O voto não é arma coisa nenhuma!
Texto: Adérito Barbosa
Sinceramente, acho exagerado que estejamos dispostos a votar nos políticos outra vez. Eles têm tudo organizado, nós votamos, eles ganham eleições, os seus partidos ganham dinheiro por cada voto expresso e quem ganhar vai receber um balúrdio como deputado europeu. Vai gozar a sua vidinha lá no bem bom, mais os seus pares e nós, os otários, ficamos sempre na mesma, sempre na mesmíssima coisa.
Muito interessante é essa história dos partidos políticos.
É necessário reflectir nisto, pensar e discutir profundamente este assunto.
É necessário reflectir nisto, pensar e discutir profundamente este assunto.
Somos dados a deixar-nos levar pelo princípio de que isto é democracia. Mas não
é! Sabemos que os instrumentos criados pelo sistema democrático podem ser bem
ou mal utilizados e isso até depende do modo como os políticos os quiserem manipular. No “mundo
real português”, deve existir um ou outro político que pensa no bem dos cidadãos, mas a maioria pensa no seu próprio interesse, isto
é, tudo o que fazem é para se construirem e beneficiarem a si mesmos, para o seu único e exclusivo
prazer, quer dizer, vivem só para si mesmos e isto tem um nome: Ganância,
sentimento que, levado a este extremo, é patológico.
Continuo a reflexão, voltando à democracia de que nós nos tornámos dependentes; objectivamente, não seria mau de todo, mas o político que utiliza os votos expressos tem má intenção. Esta é a realidade em que vivemos. Os instrumentos podem ser mais ou menos importantes, mas não são um bem supremo, como nos querem impingir; se o eleitor não é, o voto já é? Sendo assim, só teremos que contribuir com o bem mais precioso, com o voto, para servir o Político na construção do seu bem estar, na construção dos “partidos". Não podemos ingenuamente pensar que este sistema é o melhor que existe. Claro que não devemos viver amedrontados; contudo, o problema é que este “vale tudo” para os políticos vai ter um fim. Todos os sistemas tiveram um fim, todos eles nasceram por uma boa causa. A liberdade e dignidade dos cidadãos foi o mote. Todos temos direito a fazer o que quisermos, mas votar não entra neste mesmo momento no espírito dos portugueses.
Votar significa gerar deputados, alimentar e subsidiar os partidos, é o mesmo que legitimar a distribuição do dinheiro dos contribuintes para os partidos, é como possuir um pc e ser viciado na internet... e pedir ao povo para dar à manivela, como garantia de que não vai faltar a energia, enquanto se navega. Pensamos mal, dizem-nos, que pelo voto podemos castigar os políticos, mas não!
O acto de votar, com o qual nos “divertimos” e que, de certa forma, usamos como poder absoluto, na realidade é uma arma inofensiva, porque o sistema está montado para eles se revezarem . Existimos para os fazer viver faustosamente. O ser humano tem muitos limites, mas mesmo muitos… Existem pessoas que passam praticamente todo o seu tempo a “maquinar e a pensar” como utilizar, de forma mais perfeita, a retórica e a oratória para poderem violar, usurpar e entrar abusivamente na cabeça do povo, seus eleitores. Agem como “abutres” na busca doentia do voto; sedentos de votos, preferem os mais fracos, os mais ignorantes, os analfabetos, os débeis, para os aplaudir e glorificar nas urnas, tudo para saciar a mesquinha vontade de ser deputado, de garantir desde já o seu futuro e a sede de poder. Prometem defender os interesses do povo, mas é tudo treta. Sem dúvida que é muita a responsabilidade que temos como povo e disso não devemos demitir-nos… Não devemos demitir-nos, nem deixar que nos iludam com falsas “ideias” ou “teorias”. Não deveríamos igualmente demitir-nos de usar a capacidade que nos distingue dos outros seres, a inteligência. Claro que somos livres e é nessa condição humana que, por vezes, sem nos darmos conta, ingenuamente nos tornamos superficiais e até arrogantes, pensando ser auto-suficientes e ficando, desta forma, mais vulneráveis - verdadeiras presas dos políticos.
Adérito Barbosa in "olhosemlente"
4 de março 2014
Continuo a reflexão, voltando à democracia de que nós nos tornámos dependentes; objectivamente, não seria mau de todo, mas o político que utiliza os votos expressos tem má intenção. Esta é a realidade em que vivemos. Os instrumentos podem ser mais ou menos importantes, mas não são um bem supremo, como nos querem impingir; se o eleitor não é, o voto já é? Sendo assim, só teremos que contribuir com o bem mais precioso, com o voto, para servir o Político na construção do seu bem estar, na construção dos “partidos". Não podemos ingenuamente pensar que este sistema é o melhor que existe. Claro que não devemos viver amedrontados; contudo, o problema é que este “vale tudo” para os políticos vai ter um fim. Todos os sistemas tiveram um fim, todos eles nasceram por uma boa causa. A liberdade e dignidade dos cidadãos foi o mote. Todos temos direito a fazer o que quisermos, mas votar não entra neste mesmo momento no espírito dos portugueses.
Votar significa gerar deputados, alimentar e subsidiar os partidos, é o mesmo que legitimar a distribuição do dinheiro dos contribuintes para os partidos, é como possuir um pc e ser viciado na internet... e pedir ao povo para dar à manivela, como garantia de que não vai faltar a energia, enquanto se navega. Pensamos mal, dizem-nos, que pelo voto podemos castigar os políticos, mas não!
O acto de votar, com o qual nos “divertimos” e que, de certa forma, usamos como poder absoluto, na realidade é uma arma inofensiva, porque o sistema está montado para eles se revezarem . Existimos para os fazer viver faustosamente. O ser humano tem muitos limites, mas mesmo muitos… Existem pessoas que passam praticamente todo o seu tempo a “maquinar e a pensar” como utilizar, de forma mais perfeita, a retórica e a oratória para poderem violar, usurpar e entrar abusivamente na cabeça do povo, seus eleitores. Agem como “abutres” na busca doentia do voto; sedentos de votos, preferem os mais fracos, os mais ignorantes, os analfabetos, os débeis, para os aplaudir e glorificar nas urnas, tudo para saciar a mesquinha vontade de ser deputado, de garantir desde já o seu futuro e a sede de poder. Prometem defender os interesses do povo, mas é tudo treta. Sem dúvida que é muita a responsabilidade que temos como povo e disso não devemos demitir-nos… Não devemos demitir-nos, nem deixar que nos iludam com falsas “ideias” ou “teorias”. Não deveríamos igualmente demitir-nos de usar a capacidade que nos distingue dos outros seres, a inteligência. Claro que somos livres e é nessa condição humana que, por vezes, sem nos darmos conta, ingenuamente nos tornamos superficiais e até arrogantes, pensando ser auto-suficientes e ficando, desta forma, mais vulneráveis - verdadeiras presas dos políticos.
Adérito Barbosa in "olhosemlente"
4 de março 2014
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