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domingo, 12 de janeiro de 2014

O preço do amor

E
"De repente tudo vai ficar simples...  que assusta."
Reduz a ansiedade, vais perder a vontade - "abre a mão das certezas, pois já não  tens certezas de nada.
É isso mesmo! Pára de julgar, pois já não existe certo ou errado e sim o que a vida que cada um escolheu experimentar. - por fim vais entender e aprender a  viver sem medo, e fazer o que o coração mandar." Senta-te e espera que ele vai chegar. Enquanto isso descobre nas lágrimas a razão do teu nevoeiro.
É intensa a ansiedade, é a angústia para o jantar, é a mesa ali, está posta, sem ninguém.
Ele sabe que ela está posta, mas não mede a importância dum prato frio, de uma cadeira vazia, do pavio da vela que se apagou...
Acende outra vela, espera mais um pouco!
Ainda há esperança, é tempo de esperança, ainda há tempo para o jantar.
Ele vai chegar, fora do tempo, atrasado, mas vem!
Tira os sapatos, deita-te no sofá, tapa-te com uma manta, abraça-te ao urso de peluche como se de um mundo tratasse e acredita que é tudo mentira. Escuta o silêncio da ausência, descobre a frustração! É a solidão! Uma tristeza que te invade. Chora, para dentro como fazem todos amantes.
Afinal estás a pagar o preço do amor.
Todos que amam conhecem o preço do amor!

Aderito Barbosa in "olhosemlente"

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