Só à lei da bala!
Por favor, sirvam-me um copo de gin, porque este regime vai
ter um fim. Todos os regimes tiveram um fim e eu não quero morrer sem ver o fim
deste. Sei onde e como
surgiu. E foi boa a intenção dos gregos quando inventaram a democracia!...Os oportunistas
organizaram com desonestidade, e muita filha da putice à mistura, num universo
restrito, num universo só deles.
Paulatinamente, foram
alterando o conceito e as regras, de acordo com os seus interesses, deixando
aos seus herdeiros toda a estratégia. Estes desde pequeninos cresceram como
ratos numa tábua de queijo.
Mentem
descaradamente, mentem nas televisões, nas rádios e nos jornais. Assim que
chegam ao poder, fazem tudo ao contrário. Ninguém lhes pede contas, ninguém os
chama à responsabilidade, ninguém! Ninguém lhes põe
processos pela miséria em que lançaram este país. Eu quero livrar-me dessa
gentalha! Eu quero sair de vez! Eu não quero esquecer o que por aqui fizeram! São dois os gajos
abomináveis, horríveis, tenebrosos e mentirosos, uns garotos que até fizeram
birrinhas, tendo-se uma delas tornado na birra mais cara do mundo. E quem pagou o preço?
Tantas Vidas lixadas,
e tiradas do sossego. Aos vivaços que nos governam é urgente que recebam o
prémio à paulada. Falo a pensar nos pobres, nas famílias, nos idosos e nos
reformados, e nos pequenos empresários, que viveram uma vida inteira cumprindo
uma determinada regra, ansiando por um futuro tranquilo, segundo a tal regra e,
agora, nem acreditam no que lhes aconteceu. Imagino não haver nenhum problema
para a mente desses iluminados.
No caixão vai um
corpo já frio, outrora quente, que os governantes tramaram e tornaram a vida
dele numa coisa sinistra, vão enterrá-lo agora com honra. Ele vai dentro de um único bem que lhe
garantiram, Um caixão! E aí vai ele, refém
da guerrilha entre as agências funerárias; aí vai ele que, entre becos e
ruelas, levou em cima com os impostos, tentou sobreviver mas não aguentou. Não
faz mal, ele é um Zé-ninguém!...
Saibam garotos do
governo e dos partidos dos jotas que nem eu, nem o povo vos perdoaremos. Um dia
voltaremos a ser felizes. É necessário que alguém vos faça chorar um dia,
também! Só não quero lamentar depois. Quero-vos de volta para onde nunca deviam
ter saído!
Vocês tornaram a
nossa vida numa coisa sinistra.
Brincaram connosco. Fizeram de nós uns toscos.
São vários os patifes
que apertam a minha mão e me chamam cidadão, mas, mal viro as costas, tudo
fazem para que a necessidade bata à minha porta. Sempre corri para o trabalho.
Horas e horas, horas inimagináveis, para agora ver a minha empresa em declínio
total. Não sou Deus, para ser correto! Não baixarei a cabeça, para consentir
este desfecho! Vi partir um colaborador meu, que há cerca de oito anos vinha
trabalhando comigo. Ele foi leal, sincero, trabalhador e esteve sempre presente
nos momentos difíceis. Aprendi a tratá-lo como um filho. Agora dói-me a alma
por vê-lo nesta situação e não me conformo com este doloroso desfecho. É tudo
por causa da garotada dos que nos governam. A mim, resta-me chorar para dentro
e desejar sorte ao Bruno. A única satisfação que tenho, neste momento, é saber
que ele sabe que nunca o enganei.
Lamento que a
incompetência, a mentira, tenham falado mais alto do que a sensatez em
Portugal.
Quem tem moral para
dizer que não somos uma piada de país?
A pandilha mostra o
que há de pior. Se tivessem sido abandonados assim que nasceram, teria sido uma
bênção para todos os portugueses.
Vocês faltaram-nos ao
respeito, havemos de vos fazer subir ao morro e lá vergastar-vos as costas sem
piedade, de igual modo como nos trataram.
Da janela da minha
cabeça vejo o país a gatinhar, vejo o país desgraçadamente governado por vós.
Estou perplexo! A salvação está garantida aos bancos e aos ricos. Nós deixámos
de ver confirmado o nosso lugar na bóia da salvação há muito. Para quem guardou
pela sua vez, não há maneira. A mentira não pára, é a vossa arte verdadeira!
O simples conformismo
não valoriza ninguém, mas neste sequestro sou refém. Não quero ser um de vós em
momento algum! O pânico, o medo já não são segredo!… A violência que exercem
sobre nós, já faz parte do vosso dia-a-dia.
Somos pacientes,
somos duros, mas somos realistas. Por mim estou pronto a participar em qualquer
coisa que vos faça desaparecer da nossa vista. Por favor, demitam-se!... Eu não
votei em vocês!... O que fizeram para estar no governo, foi batota!
Alguém disse:
"ou eleições no País ou eleições no partido". Escolheram eleições no
País e assim nos foderam a vida.
Adérito Barbosa
Adérito Barbosa
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