Quando escrevo...
Quando escrevo,
Sinto-me pastor de estrelas;
Urso na desova de salmões;
Polvo que abraça o mundo;
Chama que lambe a floresta;
Vento que enlouquece as nuvens.
Quando escrevo,
Sinto-me...
Como uma barragem…
Forte!
Renasço.
Grito pelo vale e
Ouço o eco do medo
Que esbarra no meu peito.
Quando escrevo
Brinco num trapézio
Sem rede e…
Dou voltas
Sem medo!
Quando escrevo,
Vomito a ideia que não cabe em mim,
Perco a alma
Sem nunca ficar cadáver.
Quando escrevo,
sou vulcão,
Quando escrevo,
sou vulcão,
Jorro lava
E deito-me nela…
Masturbo-me com os meus neurónios.
Sou Louco!
Como são bons os orgasmos que sinto,
Quando escrevo!
Quando escrevo, sou
Outro.
Não sou eu!
Não sei quem sou nem quero saber.
Não sei quem sou nem quero saber.
Como é boa a
sensação que sinto
sensação que sinto
Quando escrevo!
Quando escrevo,
É o poema que nasce
É o rio que apressado
Corre
Para fazer amor com a lua,
Ao anoitecer
.
.
Adérito Barbosa
8 Agos2013
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