No ano de 1977, a cidade da
Guarda foi a cidade escolhida pelo General Ramalho Eanes, então Presidente da
República, para receber as cerimónias do dia 10 de Junho, Dia de Portugal, de
Camões e das Comunidades Portuguesas. Na altura, a Guarda engalanou-se para
para receber o Presidente da República e os militares. Houve espectáculos de
toda a ordem, incluindo um festival aéreo, exposição estática e os sempre
esperados saltos de demonstração dos
páraquedistas, de que a miudagem e graúdos tanto gostam. Houve ordem e respeito, tendo estado bem patente o orgulho
dos militares que desfilaram e o orgulho da população, por ver ali tão perto os
seus militares.
No ano de 2014, para a celebração
da mesma data, o 10 de Junho, a Guarda voltou a ser a cidade eleita para receber o evento.
A cerimónia militar inclui os três ramos das
Forças Armadas e com a sua parada e
desfile tem como objectivo, entre outros, mostrar aos Portugueses os
equipamentos militares, dizer à população o que andam a fazer e lembrar e
homenagear publicamente aqueles que tombaram em combate.
Ora, aconteceu que um grupo de
manifestantes, identificados como membros da Fenprof se lembrou de ir perturbar
a cerimónia militar, apupando e exibindo faixas com a inscrição “Governo Rua”,
em claro desrespeito pelos militares.
Eu também acho que o governo deve ser posto na
rua! No entanto, naquele momento não estávamos perante qualquer parada do
governo, mas sim perante a parada e
desfile dos três ramos das Forças Armadas de Portugal, que integravam na sua formatura
o estandarte nacional!
Porque é que os manifestantes não
foram fazer a algazarra na sessão solene
para entrega de condecorações, que se seguiu à cerimónia militar?
O Presidente da República, quer
se goste ou não dele, ali na cerimónia militar erá só o Comandante-Chefe das
Forças Armadas. Mesmo quando ele desfaleceu, a rapaziada representante dos
professores lá continuou a algazarra e com a algazarra, esqueceu-se de que ali,
na formatura que integrava o estandarte nacional, estavam militares que nada
tinham a ver com a acção dos
governantes. Uma vergonha!
E este é o país que temos; já nem
os professores respeitam as Forças Armadas; já nem os professores conhecem os
valores e símbolos de uma nação. Como
podem eles ensinar os valores patrióticos aos seus alunos?
Justificar-se-ia melhor, nesta
situação, uma carga policial da grossa no lombo destes arruaceiros do que as
que, por vezes, ocorrem na escadaria
da Assembleia da República, por uma
simples pisadela no primeiro lance das escadas.
Adérito Barbosa in olhosemlente
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