Aqueles que se dizem comunistas, mas vivem como proletários, são a personificação da imbecilidade.
Há uma contradição grotesca em quem veste o manto ideológico do comunismo e permanece atolado em ideais que nunca se materializam. A hipocrisia do discurso oco escancara a incapacidade de liderar pela coerência e pelo exemplo.
O presidente de um país pobre que decide gastar fortunas em viagens internacionais revela uma insensatez atroz.
Enquanto o povo luta para sobreviver no meio da escassez, ele enche os bolsos dos amigos angolanos, viajando em aviões privados e esbanjando recursos públicos. Esta é a marca do imbecil: incapaz de entender a gravidade da posição que ocupa e indiferente às necessidades básicas do povo.
Pior ainda é o chefe de estado que usa a autoridade para negociar obras de arte dentro da Casa Civil.
Transforma-se de líder em chefe de máfia, promovendo negociatas ilícitas. É o ácido que corrói as estruturas da República, degradando o que deveria ser um bastião de moralidade e ética.
Ao transformar uma amante em primeira-dama, faz de si próprio o retrato da desfaçatez.
A presidência não é palco para escândalos de novelas amorosas. Pior ainda são os cargos fantasmas atribuídos às amantes ou às namoradas, com salários dignos de princesas da farinheira.
Quando, em plena função, o presidente se presta ao papel patético de faxineiro de campanha em Tarrafal, revela sua verdadeira natureza: a imbecilidade.
Para este tipo de imbecil, a presidência é uma vitrine de luxo e ostentação, enquanto a população amarga no limiar da pobreza.
Quando ousa interferir com linhas vermelhas e amarelas nas escolhas do governo, ultrapassa todos os limites aceitáveis.
Ele não é líder, mas um ditador disfarçado, exercendo autoritarismo sob a capa de democracia. A política, para ele, é um jogo de conveniências onde manipula regras e destrói alianças sem remorso.
Mais assustador ainda é o uso de capangas para intimidar e silenciar opositores.
O capanga é de Assomada, e é sustentado pelo rendimento mínimo garantido americano, obtido sem nunca ter trabalhado ou contribuído para os Estados Unidos: - tipo ciganos em Portugal. Esse ciganito caboverdiano promete bofetadas à esquerda e à direita mais parece um pugilista. Esse comportamento é a face mais grotesca da imbecilidade: o uso da força bruta de outros imbecis de espírito para sufocar a liberdade de expressão e impor narrativas falidas. Ele transforma o medo em ferramenta de poder - um truque vil que evidencia a fraqueza intelectual, moral e política que o define.
Esse imbecil é um cancro que corrói silenciosamente as fundações da nação.
A permanência de figuras assim no poder é uma afronta à inteligência coletiva, uma marca de desrespeito absoluto pelo povo e pelas instituições.
É impossível falar da imbecilidade no cenário político cabo-verdiano sem mencionar o espetáculo de futilidade que ocorre diariamente na Assembleia Nacional.
Deputados que deveriam liderar o progresso da nação passam o tempo em debates intermináveis e conversas menores, como se estivessem num salão de fofocas e não numa das mais importantes instituições democráticas.
Esses representantes, em vez de propor soluções para os problemas sociais e económicos, gastam milhões em sessões de discursos vazios.
Ataques pessoais, vaidades despropositadas e retórica oca preenchem o tempo, enquanto as necessidades do cidadão comum continuam ignoradas.
A Assembleia tornou-se o lugar perfeito para a inércia.
Deputados que deveriam fiscalizar o Executivo, denunciar abusos e propor políticas transformadoras preferem prolongar discussões inúteis para justificar os salários que recebem.
O veto do Tribunal de Contas às despesas presidenciais expõe ainda mais essa desconexão entre poder e povo.
Enquanto a população luta para suprir as necessidades básicas, o presidente transforma o orçamento da presidência num cofre pessoal. Gastos astronómicos e injustificados ferem a moralidade pública e destroem a confiança nas instituições.
E onde está a Assembleia Nacional no meio disso tudo? Em silêncio.
Os deputados, ocupados com debates vazios e teatralidade partidária, ignoram o que deveria ser uma prioridade: fiscalizar o uso do dinheiro público. O veto do Tribunal de Contas é tratado como uma nota de rodapé, um detalhe que não merece atenção.
Os parlamentares vivem perfeitamente em harmonia com a decadência política.
Actores rascas nas sessões da hipocrisia, são rápidos para defender interesses partidários e pessoais, mas lentos – ou inexistentes – quando o tema é a protecção do erário público ou o combate aos abusos de poder e ao nepotismo.
O veto do Tribunal de Contas deveria ser um alerta grave.
Deveria servir como sinal de que algo está profundamente errado na administração do país. Contudo, foi recebido com a mesma apatia que caracteriza o trabalho da maioria dos deputados. Não há indignação, apenas complacência.
O que se vê na Assembleia e no Palácio Presidencial é uma dança coordenada de imbecis.
Cada um ocupa o seu papel dentro da mediocridade, num ciclo de negligência, abusos e inação. O veto do Tribunal de Contas deveria ser um ponto de viragem, um divisor de águas para exigir responsabilidade e compromisso com a transparência.
Os deputados precisam lembrar que estão ali para servir o povo, não para se perderem em criolez.
Já o presidente precisa entender que o orçamento da presidência não é um cofre privado.
Adérito Barbosa in olhosemlente.blogspot.com