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sábado, 20 de outubro de 2018

Gente louca, gente paneleira


1- Gente Louca

Livros gratuitos para todos os alunos até ao 12º Ano de escolaridade é populismo barato e demagogia de polichinelo, além de ser perigoso e insensato - isto porque, com esta medida,
os impostos dos cidadãos mais desfavorecidos servem para subsidiar os livros dos filhos da classe média e alta.
É perigoso e insensato, porque ficam de fora os alunos dos colégios.
Os filhos dos ricos, dos remediados e dos assim-assim, matriculados nas escolas públicas, recebem livros gratuitamente num autêntico regabofe sem exigência de resultados.
Os filhos dos ricos, dos remediados e dos assim -assim, matriculados nas escolas privadas não recebem livros porra nenhuma.

Vistas as coisas na perspectiva
hollywoodesca, os políticos reconhecem que em Portugal os pobres podem perfeita e legalmente, através dos seus impostos, alimentar o porquinho que cresce na barriga do rico.

2- Gente paneleira

 Eu também fui ver a exposição sobre parte da obra de Robert Mapplethorpe. Esse caramelo foi um fotógrafo americano muito paneleirote, conhecidíssimo pela controvérsia que as suas fotos a preto e branco originam.
A exposição que está no Museu de Arte Contemporânea de Serralves, no Porto, provocou baixas na administração da Fundação com o mesmo nome. Com esta barulheira toda, aceitei o desafio e lá fui ver com os meus olhos a exposição de Robert Mapplethorpe e tentar entender todo esse alarido. O que penso  então daquilo?
Não há dúvida que as fotos das flores, do fetiche, de vários retratos e autorretratos, já quase com meio século algumas, são dignas de serem vistas e  apreciadas pela sua beleza, luz, contrastes e sensualidade latente - arte contemporânea.
Contudo, chamar arte à pornografia visível nalgumas fotos de cenas obscenas já ultrapassa o que considero de belo e de nível artístico.
Fiquei a saber que a pornografia a preto e branco é arte e os
retratos de sadomasoquismo são considerados artísticos.
As fotos porcas, como aquela em que um paneleirote está a urinar para dentro da boca do outro são arte, ou apelidam-se como arte.
A fotografia em que um braço está enfiado no rabo do outro, dizem eles que é arte.
A paneleiragem nacional quer fazer-me acreditar que as fotos dos negros evidenciando um pénis descomunal é um nu artístico?
Para mim, trata-se de pornografia no seu pior.

Em comparação, prefiro folhear a revista “Gina”.

Adérito Barbosa in olhosemlente

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