Gás de Xisto
Gás de Xisto, é um gás natural extraído entre os 2 mil e os 3 mil metros de profundidade, através de uma técnica de aquecimento da Argila e injecção de água. O mundo inteiro está a investir na tecnologia de exploração do Gás de Xisto com milhões e milhões de Dólares, Nos Estados Unidos por exemplo cerca 30% da energia consumida já é Gás de Xisto.
Com isto, o Ocidente fica cada vez mais liberto da pressão do pessoal da OPEP. Por causa disto é que os combustíveis, têem vindo a baixar ao ponto de um barril de petróleo ter passado de 115 dólares para cerca 80 dólares. Em Portugal, estamos na mesma, a descida do preço é insignificante. Nas minhas contas a este preço, devíamos pagar por litro de gasóleo cerca de 70 cêntimos o que seria super bem pago.
Acontece que o Governo Português prepara-se para inventar mais um imposto sobre combustíveis chamando-lhe imposto verde. Aposto que vão voltar a agravar os preços fazendo de conta que nada aconteceu de extraordinário no mundo dos combustíveis e nós a passarmos por parvos como sempre.
Mais abaixo deixo uma noticia do Jornal Económico.
"Os preços do barril de petróleo podem facilmente descer até aos 70 dólares, mas a longo prazo devem manter-se acima dos 80 dólares devido ao crescimento da procura mundial, considerou hoje a agência de notação financeira Moody's.
Num Comentário Especial ao setor do Oil & Gas, a que a Lusa teve acesso, os analistas explicam que "como a procura de petróleo vai continuar a crescer, a recente queda abrupta do preço do petróleo não deve ser seguido de uma forte descida no preço a longo prazo o preço vai-manter-se.
De acordo com a análise, com o título 'Empresas de Perfuração e Serviços são as mais vulneráveis à queda dos preços do petróleo", a recente descida dos preços do petróleo, que caíram 25% desde junho e 5% nas últimas duas semanas, deve-se ao aumento da produção nos Estados Unidos, ao fortalecimento do dólar e à posição da Arábia Saudita, o maior produtor mundial.
"Não é de todo um choque que os preços do petróleo tenham caído por causa do aumento da oferta", diz Steve Wood, diretor executivo da Moody's, reconhecendo, ainda assim, que "a forte queda da última semana foi surpreendente e pode ser atribuída às expectativas de menor crescimento da procura na China e na Europa e, ao mesmo tempo, ao facto de a Arábia Saudita ter ameaçado defender a quota de mercado em vez de agir como o 'produtor fiel da balança' da OPEP e do mundo".
Ao contrário de outras situações em que a produção supera as necessidades, desta vez alguns dos maiores produtores, como a Arábia Saudita, resolveram baixar os preços em vez de reduzir a produção, numa luta explícita pelo aumento da quota de mercado, principalmente na Ásia, e num contexto de mudança de paradigma no sector petrolífero.
Os Estados Unidos aumentaram a sua produção por via do petróleo de xisto, chegando praticamente ao nível da Arábia Saudita, o maior produtor mundial, e por causa disso reduziram as importações, nomeadamente de África, fazendo os produtores locais nomeadamente Angola e Nigéria, 'virarem-se' para a Ásia.
Só que também na Ásia, como na Europa, a procura está a abrandar, ao contrário da produção, que continua a subir, e por isso as notícias sobre descontos 'por baixo da mesa' sucedem-se na imprensa financeira internacional, que dá conta de uma guerra mais ou menos explícita pelo aumento da quota de mercado dos maiores produtores mundiais"
Adérito Barbosa
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