poeta.adérito.barbosa.escritor.autor.escritor.artigos.opinião.política.livros.musica.curiosidades.cultura Olhosemlente

terça-feira, 12 de setembro de 2017

Faz sentido

Não preciso de conversa a cores, 
nem ao vivo para sonhar.
Sonho e desvaneço.
Sozinho hei-de acordar
da viagem à lua na nave
que do teu corpo faço,
quente de pele macia 
aveludado por dentro.
Beber o chá de Príncipe 
na lunar paisagem dos teus olhos 
na cratera Al-braki
enquanto espreito os teus seios.
Sei que lá no fundo do Ango 
onde Zeus amou Artemis
e a Ariadaeus fez de cama 
ao Deus Atwood
ali me amarás.
E eu que de Marte vim 
e tu, nua de Vénus vieste 
de ilusões despida
Desenhar 
no Atlas o equinócio dos sentidos
faz sentido...

Adérito Barbosa in olhosemlente




quinta-feira, 7 de setembro de 2017

Quem tramou a Coreia

Quem tramou a Coreia?

Em 1910 o Japão anexou  a Coreia. Os nacionalistas coreanos  organizaram-se no exílio e regressaram à Coreia, para lutar pela independência, contra os japoneses.
Os subversivos, entre eles o avô do actual líder coreano, Kin Il-sung, nunca se entenderam entre si, para a criação de um movimento único de guerrilha.
No final da Segunda Guerra Mundial, concretamente no dia 9 de agosto de 1945, os soviéticos com a benção dos aliados, o famoso "grupo dos quatro" da conferência de Yalta - China, União Soviética, Reino Unido e Estados Unidos, entraram pela Coreia adentro.
Para que a Coreia não ficasse totalmente nas mãos dos soviéticos, os americanos negociaram com estes que parassem o seu avanço no Paralelo 38, norte, deixando o Sul da península, que incluia a capital, Seul, para ser ocupado pelos Estados Unidos.
Com a rendição do Japão, o Exército Vermelho estabeleceu um governo militar em Pyongyang, a norte do paralelo e a sul os americanos estabeleceram um governo, também militar, em Seul. Neste negócio da China entre os americanos e soviéticos ficou acordado unirem mais tarde as duas Coreias.
A maioria dos nacionalistas guerrilheiros coreanos do norte não aceitou a partilha do território e cada um fez o seu governo. Ambas as potências passaram a promover  os seus aliados, alinhados com a sua política.
Na Coreia do Norte, a União Soviética apoiou os comunistas. Kim Il-sung, que desde 1941 lutara ao lado do exército soviético do qual foi oficial, tornou-se na principal figura política da Coreia do Norte, impondo o modelo de governação comunista.
A Coreia do Sul indicou Syngman Rhee, educado nos Estados Unidos, como político proeminente do Sul. Aqui houve eleições em 1948, e nasceu a República da Coreia, tendo como  Presidente Syngman Rhee.
Na Coreia do Norte nasceu a República Popular Democrática da Coreia,  ficando  Kim Il-sung como Primeiro Ministro. Foi assim que a Coreia ficou dividida em duas e aí, como resultado,  surgiram dois estados, dois sistemas políticos, dois sistemas económicos diferentes.
As forças de ocupação soviéticas e americanas saltaram borda fora e cada uma delas começou a armar as Coreias até aos dentes. Ambos os governos se consideraram o governo de toda a Coreia, reivindicando ambos, ainda hoje, essa pretensão; além disso, nunca consideraram a divisão como definitiva e por isso acordaram um armistício.
Kim Il-sung tentou o apoio de  Stalin e Mao Tsé-Tung  para a guerra de reunificação das Coreias. Por sua vez, Syngman Rhee manifestou sempre o desejo de conquistar o Norte.
Em 1948, a Coreia do Norte, que possuía a maioria das centrais energéticas, cortou o fornecimento de electricidade à Coreia do Sul. Foi por causa do corte de energia  que começou a Guerra entre as Coreias.
O Japão não pode queixar-se de nada. Russos e americanos, os suspeitos do costume.
Estes tipos sempre fizeram da Coreia gato sapato, invadiram-na, e dividiram-ns em dois, mataram, esfolaram como lhes apeteceu e agora estão com medo? Pois, pois...
Adérito Barbosa in olhosemlente
Foto Google

Publicação em destaque

Florbela Espanca, Correspondência (1916)

"Eu não sou como muita gente: entusiasmada até à loucura no princípio das afeições e depois, passado um mês, completamente desinter...