico da Antónia. Quase que me atrevo a dizer que o macho tinha o Gps na cabeça...
A alegria que o meu avô demonstrava, quando eu lá estava era tanta que, nos olhos dele se espelhava a felicidade. Das histórias que me contava guardo ainda viva memória e a sua vida tornou-se numa inspiração, pois as dificuldades reais que suportou não lhe conseguiram roubar a fé.
Sou um neto de sorte e com um grande legado pelo qual zelar. Ninguém se compara ao meu avô. Ele é único para mim!
Não há no mundo nenhum ser como o avô Armando, mais conhecido por Sr. Nonô.
Morreu surdo aos 104 anos!
Quarenta anos depois voltei à casa dele; o governo de Cabo Verde ao estilo africano, roubara-lhe uma grande faixa de terreno para fazer uma escola, sem nada dar em troca e, à boleia, um deputado cabrão, deputado da nação, também lhe roubou uma parte do cabeço para construir a casa de férias - vejam só - tendo sido o meu avô impotente para contrariar a situação!
A vida do meu avô passou ao lado dos netos que nem ao funeral foram!
Como dizia, quando lá voltei, o meu avô lá estava sentado, no lugar de sempre, no pátio de uma vida, a tomar ar fresco.
⁃ D. Etelvina, o meu avô como está? Onde está ele?
⁃ Olhe, ele está bem, mas olhe que já não fala nem ouve.
Aproximei-me dele - de olhos fechados, cabeça apoiada na bengala, como quem se quer ir embora desta vida, já que nem o ruído do mundo lhe atormentava a alma.
-Olá, Avô! Estás bom? Sou o Adérito, lembras-te de mim?
Abriu os olhos, abanou a cabeça, dizendo que sim e sorriu.
Dei- lhe um abraço ; outrora forte, agora frágil, apertei-o tanto que senti os ossos dele a quererem desorganizar-se.
A velha e leal companheira de sempre, a D. Etelvina, ofereceu-me cuscus com mel e fui sentar-me ao lado do meu avô.
⁃ Avô, era isto mesmo que eu gostava de comer, quando tinha dez anos! Este sabor a melaço de cana tem uma doçura que me chega á alma. Voltou a sorrir e endireitou as costas. Apesar de desperto, não disse nada!
Quando me despedi, o meu avô chorou.
Vinte anos mais tarde, a terrível notícia. Morrera aos 104 anos.
- Avô, sei que estás a lavrar as terras lá do céu, como o fazias cá na Terra. Guarda um pote de mel para mim e cuscus!
Quando aí chegar, quero ouvir as tuas histórias e andar novamente no teu macho, o tal que me levava certinho de Santa Catarina a Rui Vaz!

segunda-feira, 5 de julho de 2021

A História das boinas nas forças especiais



 A história das boinas nas forças especiais.


Dois gajos dos duros!!!


Camaradas Paraquedistas, ouçam este áudio da Audição Parlamentar de Defesa!

O Saju/Pq Sérgio Silva e o AlfMil/Pq Adão, fizeram mais eles pelos Páras e Comandos sozinhos do que todos Generais caças estrelas juntos.

Ouçam!


http://media.parlamento.pt/site/XIVLEG/SL2/COM/03_CDN/CDN_GT_A/CDN_GT_A_20210630_VC.mp3?fbclid=IwAR18wnguglQElV0uM4Bv6cEwlNpfIPwseXTZ1JY4KtPygMYH3EoR07cnlto


Adérito Barbosa, in olhosemlente.blogspot.com

domingo, 27 de junho de 2021

Deixa-os

 

ENQUANTO TEUS PAIS ENVELHECEM, DEIXA-OS VIVER …


“Deixa-os envelhecer com o mesmo amor que eles te deixaram crescer … deixa-os falar e contar repetidamente as histórias com a mesma paciência e interesse que eles escutaram as tuas quando eras criança … deixa-os vencer, como tantas vezes eles te deixaram ganhar … deixa-os conviver com os seus amigos, conversar com os seus netos … deixa-os viver entre os objectos que os acompanharam ao longo do tempo para não sentirem que lhes arrancas pedaços das suas vidas … deixa-os enganarem-se, como tantas vezes tu te enganaste … DEIXA-OS VIVER e procura fazê-los felizes na última parte do caminho que lhes falta percorrer, do mesmo modo que eles te deram a mão quando iniciavas o teu.”


Adérito Barbosa in olhosemlente.blogspot.com

sexta-feira, 18 de junho de 2021

Prioridades


Prioridades...

As grandes prioridades de investimento do governo de Cabo Verde, um país muito à frente!

Numa quente noite  tropical, lá para os lados da Achada-Falcão, teve lugar a inauguração duma unidade de produção de Grogue artesanal,  construída pelos chineses.
Pela noite dentro, já  de madrugada e entre uma soneca e a ressaca por uns quantos copitos de grogue enfiados no bucho, os governantes de Cabo Verde voltaram a entrar em transe e começaram a ter pesadelos: desta vez foi forte, que afinal era um velho sonho que há muito pairava  naquelas monas iluminadas - acabar com o parque automóvel de combustão interna em Cabo Verde até 2026 era uma prioridade governamental.
 Acordaram cedinho, a pensar no grogue, ainda o sol dormia e eles, os do governo, com a língua a saber a papel de música e com aquele bafo de bode velho com alto teor de álcool, aprovaram o quadro legal do maldito sonho. Aprovaram um decreto-lei - acabar com carros de combustão interna em Cabo Verde até 2026. Os assessores da juventude do partido tiveram o Bom senso de baixar o objectivo para 40%. Deixaram de fora os camiões, os navios, as centrais eléctricas, as motobambas das regas dos agricultores e os geradores de electricidade.
Eles querem é acabar só com os carros e assim limpar o mundo!
Para darem início ao maravilhoso decreto-lei, a fim de limitarem os carros de combustão interna, entre outras coisas, que fizeram então os gajos? Compraram  à pressa 28 Mercedes a diesel de alta Gamal, digo bem, 28 Mercedes; suponho serem  todos topo de gama, para os ministros e secretários de estado deambularem pelas Serras da Malagueta e Pico da Antónia.
Os membros do conselho  de administração do Banco de Cabo Verde souberam dessa extraordinária ideia, gritaram também, puxaram pelos galões e reclamaram para eles mais 8 Mercedes, um para cada um dos seus  membros.
Como nunca fui aluno brilhante,  ao contrário de muitos que abundam lá em baixo na província; como sempre convivi com o pesadelo de aluno de estudo acompanhado, ou seja, tive que aturar os professores horas extras nas salas de estudo, porque a minha cabeça não dava para mais; como, apesar de burro, nunca me senti culpado de ter nascido com inteligência de macaco, com este meu conhecimento de merda fui buscar uma tabuada e comecei a fazer umas continhas de somar com os dedos como sempre fiz! Somei 28 
Mercedes para o governo, mais 8 para os membros do conselho de administração do banco: essa coisa deu exactamente 36 Mercedes, o que é  obra, para um país que nem dinheiro tem para cuidar da saúde dos seus cidadãos e anda de mão estendida, qual pedinte profissional, a pedir vacinas aos outros países.

O governo de Cabo Verde pediu então, 25 milhões de dólares ao Banco Mundial, no quadro de empréstimo para aquisição das vacinas. 
Mandou “mantenhas” a Portugal pedindo vacinas e  recebeu em troca 30 mil vacinas. 
Mandou um e-mail em 5G ao governo chinês, e prontamente este, que só dá um chouriço a quem lhe der um porco, com muita ternura e sorriso amarelo enviou 50 mil doses.
A Hungria, que ouviu o gemido das dores e das tosses, meteu num avião 100 mil doses e enviou-as prá terra do guinéu Cabral!! Só espero que os chineses não tenham posto, no contrato, ficar com parte do território, como fizeram quando emprestaram dinheiro ao Montenegro!

Consta que a Ilha do Sal, através do turismo local, arrecadou nos últimos dez anos, em média, 308 milhões de euros por ano. 
Voltei a pegar na tabuada e no lápis e comecei a contar pelos dedos, como  sempre fiz na vida e, se não me enganei, concluí o seguinte:
1%  de 308  milhões euros  dá  3,08 milhões. 
Essa verba daria para acabar com as casas de lata da Ilha do Sal e proporcionar melhor qualidade de vida aos salenses.
Como a Ilha do Sal não vê um tostão do dinheiro que produz com o seu turismo, eis a pergunta que se impõe: - Onde pára o dinheiro, que destino o governo deu ao dinheiro?
Agarrei-me à fórmulas das probabilidades e concluí que o país, em comparação com os outros países tem o tamanho do meu quintal. Para quê, então, tantos ministros?
28 ministros, 36 Mercedes diesel , 1 alambique de grogue chinês, rede 5G, casino chinês, com muita população ainda analfabeta, com assassinatos ao ritmo do pão nosso de cada dia, com o krioulo com (K) dentro das escolas, com governantes que não sabem falar nem escrever a língua oficial do país, fico muito aprensivo!
 Em terra de cegos, quem tem um olho é rei! Será mesmo isso???
O povo sem conhecimento não exige, venera!

Adérito Barbosa

sexta-feira, 11 de junho de 2021

Galhofa total


Convencido que a KGB não sabia do paradeiro dos activistas anti-Putin, Portugal resolveu dar uma ajuda, enviando para o efeito os dados pessoais dos activistas russos refugiados em Portugal  para a Embaixada Russa e para o Ministério dos Negócios  Estrangeiros Russo, numa cartinha elaborada.

O Governo português enviou aos activistas um E-mail, mas esqueceu de apagar os endereços de e-mail da Embaixada russa em Lisboa e do Ministério dos Negócios Estrangeiros russo para onde tinha enviado as informações deles.

Os activistas convencidos que a KGB nunca soube do paradeiro deles, agora denunciados entraram em pânico.

Os jornalistas portugueses que estavam calados desde Abril, sabe-se lá porquê, sentiram o cheiro a cadáver, montaram à pressa barraca à porta da Câmara de Lisboa.

O Edil veio rápido a pedir desculpa e confirmou que a Câmara era agente da KGB ou seja, um bufo!

Até aqui nada a estranhar, tudo coisas de português.

O caricato desta história aconteceu quando o Ministro dos Negócio Estrangeiros português, veio dizer para os activistas ficarem descansados porque ele já pediu ao governo russo para apagar as informações enviadas de portugal por engano!

O pedido de apagão, dá vontade de rir, não dá?


Adérito Barbosa in olhosemlente.blogspot.com

segunda-feira, 31 de maio de 2021

Marquises de Lisboa e outras mariquices

Eu pensava que uma marquise construída numa varanda ou no telhado de um prédio era assunto entre o condomínio e o construtor da marquise; ou entre eles e a Câmara Municipal.

De facto eu não sabia que era assunto de jornaleiros e arquitetices.

A Tv portuguesa anda toda ela louca, doida até, toda ela entusiasmada com a marquise do Ronaldo e o preço que o andar custou!

Imaginem se o Ronaldo tivesse roubado o dinheiro, imagine-se se ele tivesse o dinheiro no BPN, no Novo Banco ou no Velho Banco!!!

O dinheiro é dele  e ele gasta-o como quiser, pois ganhou-o com o seu trabalho, talento e suor, ao contrário de muitos que o ganham naquela vidinha... na estufa fria!

Agora, ver Jornaleiros a meterem-se na vida privada das pessoas é coisa nojenta!

A notícia sobre a “marquise” do Ronaldo é orgasmo que os jornaleiros e arquitectónicos estão a tentar ter dentro de uma banheira de gelo.

Quem são os jornaleiros, nós todos já sabemos; quem são os arquitectónicos, poucos sabem, excepto os engenheiros!

A saber:

- Quando um aluno entra para o Técnico para estudar engenharia, a primeira coisa que aprende é a diferença entre um engenheiro e um arquitecto.

Aprende-se então, que um 

arquiteto é um ser um tanto ou quanto parecido com o homem. Não tem tomates para ser engenheiro, mas também não é suficientemente maricas para ser um decorador.

Aí está a razão para tanta gritaria dos arquitectónicos sobre a marquise.

Se os jornaleiros e arquitectónicos tivessem tomates para ganhar dinheiro como o Ronaldo ganha, estariam todos certamente preocupados, mas com o pagamento do condomínio deles a tempo e horas!

Será ciúmes??? Ciumeira entre maricas costuma ser coisa forte!

segunda-feira, 17 de maio de 2021

Vida chata


Há duas versões no mundo sobre o exército israelita.

Uma é aquela que todos nós ouvimos, sobretudo das bocas dos opinadores da comunicação social portuguesa e a outra é uma versão verdadeira de que quase ninguém fala!

É sobre a versão verdadeira que quero debruçar-me.

O exército israelita, em combate, faz mais do que qualquer outro exército para proteger a integridade e os direitos civis do inimigo.

Isso é assim, porque Israel é um país decente com valores ocidentais;  não tem interesse em guerras e, na realidade, nunca começou nenhuma guerra por sua iniciativa. A razão que leva Israel a ir para uma guerra é sempre para se defender - é essa a verdade!

E tem que se defender porque é o único país no mundo cercado por países e grupos armados financiados por outros tantos países que o querem destruir e empurrar para dentro do Mediterrâneo.

O exército israelita é composto por soldados e cidadãos comuns. É um país pequeno, mas o seu exército é altamente profissional.

Para fazerem a guerra, os israelitas dependem dos seus recrutas e dos seus reservistas. De engenheiros a médicos, de taxistas a canalizadores, todos são chamados a defender as suas casas. Os israelitas não querem lutar nem querem prejudicar os outros e em nenhum lugar a moralidade e a decência da IDF foi mais evidente do que na guerra de Gaza de 2014. Se alguma vez houve uma guerra puramente defensiva foi essa! Essa guerra foi iniciada pela organização terrorrista Hamas, reconhecida como tal, há muito, pelo Departamento de Estado Norte-Americano!

Nos primeiros seis meses de 2014 o Hamas lançou centenas de foguetes fornecidos pelo Irão sobre a população civil israelita.

A força área israelita entrou em ação e começou por destruir uma rede de túneis que o Hamas utilizava para atacar os civis das cidades perto da fronteira de Gaza.

O exército tomou medidas para avisar os civis de Gaza, informou quais eram os alvos e o tempo que tinham para se afastarem. Lançaram milhares de panfletos, mensagens na rádio, telefonaram para as casas das pessoas para abondonarem a zona. Nunca, na história das guerras, houvera quem fizesse esse trabalho!

Muitas operações que podiam riscar o Hamas do mapa para sempre foram abortadas, simplesmente para pouparem a vida dos civis de Gaza, aumentando com isso os riscos para os soldados e cidadãos israelitas.

Apesar dessas cautelas, muitos civis e crianças foram mortos com erros de cálculo. Os erros de cálculo numa guerra não são crimes de guerra. É com as imagens das crianças que o Hamas faz a propaganda!

Por outro lado o Hamas comete crimes de guerra como política oficial do governo . O Hamas deliberadamente posiciona as suas forças e armamento dissimulados no meio da população civil, escondem armas nas escolas, nos hospitais e lançadores de foguetes nos quintais dos apartamentos e forçam os civis a ficar em locais que sabem, à partida, que serão atacados.

Eles também instruíram o povo a relatar mentiras, dizendo que toda a pessoa morta em Gaza é civil, mesmo que se trate de facto de um combatente. Se não houvesse mortes civis, o Hamas  inventá-las-ia certamente.

Contudo, há montes de “sites” na internet que mostram os Palestinianos a arquitetar cenas de vítimas de franco-atiradores israelitas, de ambulâncias destruídas ou de crianças deitadas no chão, pintadas de vermelho, fingindo sangue.

Há um termo muito conhecido no mundo “Palewood”, o Hollywood da Palestina, à conta dessas encenações.

Desta vez Israel utilizou um engodo brutal. Avisou por rádio, como sempre faz, que iam dar início à invasão terrestre.

Os tipos do Hamas enfiaram-se nos túneis como toupeiras, os tais túneis conhecidos por Metro de Gaza para se esconderem.  A Força Aérea, com as suas bombas “Bunker Buster” e as suas máquinas infernais, fez o trabalho de sepultar guerrilheiros vivos dentro do Metro.

Não há guerra limpa. Toda a guerra é suja. No meio de tanta desumanidade e sujidade que existe numa guerra, Israel consegue fazer das guerras nas quais é obrigada a participar as mais limpas, em relação ao que todos os outros países fazem.

Atirar “rockets” indiscriminadamente sobre as cidades israelitas mereceria ou não um protesto forte do Bloco e do PCP ou não?

70 anos a defender deve ser muito chato. É essa a vida dos Israelitas!

Vida chata, defender, defender e defender!


Adérito Barbosa, in olhosemlente.blogspot.com

segunda-feira, 26 de abril de 2021

Surreal

A nomeação do Irão para integrar a Comissão sobre o Estatuto da Mulher é uma brincadeira de mau gosto.


“Eleger a República Islâmica do Irão para proteger os direitos das mulheres é como escolher um incendiário para chefe dos bombeiros”, diz Hilel Neuers, da  UN Watch.

Para engordurar a Comissão, também enfiaram lá o Paquistão para que a coisa ficasse mais oleosa e viscosa - dois assentos a dois países que tratam as mulheres abaixo de cão é uma brincadeira de muito mau gosto!

A ONU é um templo de vendilhões, uma organização sem sentido, que se tornou na mais bonita máquina de triturar dinheiro e há muito tempo centro mundial da hipocrisia!

Quantos de nós gostaríamos de ver as nossas mães, irmãs,filhas e netas a serem tratadas como são tratadas as mulheres no Irão e no Paquistão?


Adérito Barbosa, in olhosemlente.blogspot.com


sexta-feira, 23 de abril de 2021

Eu vou fugir prá Ilha


Este país é para doidos.

A noite passada adormeci no sofá e às tantas da madrugada acordo com o barulho das luzes e deparo com os tipos do Eixo do Mal a falar sobre inseminação pós-morte. Tal como eles,  também eu fiquei atordoado.

Está tudo doido, está tudo doido...

Então esses políticos querem pôr os mortos a foder?

Olha, se calhar é uma coisa boa para mim.

Quando eu morrer, eles que me masturbem e fabriquem filhos meus, criem-nos, sustentem-nos , mas não se esqueçam de os pôr na escola, que ficarei grato por me manterem teso mesmo morto.


Outro assunto que também me tirou  o sono!

Agora os juizes querem propor leis para eles próprios julgarem?

Querem incriminar  o enriquecimento ilícito.

Pergunto também: então para quando é que os juizes propõem uma lei para se acabar com o empobrecimento ilícito dos Portugueses.? Afundei-me de novo no sofá, dei mais uma volta. Afinal

 essa coisa de fazer leis não é função da Assembleia?

Quem foram os tipos que votaram nos juizes, pá?


Adérito Barbosa in olhosemlente.blogspot.com


A propósito dos juizes, ontem o STF do Brasil considerou o juiz Moro, o tal que veio a Lisboa ao congresso do Estoril ensinar os juizes portugueses a trafulhar, dizia eu, considerou o juiz Moro ladrão.

Temos cá alguns parecidos com ele, acho eu!


Bom fim de semana!

domingo, 11 de abril de 2021

Petição num Envelope


 Petição num Envelope 

Com a devida vénia a todos os que se têm pronunciado em diferentes locais e meios, peço desculpa por vir poluir a água de tantos comentários, remando em sentido contrário à maré e por vir colocar a presente questão num patamar racional,  fugindo ao que chamamos de seguidismo.

Vou chocar alguns com o meu olhar  sobre o assunto em apreço.


Eu não li nenhuma das 7.000  páginas do processo ou coisa parecida, não analisei nem confrontei as provas. Mesmo que as tivesse lido, não entenderia nada do assunto, porque não sou jurista.

Demoro em média 19 dias a ler um livro de 160 páginas. Como não sou dotado de grande inteligência, por vezes leio mais do que uma vez determinados capítulos, para entender melhor.

Com tanto barulho que se ouve, o que desejo é que todos aqueles que andam por aí com carneiradas, se algum dia tiverem problemas com a justiça, o que desejo (repito) é que fiquem entregues ao livre arbítrio da corja  dos Procuradores, que lhes seja vedado o acesso ao juiz natural e que fiquem entregues ao juiz Carlos Alexandre, ou a algum do género e desejo ainda que vejam as suas vidas, a vida dos seus familiares nos ecrãs das televisões 24 sobre 24 horas e tenham também a CMTV, com as tendas montadas meses a fio, à sua porta e das suas famílias.


Eu sei, devo ser um dos pouquíssimos portugueses que não leu o processo e não percebe nada de justiça. Não conheço o código do processo penal, nem seria capaz de o interpretar.


Mal está o nosso país, ao ver a justiça ser tratada desta maneira pelos entendidos do facebook. Ninguém é capaz de entender que a justiça não é o que pensamos que é! Mas também não é a justiça que o Ministério Público promove.


Não  faz muito  tempo que, na escola onde andei a aprender, estudámos o  “Basismo”.

Poderei dizer, em poucas palavras, em que consiste e o seu significado: no dia seguinte a uma revolução, o porteiro duma empresa acha-se super importante, pensa que também é dono da empresa e começa a mandar e a  imitar o administrador que acabaram de  sanear.


Nós, os militares, fomos incapazes de tomar conta das nossas vidas dentro do quartel, deixámos que fizessem de nós uns palhaços e agora estamos todos armados em fortallhaços justiceiros de pacotilha, contribuindo de uma forma miserável, para tornarmos mais miserável a miserável justiça portuguesa, começando pelos Procuradores, passando pelo super juiz Alexandre até à inacreditável trafulhice no sorteio da atribuição dos processos.


Num país onde há gajos a aplaudir um juiz, é porque alguma coisa vai mal no reino!


Eu não quero saber se o Sócrates é ladrão, corrupto, benfeitor ou honesto. O que sei é que todos os cidadãos que cometam crimes devem ser julgados e punidos, sejam eles Sócrates, Adérito Barbosa, meu pai, minha tia, meu filho ou Papa!

Não tenho culpa de ser burro e pouco iluminado; do que ouvi da boca  do juiz, fiquei com a ideia de que o MP quis julgar um regime no seu todo, num acto verdadeiramente persecutório. Gastaram milhares e milhares de euros ao erário público, construíram uma narrativa e segundo o juiz muitas das coisas eram fáceis de provar, mas eles foram incompetentes. Foi isso que entendi! Entendo também que em qualquer empresa, quando se gasta tanto dinheiro e se demonstra incompetência no trabalho, alguém tem que ser responsável e sofrer as consequências...


Quanto à indignação da malta e falo somente para os meus camaradas de armas, nós devemos estar indignados com tamanha incompetência do MP - essa é que é a verdade. O resto são carneiros com guizos ao pescoço a caminho do prado. 

Não me enviem petições para eu assinar, a favor deste ou daquele juiz, porque senão  limpo o rabo,  meto-as num envelope e mando-as de volta ...

Barulho, muito  barulho, nada mais do que isso!


Adérito Barbosa in olhosemlente.blogspot.com

sábado, 10 de abril de 2021

Coincidências entre VACINAS E TICÃO

 Coincidências entre VACINAS E TICÃO  


"O laboratório biológico chinês em Wuhan é propriedade da Glaxosmithkline, que é proprietária da Pfizer!"  A tal que faz a vacina contra o vírus, o tal segundo dizem - acidentalmente iniciado no Laboratório Biológico de Wuhan e que por coincidência é financiado pelo Dr. Fauci, que por coincidência promove a vacina!

  "A GlaxoSmithKline é coincidência administrada pela divisão de finanças da Black Rock, que por coincidência gere as finanças da Open Foundation Company Soros Foundation, que mais uma vez por coincidência gere a francesa AXA!

  “Soros” por coincidência é dono da empresa alemã Winterthur, que por coincidência também construiu um laboratório chinês em Wuhan e foi comprada pela alemã Allianz, que por coincidência outra vez tem como acionista a Vanguard, que mais uma vez por coincidência é acionista da Black Rock,  que por coincidência controla os bancos centrais e administra cerca de um terço do capital de investimento em todo o mundo.

  A "Black Rock" também é por coincidência uma grande acionista da MICROSOFT, de propriedade de Bill Gates, que coincidentemente é acionista da Pfizer a tal que “Vende” uma vacina milagrosa.

Por coincidência é o primeiro patrocinador da  'WHO!”

Por coincidência, por cá o Juiz Ivo Rosa mandou extrair uma certidão para investigar a máfia nos sorteios no TICÃO.

Adérito Barbosa in olhosemlente.blogspot.com

domingo, 28 de março de 2021

O tabuleiro está a inclinar devagar para os lados da China e Rússia.


Depois de um soco prolongado no fígado, com desmantelamento da arcada dental, desferido por Putin, fazendo dos Estados Unidos um boneco de pano durante o treino na miserável cimeira do Alasca,  o ministro das relações exteriores da China convidou o ministro dos negócios estrangeiros da Rússia, Serguei Lavrov,  a visitar a China. O encontro deu-se  em Guilin, uma cidade do sul da China conhecida pela sua paisagem única no mundo. 

No centro da cidade há  dois lagos - Shanhu (Cedro) e Ronghu (Figueira) - remanescentes de um fosso da era medieval, que cercava a cidade, onde os barcos navegam por meio de rios que os interligam. Nas margens do lago Cedro, os pagodes gémeos, chamados de Sol e Lua, iluminam o céu à noite.  Foi nesse maravilhoso cenário que se deu o encontro China-Rússia, antecedido de um superbanquete, oferecido num navio ao largo do rio Li , em contraste com a miserável tasca que os americanos disponibilizaram no Alaska aos Chineses.

No encontro  sino-russo foi desenhada uma  nova arquitetura internacional de comércio e de pagamento entre os países euro-asiáticos, que passa ao largo do dólar, expandindo-a para as novas rotas da seda, marítima e terrestre, incluindo uma moeda para pagamento de petróleo, coisa que Kadhafi  já havia pensado fazer entre os países árabes, para se libertar da escravatura do dólar. 

Em resposta a essa ideia doida de Kadhafi, os americanos promoveram a primavera árabe em todo o Médio Oriente; derrubaram os líderes árabes, estrangularam a área geográfica e  fizeram da região terra queimada, obrigando os árabes a esquecerem rapidamente a ideia de uma nova moeda de referência para o comércio do petróleo, promovido por um suspeito abraço de gibóia dado pela França aos governantes de Trípoli. Ficou fácil de ver: salvaram os “Acordos de Bretton Woods”(regras estabelecidas em julho de 1944 para as relações comerciais e financeiras entre os países mais industrializados do mundo), em resultado da supremacia dos americanos na Segunda Guerra Mundial.


Voltando à actual situação:  sempre que há negociação entre os chineses e os americanos aquilo nunca dá em nada. A máquina de propaganda americana coloca no meio do dossier, disfarçado, um papel rascunhado, lembrando os direitos humanos e as atrocidades da China sobre o seu povo, o que afinal  não passou quase tudo de “fake news”, espalhadas por um maluco alemão, antropólogo,  de seu nome Adrian Zenz, que se tornou no maior aldrabão da história, com o seu estudo rocambolesco sobre os campos de internamento de Xinjiang e o genocídio.

Com a mais que provável criação da união monetária euro-asiática, vê-se crescer, em paralelo, uma outra forma de pagamento no comércio internacional, incluindo o pagamento do gás natural, do petróleo e da indústria pesada. Com isso, a ordem mundial vai-se alterando aos poucos.

Por cá, a jornalagem continua entretida com merdices e ninguém sabe de nada. 

Quando rebentar um conflito, vão mil entendidos à televisão botar faladura de coisas que aconteceram e de que ninguém falou, nem ouviu falar...


Adérito Barbosa in olhosemlente.blogspot.com

sexta-feira, 26 de março de 2021

Analfabetos e ignorantes, precisam-se

Enquanto os jornalistas e as TVs andavam entretidos com viúvas putas, amantes,  balas, plantações de invólucros na banheira, cartas de amor de uma presioneira e outras patetices do costume dos nossos jornaleiros, para a criação de mais uns quantos  anafabetos no nosso país, aconteceu, em paralelo, a cimeira do Alaska entre os quatro grandes: Japão, China, Rússia e Estados Unidos.

Os americanos montaram um cenário do mais miserável, alguma vez concebido no plano da diplomacia entre estados. Alojaram os chineses num hotel indigno de nível baixo - 2 a 3 estrelas - e os chineses comeram, em pratos de plástico, uma massa choca igual àquela que a Matilde fazia, quando se dedicava  à culinária, aos doze anos. Ninguém comia aquela intragabilidade.

Os americanos informaram a China de que vão montar uma cortina de  bateria de mísseis em forma de porco-espinho, para travar a expansão dos chineses nas ilhas do mar da China.

Conhecendo minimamente a geografia daquela zona, isto seria equivalente a que os chineses montassem no mar do Caribe baterias de mísseis para evitar o expansionismo dos americanos.

Não vou usar nomes nem outras questões sobre a cimeira do Alaska, vou apenas debruçar-me sobre a resposta que Putin,  Presidente da Rússia, deu à jornalista que o entrevistou.

Instado a responder à acusação que Joe Biden lhe fez, chamando-o de assassino e que iria pagar um preço por isso, Putin respondeu:


 ⁃ Em relação à declaração do meu colega Biden, nós conhecemo-nos  pessoalmente e o que eu lhe responderia é que tenha saúde; eu desejo-lhe saúde - digo-o sem ironia ou brincadeira. 

Em segundo lugar, se eu falar mais amplamente sobre o tema, sabemos que em cada povo e estado existem muitos eventos dramáticos e sangrentos.  Avaliamos outros estados e outros povos como se estivéssemos a olhar-nos ao espelho;  acabamos por nos vermos nele e atribuímos aos outros aquilo que compõe o que de facto somos. Lembro-me da minha infância, no pátio, quando discutíamos uns com os outros, dizíamos - Cada um chama ao outro aquilo que ele próprio é!  Isto não é só uma brincadeira de criança, não. O sentido desta frase é profundo e psicológico;  vemos sempre  nas outras pessoas as nossas qualidades e pensamos que elas são iguais a nós,  julgamos os seus actos e formamos uma opinião sobre elas. O povo americano, em geral, tem muitas pessoas dignas, honestas e inspiradoras que querem conviver connosco em paz e amizade.  Sabemos disso, valorizamo-lo e vamos contar com elas no futuro. Em relação ao estado americano, a classe governante baseia-se em questões conhecidas, nenhuma delas simples. A tomada do continente americano pelos europeus foi seguida pelo extermínio da população nativa, um genocídio, um verdadeiro genocídio das tribos indígenas. Depois veio o grande e duro período de escravidão, muito cruel. Tudo isto ao longo da história, até aos dias de hoje acompanha a vida dos Americanos. De onde veio o movimento Black Lives Matter? Isto mostra que este tema ainda tem importância. Até hoje os afro-americanos enfrentam as injustiças e o extermínio. É governando com tais ideias que a classe governante americana resolve problemas internos e externos, pois os Estados Unidos foi o único país que usou armas nucleares contra um país não nuclear, contra o Japão, no final da Segunda Guerra, contra Hiroshima e Nagasaki. Não havia nenhuma necessidade militar disso, isso foi um extermínio directo da população civil! Mas porquê, digo eu, isso? Porque sei que em geral os governos americanos tencionam  relacionar-se connosco somente nas questões onde onde há interesse deles e somente sob as condições deles. Eles pensam que somos iguais a eles. Nós somos diferentes, temos no nosso código genético  cultura e moral. Mas sabemos defender os nossos próprios interesses e vamos trabalhar com eles nas áreas em que temos interesse e nas condições que achemos vantajosas para nós.

 Eles vão ter que aturar isso;

 eles vão ter que aturar isso. Apesar de todas as tentativas de travarem o nosso desenvolvimento, apesar das sanções e insultos vão ter que aturar isso!

Enquanto isso, os jornaleiros portugueses continuam a publicar peças processuais à porta dos tribunais, a enganar a gente, ora com covid-19, ora com tiros e facadas!

Adérito Barbosa in olhosmlente.blogspot.com



quarta-feira, 17 de março de 2021

O que é um homem?



Um homem é o ser mais lindo 

que brotou da natureza.

Ele gasta a massa do seu bolso 

nas passeatas, almoços, jantares e  presentes para a mulher que ama.

Ele faz de tudo só para a ver sorrir

e não pede nada em troca. 

Trabalha como uma mula 

e nunca reclama cansaço.

Ele constrói o futuro da família 

com empréstimo bancário 

que o perseguirá para o resto da vida, 

no fim os filhos dão-lhe chutos no rabo.

Ele luta muito o dia inteiro -

ouve as ameaças do chefe no trabalho,

atura a GNR nos auto-Stop, e paga multas sem tossir.

Chega a casa com a cabeça em água

e ainda consegue

aguentar os gritos dos filhos,

os gemidos da mulher na cama,

Atura as bocas foleiras da sogra 

e  aguenta com paciência o chato do sogro Lampião que não se cala com o Benfica.

Sabe de cor a enciclopédia das doenças da mãe dele. 

Se ele sair à noite sozinho, é vadio.

Se ficar em casa, é um preguiçoso, 

um cu mole.

Se pega com os filhos, ele é um monstro.

Se não chateia os filhos, é irresponsável e não gosta dos filhos.

Se não quer que a mulher trabalhe, 

é inseguro e controlador.

Se ela trabalhar e ganhar mais 

é um sustentado, um chulo.

Se responder inergicamente às insinuações da mulher, é violência doméstica!

Se ouvir a mãe, 

é um mimado, um filho da mamã, um sem personalidade.

Se deixar a mulher esticar-se, ele é um frouxo.


se resistir é maricas.

Se não apreciar os jeitinhos dos paneleirores amigos da mulher, é homofóbico.

Se olhar para as pernas das amigas da mulher é um sem vergonha.

Nunca alega dor de cabeça 

para fugir às suas responsabilidades.

Compreende como ninguém as dores de cabeça da mulher.

Se adormecer no sofá é porque tem outra em mente.


Copiado e editado.


Adérito Barbosa in olhosemlente.blogspot.com

domingo, 7 de março de 2021

Não deixes que anunciem a minha morte



Sonhar acordado não chega 

não basta porque nem dá pra acreditar

Essa que não pára de crescer

é uma história que sabia complicada.

E eu não sabia bem porquê 

nem mesmo o porquê.

É um fardo da culpa  

que eu carrego na alma, 

me encolhe

e me verga de cansaço.

É uma dor dos diabos a que sinto...

É a maldade do tempo 

a fazer das suas.

Quis que te afastasses de mim

e eu não consigo dormir.

Fantasmas trauteiam um blues 

acelerando o compasso

é um tormento...

Sinto-me frio com esta solidão...

Deitado na cama

de olho na quinzena do terço

e de telefone na mão

sei o que te quero pedir.

Não me deixes só!

Bastava-me ouvir-te.

Mas a esta distância não dá!

E era real, tudo é irreal, mas eu fui quem inventou as memórias

do teu cabelo a branquear 

esperava saber desenhar um dia 

as tua rugas assim que surgissem.

Estudei pintura para pintar os teus cabelos de branco 

ainda estou à espera, confesso,

de ver-te subir as escadas da estação outra vez.

Foi o tempo com a  sua maldade

quis que fosse assim!

Nublou a forma como subias em mim 

revi os segredos que já não 

são meus 

mas que me pertenceram

e senti saudades...

Tenho palavras não ditas engasgadas ...

esta paixão é antiga e o tempo nunca a apagou.

E quando chegam as noites e  eu não consigo dormir - são sempre iguais... não consigo!

Com telefone na mão sei que não ligas mais, mas fico com ele na mão

nesta e noutras noites.

Nem a televisão ligada 

faz adormecer a espera. 

Olho o tecto com telefone na mão 

e tu não chamas.

Apetece ligar, mas não tenho forças 

para ouvir “o número para a qual ligou, está desligado, deixe mensagem”

Só queria pedir,

- não deixes que anunciem a minha 

morte nas redes, nem nos jornais!

Se não estás, 

então quero morrer sozinho

como nasci!


Adérito Barbosa in olhosemlente.blogspot.com

sexta-feira, 5 de março de 2021

Ausência

 


Se eu não estiver mais aqui

não me procures se as aves não regressaram

ou se os poentes se tornaram indecifráveis

Não questiones o tempo que foi meu

nem as palavras escondidas nos meus seios

e carregadas pelos meus ombros famintos

Se eu não estiver mais aqui

no local onde os lábios são sangue

e as pernas se entrelaçam sequiosas

nesse tempo onde os olhares se canibalizam

e os ventres se guerreiam ardendo

perceberás que eu só sou, se tu fores em mim

e este mundo só foi nosso porque nos demos.


© Margarida Piloto Garcia.

terça-feira, 2 de março de 2021

O juiz modelo da justiça portuguesa. Conheçam-no!

 


O juiz modelo da justiça portuguesa. Conheçam-no!

O Supremo Tribunal Federal do Brasil considera que a condenação do ex-Presidente Lula da Silva, foi a maior fraude de que há memória no mundo judiciário - comprovadamente foi uma cabala horrorosa.

Não é fácil explicar a alguém que chega ao poder através de determinado  método, que isso não o mantém nessa posição de poder. Os tempos mudam, os métodos também e a  história pode tornar obsoletos os processos que o levaram ao poder. 

É por isso que os poderosos ascendem alto, chegam ao topo e depois caem como se estivessem  ancorados em estacas de sal à mercê da maré.

Sempre que ouço gritos histéricos do povo a elevar um juiz a herói ou a santo, fico de pé atrás.

Quando o famoso juiz da operação Lava Jato no Brasil foi convidado a participar numa conferência no Estoril,  VII Fórum Jurídico de Lisboa e foi  confrontado com uma entrevista dada pelo Ex-Primeiro-Ministro português Sócrates ao Canal da TV Migalhas, em que chamou  ao juiz Sérgio Moro, activista político, juiz perseguidor, justiceiro primário e juiz malandreco, Moro disse que não respondia a criminosos.

Os jornalista portugueses ficaram felizes, colocaram o Juiz Moro num pedestal lambendo-lhe as botas e foi uma festa nos noticiários.

Sempre detestei juízes mediáticos e fiquei de pé atrás; achei aquela vozinha dele irritante,  não olha ninguém nos olhos, o que já é indício de qualquer coisinha.

Afinal eu tinha razão quando escrevi a crónica “ E Agora Moro?” estando eu na altura bastante seguro de que ele era trafulha.

Na sentença que escreveu no processo Lava Jato, que condenou o Lula da Silva, o ex-Presidente do Brasil, afirmou que não tinha provas, mas que tinha sérias convicções da culpabilidade do réu.

Entretanto um hacker, género Rui Pinto, de seu nome Walter Delgatti Neto, pirateou os telefones dos Procuradores que compunham o grupo “task force” do Lava Jato e do próprio juiz; acedeu à box da Telegram, aplicação russa similar à  do WhatsApp assim como todo o correio escrito, áudio,  imagens e vídeos que trocaram à margem do processo, numa paródia miserável.

O juiz, o tal que veio a Portugal chamar criminoso ao nosso ex-Primeiro-ministro revelou-se um canalha, um filho da mãe, um juiz pulha que dava informações e instruções ao Ministério Público, mandava substituir Procuradores

por outros nos julgamentos, mandava acrescentar documentos forjados ao processo perseguia os arguidos do Lava Jato em perfeita comunhão com o procurador Deltan Dallagnol, tudo em nome da agenda política que ambos estavam a desenhar - e até se deram ao luxo de investigar os Juizes do Supremo Tribunal Federal e suas famílias.

O Deltan sonhava ser PGR e o Sérgio Moro juiz da STF, passando primeiro a ministro da justiça.  Eles organizavam manifestações populares através do “Mude”  e mandavam gente para a rua gritar contra o Lula. Davam palestras remuneradas, enriqueciam, não acusavam nem este nem aquele para não melindrar amigos, como foi o caso do ex Presidente Fernando Henrique Cardoso; enviaram parte do processo para a Globo para esta intoxicar a opinião pública intencionalmente. Havia 12 jornalistas residentes junto dos procuradores para levarem as peças processuais  no para os jornais tal como acontece por cá com a CMTV e Correio da manhã.

Nas conversas privadas fora do processo, Moro confessa que o Ministério Público não tinha provas contra o Lula, mas que o podiam acusar, que ele iria dar um jeito. 

Sérgio Moro, ex Juiz está na eminência de ser preso, por abuso de poder e fraude judicial.

Aqueles que convidaram Sérgio Moro a vir dar palestras a Portugal ainda não abriram a boca; nem jornais, nem as televisões que o trataram como se um Deus fosse fizeram qualquer manchete.

Estão calados. 

Sobre o juiz mafioso, que veio ao Estoril (VII Fórum Jurídico de Lisboa) ensinar os portugueses como aldrabar nos julgamentos, como perseguir as vítimas, como destruir empresas, como pôr na miséria milhares e milhares no desemprego, nem uma palavra dos jornaleiros nem dos juizes amigos portugueses, nem dos procuradores nem dos advogados.

Tantos paineleiros e ninguém fala no assunto, porque será? Teria o Moro ensinado alguma coisa aos nossos.

Adérito Barbosa in olhosemlente.blogspot.com

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2021

O Covid emboscou um herói


 O Covid emboscou um herói


Faleceu hoje, vítima de COVID, um dos nossos,  de seu nome Marcelino da Mata, Ten/Coronel, um dos fundadores dos Comandos que era o militar mais condecorado do Exército Português.

Deixou-se apanhar pelo covid-19.

Todos nós tínhamos um carinho especial por ele.

Aqui fica a minha homenagem. 

Descansa em paz, Marcelino!


Adérito Barbosa

terça-feira, 9 de fevereiro de 2021

Eu tinha lá culpa que elas não tivessem ouvido prá música...



Kashmir  é uma das canções mais extraordinárias dos Led Zeppelin, talvez uma das mais bonitas de sempre do rock progressivo. Pelo menos, o álbum Physical Graffiti foi o que mais vendeu em todo o mundo.

A letra foi escrita no deserto do Saara pelo vocalista Robert Plant.

Kashmir é o nome de uma  região a norte da Índia, disputada pela China, Índia e Paquistão há mais de mil anos  e ainda hoje é motivo de conflito entre os três países.

A versão Rock (original) desta canção é extraordinária;  vai em crescendo, sempre em apoteose, até ao desespero final.

Esta  versão com a Orquestra Nacional do Egipto também ficou fabulosa.

Para se entender a letra desta canção, é necessário conhecer primeiramente a história de Kashmir.

Escutando esta canção num bom equipamento, consegue-se sentir o chamamento e as questões que o  Plant levanta em desespero!

Conheço esta espiral musical desde os meus 15 anos. 

Na Casa do Gaiato do Tojal havia uma sala de discos, a que chamávamos sala da música ( a existir ainda, aqueles milhares de vinil devem valer um montão de massa); eu passava a maior parte do meu tempo enfiado lá dentro, a ouvir discos e a sonhar em me tornar músico como eles, um dia - coisa que nunca aconteceu!

Aprendi a tocar as músicas dos Led Zeppelin e esta foi uma delas. Modéstia à parte, toco-a integralmente em versão Rock, coisa nada fácil.


Naquele tempo, graças à viola que eu tocava, as miúdas do Tojal andavam sempre por perto, a ouvir as minhas horrorosas “performances”, o que me dava um estatuto dos diabos - vai lá vai!Naquela altura, os pais tiranos não apreciavam muito que as filhas tivessem amigos. Para ser honesto, devo dizer que tinha passadeira vermelha estendida, para lanchar com elas, em casa delas aos domingos, geralmente na cozinha, vigiado de perto pelas mães, depois de passar positivamente no terrível interrogatório  dos pais sobre a minha situação escolar - sim, porque naquele tempo, as filhas tinham que chegar virgens da silva ao altar; não havia cá pai nem pão para  malucos - foi talvez mais por aí, pelo habitual interrogatório, que me safei; ou terá sido o meu charme?

Hoje reconheço que as meninas,   coitadas, não tinham mesmo ouvido nenhum  prá música. Ora, lá está... obviamente que foi charme!

Ainda bem! Nem podia ser doutra maneira ...


Adérito Barbosa in olhosemlente.blogspot.comA 

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2021

Queca tira enxaqueca


E quando chegar a bazuca de dinheiro vai ser bonito …

Se roubam vacinas, imagino a roubalheira que vão fazer à bazuca.

Os directores vacinam-se a eles próprios e mandam vacinar filhas médicas e mulheres domésticas. Uma directora vacinou-se a a si própria e mandou vacinar os amigos.

O  INEM também não quis ficar atrás; montou trafulhice à semelhança do que fez com o relatório do ucraniano morto às mãos do SEF. Primeiro vacinaram-se entre eles, amigos e familiares e até, imagine-se, mandaram vacinar as empregadas da pastelaria onde tomam o pequeno-almoço, perto da delegação do INEM.

Os bombeiros, de quem sou sócio pagante há quarenta anos e por quem tenho admiração, também entraram na festa com ambulâncias, luzes, pirilampos, lanternas, sirenes e comida tipo ração de combate, à porta do Hospital de Santa Maria. Transportaram doentes que em 8O% dos casos não apresentavam quadro clínico que justificasse a ida ao hospital, muito menos de ambulância.  A esses pseudo moribundos e moribundas uma queca resolvia a enxaqueca.

Para acabar com a festa entre os bombeiros, canais de televisão e jornalistas, o Director do HSM até teve que ordenar  que desligassem os pirilampos, para não perturbarem os verdadeiros doentes internados.

Finalmente apareceu na televisão, hoje, um cangalheiro com ar sinistro, de brilhantina no cabelo,  todo chateado, porque não tem mãos a medir. Só consegue, diz ele, meter cinco cadáveres no frio. Mandou palpites sobre cadáveres, no entanto não falou do lucro do negócio. Fiquei com pena dele. Não disse que, se calhar, tinha que investir em comprar mais frigoríficos, mas referiu que é desumano ter tanto trabalho e reclamou com os canais de televisão  por se terem esquecido de falar dos cangalheiros e dos coveiros.

Voltando aos bombeiros, queria levantar uma questão:

- Será que os bombeiros têm algum contrato com a CMTV?

Os comandantes dos bombeiros, assim como alguns magistrados adoram a CMTV. No Ministério Público alguns magistrados passam peças processuais e não dão a cara; os bombeiros, quando vêem os holofotes das câmaras das TVs, ficam excitados e falam como papagaios.

Porque carga de água falam os bombeiros sobre acidentes?

Isso não é assunto de polícia?


Adérito Barbosa in olhosemlente.blogspot.com

quinta-feira, 28 de janeiro de 2021

O assalto ao banco


 “O assalto ao banco

 2 ladrões entraram num banco numa pequena cidade.

Um deles gritou:

   - Não se mexam! O dinheiro pertence ao banco mas as vidas são vossas.

 Imediatamente todas as pessoas se deitaram no chão em silêncio e sem pânico.

 LIÇÃO 1: Este é um exemplo de como uma frase dita correctamente e na altura certa pode fazer toda a gente mudar a sua visão do mundo.


 Uma das mulheres estava deitada no chão de uma maneira provocante. Um dos assaltantes aproximou-se e disse-lhe:

 - Minha senhora, isto é um roubo e não uma violação. Por favor, procure agir em conformidade. 

 LIÇÃO 2: Este é um exemplo de como comportar-se de uma maneira profissional e concentrar-se apenas no objectivo.


No decorrer do assalto, o ladrão mais jovem com curso superior no bolso, disse para o assaltante mais velho que tinha apenas o ensino secundário:

 - Olha lá, se calhar devíamos contar quanto é que vai render o assalto, não achas? O homem mais velho respondeu:

 - Não sejas estúpido! É muito dinheiro para o estar a contar agora. Vamos esperar pelo Telejornal para descobrir exactamente quanto dinheiro conseguimos roubar.

 LIÇÃO 3: Este é um exemplo de como a experiência de vida é mais importante do que uma educação superior.

 Após o assalto, o gerente do banco disse ao caixa:

 - Vamos chamar a polícia e dizer-lhes o montante que foi roubado.

- Espere, disse o caixa. Porque não acrescentamos os 800 mil euros que tirámos há alguns meses e dizemos que também esse valor foi roubado no assalto de hoje?

 LIÇÃO 4: Este é um exemplo de como se deve tirar proveito de uma oportunidade que surja.


No dia seguinte foi relatado nas notícias que os ladrões levaram do banco 3 Milhões de Euros. Os ladrões contaram o dinheiro mas encontraram apenas 1 Milhão. Um deles começou a resmungar:

 - Nós arriscamos as nossas vidas por 1 Milhão enquanto a administração do banco rouba 2 Milhões sem pestanejar e sem correr riscos? Talvez o melhor seja aprender a trabalhar dentro do sistema bancário em vez de ser um simples ladrão".

 LIÇÃO 5: Este é um exemplo de como o conhecimento pode ser mais útil do que o poder.”

Publicação em destaque

Florbela Espanca, Correspondência (1916)

"Eu não sou como muita gente: entusiasmada até à loucura no princípio das afeições e depois, passado um mês, completamente desinter...