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domingo, 28 de janeiro de 2024

ONU engana a gente com uma pinta dos diabos


ONU engana a gente com uma pinta dos diabos

Eis um fascinante enredo de colaboração financeira entre os ilustres membros da UNRWA e o Hamas, que, ao que parece, têm uma parceria de décadas na distribuição criativa de generosas ajudas financeiras destinadas aos Palestinos. Uma verdadeira obra-prima que clama pela atenção do Ministério Público português. Junte-se a isso o apoio fervoroso dos Mortáguas, dos Trótskistas, dos seres de sabedoria questionável nas ruas de Lisboa e além, e os pacifistas que desfilam com uma expertise nula na CNN, tudo enquanto o pessoal da UNRWA e do Hamas se deleitam com milhões.

As acusações contra a UNRWA, geraram um espetáculo digno de indignação, com EUA, Alemanha, Itália, Canadá, Austrália, Reino Unido, Países Baixos e Finlândia suspendendo suas ajudas, como atores de uma tragicomédia internacional…. Até o sonsinho Portugal, alinhado com a elegante União Europeia, exige medidas e uma investigação. Pelo seu lado o Hamas, com sua mestria a falar para tolos,  nega qualquer participação dos membros da UNRWA no ataque a Israel. 

A Autoridade Palestina, por sua vez, faz de conta que foi apanhada de surpresa, implora por mais dinheiro numa cena digna de um filme de Alfred Hitchcock.

Quanto à viúva ONU - com o seu chefe Guterres a chorar pelos cantos, diz-se perplexa.

É sabido há muito que a ONU é uma máquina exímia em transformar dinheiro em nada útil, exceto, é claro, quando se mistura com o Hamas fornecendo seus funcionários para atacar Israel e entre mortos e feridos ficar com algum dinheiro.

Bravo ONU. Bravíssimo!


Adérito Barbosa 

in olhosemlente.blogspot.com

quinta-feira, 18 de janeiro de 2024

Geografia lisboeta




 Num caminho eleitoral tão animado como um circo de pulgas treinadas, onde os políticos fazem promessas mais altas que a Torre de Belém e onde até o vento na Assembleia cheira a perfumaria, dou conta de um lugar misterioso com mais habitantes do que uma colmeia de abelhas embriagadas.


Descendo pela geografia lisboeta, entre o alto do Pina e a serra de Monsanto, encontramos uma taberna com a ousadia de se chamar "Lisboa", gerida pelo destemido taberneiro Marcelo. O espaço, além de servir jantares, explora o ramo de alojamento local, incluindo o pitoresco palácio de São Bento.


Na tasca, as iguarias são o ponto forte do Marcelo, que é famoso por inventar pratos e soltar mais postas de pescada do que um pescador aposentado. Ele até criou a "posta de fígado", um prato tão revolucionário que causou uma revolta intestinal nos taberneiros alojados em São Bento. O mordomo Costa foi o primeiro a saborear essa "delícia", enfrentando as pauladas do grupo "Mais Política", que mais parece ser o Hamas da política nacional.


Cautela é a palavra chave, quando se questiona o "Mais Política", pois a esperança de vida do inquisidor tende a ser mais curta que o discurso do Jerónimo de Sousa. Por precaução, recolhi-me cedo em São Bento, ora vago, servindo-me de um cálice de uma bebida africana vendida no Martins Moniz, por apenas 2,5€, prometendo mais emoção sexual do que um episódio de Game of Thrones.


A noite revelou os polícias a fazerem um improvável velório com cerca de sete caixões ao frio, enquanto os investigadores da PJ estavam entretidos com os mil euros de aumento, cortesia do mordomo Costa. As luzinhas no jardim da residência oficial do ministro, refletiam sombras da Basílica da Estrela e da ladeira que leva ao cemitério dos Prazeres - o roteiro dos caixões dos polícias.


Bebendo champanhe gélido, contemplei o rio, imaginando lisboetas puxando as canoas rio acima como se fossem protagonistas de um episódio de Fort Boyard, só que com mais vinho verde, fecho os olhos, escuto os gritos desesperados do vento e imagino barcos despedaçando-se contra as pedras do Bugio - um espetáculo mais emocionante do que o último episódio de qualquer série da Netflix.


Com o espetáculo da noite, recolhi-me, despedindo-me da internet como quem se despede de uma ex que nunca mais quer ver. Adormeci com a promessa de uma manhã idílica - acordar e correr como um velocista dopado para ouvir Pedro Nuno a prometer uma vida melhor, enquanto eu sonhava com rendilhados de vinhas e obras em Matosinhos.


Na quinta do Monte Negro, descobri que o projeto estava feito, vi o dossier do projecto e custos não vi nada de impostos. Vi também o plano de culinária da Dona Benta.


A caminho da festa do Ventura, ouvi na rádio que as finanças não conseguem cobrar IMI sobre as barragens da EDP, uma notícia tão surreal que até a minha sogra, que não fala comigo por eu ter sido infiel à filha dela, concordou balançando a cabeça que sim.


Na festa do Ventura, tudo estava em alvoroço. Ele prometeu dinheiro aos militares como se fosse o Pai Natal do Quartel General. Quer acabar com fundações e fundilhos dos gays, fazer os preguiçosos trabalharem, e peneirar os imigrantes como se estivesse a preparar uma sopa da pedra do nacionalismo. E o melhor de tudo: os bancos vão pagar as nossas dívidas! Eu já me considero rico, só falta o Ventura chegar lá e declarar-me rei da alheira.


Fui ao bar do Ventura, pedi sopa da pedra, uma iguaria que se revelou mais consoladora do que uma maratona de stand-up do Ricardo Araújo Pereira. Colher numa mão, pão de centeio na outra, enquanto as alheiras suavam nas brasas, criando um espetáculo mais emocionante do que qualquer debate político.


E assim, entre promessas, postas de pescada e sopas da pedra, Portugal segue o seu caminho, onde a política é um espetáculo cómico digno de um circo de pulgas treinadas.


Adérito Barbosa

quarta-feira, 3 de janeiro de 2024

O Robin dos bosques africano

 


O Dr. Neves é uma nulidade cozinhada no PAICV, um comunista oportunista por natureza,  um pantomineiro sem maneiras, capaz de roubar para dar às namoradas.

Os analfabetos e incapazes batem-lhe palmas na medida em que precisam de acautelar os seus empregos.

A julgar pelos recentes acontecimentos que foi transformar a namorada  em primeira dama -  o Dr. Neves tornou-se num caso particular, em estado terminal do já miserável  padrão da política Caboverdiana.

Destaco-o por não ter uma única ideia que fosse sobre a educação dos jovens – Deus seria louvado se ele alguma vez tivesse tido uma visão para o país. 

O Dr. Neves é todo ele vagamente semelhante a um vaidoso incapaz e não finge o vazio que o define.

O seu principal, quiçá solitário, argumento é o facto de existir ele e a sua pequenina circunstância.

Ainda que não dê sinais de pensar, parece consensual que o Dr. Neves existe apesar de que, com rara capacidade - muito poucochinho  aliás - para presidir o país do faz de conta.

Cada nota da imprensa que ele emite da presidência é uma confrangedora demonstração do atoleiro a que o regime desceu.

Um dia ele é moderado, noutro é esquerdista e noutro já nem reconhece o carniceiro Guinéu Cabral. Um dia orgulha-se de servir em exclusivo desde pequenino, noutros evoca o convívio com a pobreza do povo e parte para Lisboa, faz compras no Vasco da Gama.

Uns dias exalta a íntima familiaridade com o mundo empresarial, noutros arranja gancho para a namorada mamar na teta do estado.

Um dia enche a boca com justiça social, noutros pratica nepotismo. 

A originalidade do Dr. Neves não está em roubar desconchavadamente, a ponto de suscitar a impressão de que o que fez ontem resulta de não se lembrar das leis de  hoje. Ele não é capaz de sonhar com o que dirá amanhã quando for desmascarado.

O Dr. Neves, aparenta ter crescido apenas fisicamente, dá pena, embora menos pena do que os infelizes que acreditam e dependem dele e da máquina do PAICV 

É assustador como esta nulidade arrogante, prepotente e aldrabão chegou onde chegou e neste país de mentecaptos teve hipótese de chegar a PM e a Presidente. 

Para desgraça do país ele é um Zé do telhado africano. Rouba os pobres para dar à namorada. Um verdadeiro Robin dos bosques africano.


Adérito Barbosa 

in olhosemlente.blogspot.com

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